Depois de anos rodando o mundo e redescobrindo sua música, a Francisco, el Hombre finalmente voltou para casa. Lançado há duas semanas, o mais novo álbum de estúdio da banda, “Casa Francisco”, representa um retorno às origens para o grupo, apresentando-nos à sua versão mais madura e consciente até então — e, em suas próprias palavras, ao disco “mais Francisco, el Hombre” de todos.
Em entrevista ao Tracklist, Sebastián Piracés-Ugarte e Andrei Martinez Kozyreff conversaram sobre os detalhes e as influências por trás da obra e a nova fase que o quinteto vive após quase uma década de carreira, refletindo em suas canções sobre a caminhada até aqui como indivíduos e como um conjunto.
“Eu acho que, se a gente partiu pra estrada novinhos, despidos, ingênuos, querendo aprender, hoje a gente se encontra com os nossos primeiros fios de cabelo branco”, declarou Sebastián. “Obviamente, a caminhada de aprendizado não encerra nunca, né? […] Mas querendo ou não, especialmente na pandemia, que foi a primeira vez que a gente se viu obrigado a parar geograficamente por tanto tempo, isso nos fez também poder refletir muito sobre aquilo que a gente vivenciou.”
Em meio à retomada de shows pelo país, a banda vive a expectativa de se reencontrar com os grandes públicos, preparando-se para retornar aos palcos em breve em uma turnê prestes a ser anunciada. “O show da Francisco é uma catarse coletiva, um espaço que é muito prazeroso de se estar, porque a gente tem a sorte de ter os melhores fãs do mundo”, disse. “Acho que é uma grande catarse coletiva que, no final das contas, nos faz nos sentir parte de algo, e acho que ‘Casa Francisco’ é isso.”
Leia a entrevista com a Francisco, el Hombre na íntegra:
TRACKLIST: Boa tarde, Seb! Boa tarde, Andrei! A gente ficou bem empolgado com o “Casa Francisco” e queríamos ouvir de vocês: como vocês estão e como vocês têm recebido a repercussão dos fãs?
ANDREI: Bom, a gente tá aqui agora, cada um num canto, né? Depois que a gente terminou o reality, o “Casa Francisco”, cada um foi pra um canto pra dar uma descansada porque foi bem intenso, toda a produção de fazer esse show novo e tal. E a repercussão tá sendo bem massa, né? Eu mesmo já ouvi o disco hoje, tá muito gostoso de ouvir. E todo dia, tenho recebido mensagens de todos os lados, meus pais adoraram… (risos) O pessoal tá curtindo, eu tô sentindo uma boa repercussão na internet.
SEBASTIÁN: Não sei se é impressão minha, mas tem momentos quando a gente faz discos com certa pretensão ou certa vontade de fazer algo grande — eu lembro que no “Rasgacabeza”, não que necessariamente a gente quisesse fazer algo grande, mas a gente queria fazer algo esquisito, a gente queria fazer algo grandioso e esquisito, né? E esse disco, eu sinto que é um disco muito despretensioso, é um disco simples, é um disco que não tem uma pretensão, mas é um disco que é muito lindo…
Eu botei ontem pra tocar aqui pra minha família conhecer e cada música, uma atrás da outra, são músicas incríveis, são músicas que muitas delas soam clássicos da Francisco. Parece que é um disco que a gente sempre teve, mas nunca lançou, sabe? E isso tá sendo muito prazeroso. É realmente um disco que, independentemente dos números, independentemente da repercussão na web, que a gente sabe que depende das bênçãos de um algoritmo que é completamente instável e difícil de depender, é um disco que já nasceu um clássico pra nós, sabe? E isso é muito prazeroso. Despretensiosamente um clássico, e eu acho incrível isso!
TRACKLIST: Inclusive, vocês comentaram que o “Casa Francisco” é o disco “mais Francisco, el Hombre” de todos. Como foi a experiência, pra vocês, de gravar um trabalho tão simbólico em relação à trajetória de vocês como esse?
SEBASTIÁN: Eu acho que o “Casa Francisco” é um retorno às origens, mas não um retorno às origens do jeito que a gente era, porque, querendo ou não, o tempo passa e a gente rodou muito — e eu gosto muito dessa metáfora de dar a volta ao mundo pra depois retornar pra casa, carregado de experiências e de vivências. Quem ouve esse disco, e isso tem sido um comentário muito comum no Twitter e no Insta, tá falando: “Nossa, finalmente a Francisco tá de volta!”, o que é muito louco. Se você ouve, por exemplo, os nossos primeiros EPs, o “La Pachanga!”, quando a gente passava o chapéu na praça, eram músicas voz e violão, de uma certa forma muito semelhantes, na catarse provocada, a “Casa Francisco”, porém ao mesmo tempo um pouco mais ingênuas, inocentes.
O “La Pachanga!” foi a gente anunciando que tava abrindo as portas de casa pra rodar, e que algum dia a gente ia voltar, e aí o “Soltasbruxa”, o “Rasgacabeza”, foram álbuns que a gente rodou, e rodou muito. Mas o “Casa Francisco” é um retorno pra casa, e dessa vez, a gente deixou a porta aberta pra convidar todo mundo a entrar e ver tudo que a gente aprendeu. Então, musicalmente é muito mais maduro, a poesia é muito mais madura. Alguém fez uma comparação que, se o “La Pachanga!” era a infância da Francisco, o “Soltasbruxa” seria uma infância já mais adolescente, o “Rasgacabeza” aquela adolescência rebelde… No “Casa Francisco”, é onde a gente “adultesceu”, eu acho.
TRACKLIST: Uma coisa que eu fiquei curioso pra perguntar era sobre esse álbum, musicalmente, ser muito diferente dos demais por ter uma influência muito mais nítida da música latino-americana, que sempre esteve presente na vida e na carreira de vocês. Quão natural foi pra vocês incorporar essas influências, que sempre estiveram presentes na caminhada da Francisco, nesse disco?
ANDREI: Eu acho que foi o mais natural possível, porque eu acho que a gente chegou num momento em que a gente já conseguiu incorporar algumas coisas que a gente aprendeu no passado, de ritmo, de influências num geral. Então eu acho que pra gente, hoje em dia, é muito mais natural fazer essas misturas, acho que é menos escrachado, saca? A gente conseguiu fazer uma batida latino-americana com uma letra totalmente em português, como “Nada Conterá a Primavera”, por exemplo, sabe? Uma coisa que, talvez no passado, a gente olharia pra música e faria uma letra em espanhol ou o contrário, tá ligado? Talvez, no futuro, a gente faça um samba em espanhol também, quando a gente sentir que seja natural. Eu acho que esse disco também tem muita música que tá guardada na gaveta há alguns anos já. É muito esse lance de “casa” mesmo, que se reflete nos ritmos também, nos arranjos, que foi bem natural na hora de fazer. Na hora de gravar, a gente foi bem certeiro nas coisas, porque parece que já tava tudo na cabeça e saiu bem natural essa mistura.
TRACKLIST: Vocês comentaram que esse é um álbum que mistura muitos ritmos ao mesmo tempo, e ele também tem várias parcerias que vocês gravaram com artistas como Rubel, Céu, Dona Onete, e até mesmo nomes internacionais, como é o caso do La Pegatina. Como foi pra vocês esse intercâmbio cultural e essa troca de experiências durante as gravações?
SEBASTIÁN: A gente é uma banda que, desde sempre, a gente gosta de colaborar com outros artistas, sabe? A gente preza muito por essa troca, a gente sempre gostou de fazer música junto, porque é nessa experiência de criação junto, que a gente aprende com outras pessoas e a gente também concretiza uma amizade, né? E eu acho que é muito importante, sabe? É muito importante a gente mostrar quem são nossos aliados nessa caminhada da música, especialmente porque isso é um super reflexo numa aliança também política, nesse tempo.
Falando da La Pegatina, especificamente, a gente gosta muito de colaborar com diversos artistas internacionais. No Chile, a gente já colaborou com o Yorka, com o Moral Distraída, no Uruguai com o Cuatro Pesos de Propina, porque a gente acredita na construção de pontes, né? Que são pequenas pontes, não é um lançamento que vai revolucionar tudo, mas ao mesmo tempo, o que a gente vê ao longo de quase nove anos de banda, é que a gente conseguiu criar laços, e esses laços vão se espalhando, e nossos contatos vão virando os contatos de nossos amigos, e aos poucos, isso vai se transformando numa rede de pessoas que sonham parecido, que pensam parecido, e que querem construir uma cena parecida. E, claro, quando você pensa em nomes como, por exemplo, Dona Onete, aí tem um enorme valor pessoal nosso de realização de sonho mesmo, de uma pessoa que a gente admira tanto.
TRACKLIST: O “Casa Francisco” tem músicas muito festivas e algumas mais reflexivas — como é um álbum da Francisco, el Hombre — , e que a gente consegue imaginá-las ao vivo. Como foi construir essas canções pros palcos tão longe deles, em um momento tão intimista e introspectivo?
ANDREI: Acho que a produção desse disco foi bem confusa nesse sentido, a gente também não sabia… “Será que a gente pensa em palco?”, “será que a gente pensa num disco pras pessoas faxinarem a casa?”. Foi um negócio que a gente não sabia mesmo que caminho seguir, e no final, acabou sendo uma coisa que funciona pros dois lados. Eu ouço, hoje em dia, um disco que é bem preparado pra palco — se bem que a gente vai mudar muita coisa, ao vivo vai ser bem diferente e tal — , mas a gente pensou em fazer um disco mais intimista no começo, e acabou sendo um disco festivo também, e daí a gente conseguiu juntar tudo isso e fazer uma narrativa bem legal do disco. Você ouve ele e parece que tudo faz sentido: ele começa já festivo, mais pra cima, e tem seu momento mais intimista, pra depois voltar e ser festivo de novo. Mas a gente vai ver agora como que vai ser no palco, porque vai ser bem diferente, vai mudar muito as coisas.
TRACKLIST: Nos últimos meses, alguns de vocês têm se aventurado em vários projetos solo, como é o caso do Sebastián com o Sebastianismos e da Ju como Lazúli. Como vocês diriam que essas experiências acabaram agregando no trabalho de vocês como um conjunto?
SEBASTIÁN: Eu acho que enriqueceu muito, sabe? É tal qual se faz um relacionamento com uma pessoa. A Francisco é um coletivo formado por cinco pessoas extremamente criativas, de origens muito parecidas, mas querendo ou não, cada um com suas particularidades, e o processo de composição coletivo é muito enriquecedor por vários motivos. Se o Dei joga uma ideia, vai complementar com a ideia da Ju, que vai se chocar com a ideia do Mateo, e tudo isso é um grande liquidificador de ideias que se transforma em algo novo, o que é muito legal. Porém, ao mesmo tempo, também é muito legal quando cada um consegue expressar sua máxima expressão de individualidade, porque é aí que a gente entende nossa força enquanto indivíduo, num processo de autoconhecimento, e também que um consegue reconhecer no outro, às vezes, traços que talvez estivessem dormentes por causa do processo coletivo, né?
Eu gosto de pensar a Francisco, el Hombre como se fosse um grande Megazord formado por cinco Power Rangers, e de nada adianta esses cinco Power Rangers se juntarem se eles não sabem de que cor são, quais são seus superpoderes, de nada adianta eu não conhecer os superpoderes do Andrei, da Ju, do Mateo ou meus próprios superpoderes, porque assim a gente vai formar um Megazord fraco. Nesse processo de pandemia, a gente viu aflorarem os projetos individuais, e isso pra mim foi muito importante, porque hoje eu me entendo de outra forma, eu entendo meus potenciais e minhas limitações de outra forma, eu valorizo o coletivo de uma outra forma, e eu também me sinto valorizado no coletivo de outra forma, porque agora eu sinto que as pessoas me conhecem ainda melhor e que eu conheço as pessoas ainda melhor. É um grande relacionamento não monogâmico musical que eu acho que só tem a enriquecer. Se o Baby Amorzinho ganha um Grammy, que é o que eu espero, isso vai refletir sobre mim e sobre nós. Se a Ju, em Lazúli, vai lá e toca num festival gigantesco da porra, isso vai refletir sobre mim e sobre nós, e querendo ou não, eu sinceramente acredito muito em cada pessoa e ver o crescimento de cada pessoa me enriquece também, sabe?
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TRACKLIST: Recentemente, vocês transmitiram o “Casa Francisco”, um reality show pra acompanhar o lançamento do disco, onde vocês transmitiram vários ensaios e várias conversas juntos. Como foi essa experiência de criar sua arte e mostrá-la junto ao público de uma forma tão transparente?
ANDREI: Foi uma doideira, né? Eu tava pensando aqui esses dias que foi um formato que ninguém tinha feito antes, tá ligado? A gente meio que começou sem nem saber direito o que ia ser. “Vamos passar ensaio?”, “a gente vai tocar, qual é que é?”. E no final das contas, acabou sendo uma coisa muito prazerosa abrir esse processo, de ter menos apego em mostrar as músicas e mostrar os arranjos novos. A gente fez coisa que a gente não fazia antes, que era entregar a música antes da hora. Muitas vezes a gente queria guardar, e lá no reality a gente tocou todas as músicas do disco novo antes de sair, e também tocando cover que a gente tirava no dia. Foi um desprendimento muito massa, acho que a gente aprendeu demais com esse processo de tratar a arte como um processo mesmo, né. E… Tá tudo bem! (risos)
SEBASTIÁN: É sobre isso, e tá tudo bem! (risos)
TRACKLIST: Ao longo da divulgação do disco, vocês recitaram o trecho de um poema do Eduardo Galeano pra resumir o processo de criação do álbum: “Hay que perderse para encontrarse” (“Há de se perder para se encontrar”). Depois de tantos anos se perdendo, experimentando diferentes possibilidades no seu som e rodando o país em turnês, em que pé vocês diriam que se encontra a Francisco, el Hombre hoje em comparação ao início da carreira de vocês?
SEBASTIÁN: Se tem uma coisa que a gente sempre se propôs a fazer, e não sei se todo mundo tá ligado nisso, mas a Francisco sempre se propôs a ser um processo de aprendizagem, sabe? A gente é muito esponja, a gente desfruta a estrada porque a gente cresce muito na estrada. Então, por exemplo, quando a gente vem tocar no México, a gente não vem apenas pro show e vai embora; a gente chega, cria todo um esquema de turnê autossustentável, com muitos meses de planejamento e uma equipe da porra por trás de tudo, estruturando tudo isso com a gente. A gente faz com que a gente possa passar, sei lá, um mês aqui, porque além dos shows, a gente também quer aprender com a cena daqui, estabelecer contatos, enfim. A gente entende que cada turnê, cada passo que a gente dá, é um processo de aprendizagem, né?
A ideia da Francisco no começo, quando a gente vai falar na raiz o que nos levou a montar a Francisco, era a gente se reconectar consigo mesmo, de abrir o olho pro que tá rolando aqui do nosso lado, sabe? A gente precisava entender aonde a gente tava situado, quem que tava aqui no nosso rolê, a gente precisava se redescobrir. Eu acho que, se a gente partiu pra estrada novinhos, despidos, ingênuos, querendo aprender, hoje a gente se encontra com os nossos primeiros fios de cabelo branco, mais rugas, vestimentas — metaforicamente falando — daquilo que a gente vai aprendendo na estrada, sabe? A gente rodou muito, e a gente viveu muito. A intensidade da Francisco… Eu acho que não é todo mundo que tá ligado o quão intenso foi a transformação pessoal que cada um de nós sofreu desde 2013 até agora. As pessoas que a gente era em 2013 e as pessoas que a gente é agora… Hoje, eu sinto que a gente é uma banda muito madura e muito consciente.
Obviamente, a caminhada de aprendizado não encerra nunca, né? Isso era uma coisa que eu tava falando com meu vô, que aos 84 anos de idade me fala: “Ó, aos 84, continuamos aprendendo”. Mas querendo ou não, especialmente na pandemia, que foi a primeira vez que a gente se viu obrigado a parar geograficamente por tanto tempo, isso nos fez também poder refletir muito sobre aquilo que a gente vivenciou. Eu acho que esse processo de pandemia, esse processo de “Casa Francisco”, de construção de disco, é como se fosse um checkpoint dos últimos nove anos da nossa vida, onde a gente pôde olhar pra trás e falar: “Eita porra, olha só como a gente era pivetinho, olha o quanto que a gente cresceu”. E se a gente construiu tudo isso e cresceu tudo isso em nove anos, imagina como é que vai ser nos próximos nove, né?
TRACKLIST: Nós estamos vivendo um momento de retomada, com vários artistas voltando aos palcos depois de tanto tempo. O que a gente pode esperar que vem da Francisco, el Hombre pros próximos meses com o retorno dos shows ao vivo?
ANDREI: Pode falar já, Seb? (risos) Vai começar a ser divulgado umas datas aí, tanto da Francisco quanto dos projetos da galera.
SEBASTIÁN: A gente vai tocar pra porra, viu? (risos)
TRACKLIST: Pra finalizar, o que vocês gostariam que os fãs e todos que ouvissem levassem da “Casa Francisco” depois de ouvir o disco?
SEBASTIÁN: Eu não sei… Eu não saberia responder isso. Eu não sei se eu espero muita coisa, é um disco que a gente tá dando sem esperar muito de volta, sabe? A gente só tá dando porque a gente quer dar, porque a gente quer mostrar, porque a gente quer botar pra fora. É um disco que é um abraço musical nosso… A única coisa que me vem na minha cabeça é a saudade do palco, a saudade da estrada, a saudade da turnê, e o quanto que eu quero rever toda essa galera podendo começar a voltar a se aglomerar — claro, com os passos seguros, né. Porque a Francisco, independentemente do momento da vida da banda, no começo, no “Soltasbruxa”, no “Rasgacabeza”, nas fases mais folk, nas fases mais esquisitas, nas frases mais frenéticas, eu acho que a Francisco é o show da Francisco, sabe?
O show da Francisco é uma catarse coletiva, um espaço que é muito prazeroso de se estar, porque a gente tem a sorte de ter os melhores fãs do mundo. É um ambiente extremamente confortável pra todo mundo, de muita paz, de muito amor, de muita alegria, de explorar os vários sentimentos. Tem músicas que são mais doídas e que a gente precisa chorar coletivamente, tem músicas que são mais brabas porque a gente tem que ficar puto mesmo, a vida tá foda! Tem momentos também que a gente tem que desfrutar que a gente está junto. Não sei, acho que é uma grande catarse coletiva que, no final das contas, nos faz nos sentir parte de algo, e acho que “Casa Francisco” é isso.
TRACKLIST: Gostaria de agradecer o tempo e o espaço de vocês, muito obrigado pela entrevista! Voltem sempre pro Tracklist, foi muito bom conversar com vocês!
ANDREI: Valeu, obrigadão!
SEBASTIÁN: Valeu, obrigado pelo carinho, obrigado pelo tempo e pela dedicação!