Na véspera do lançamento de seu álbum de estreia, Olivia Rodrigo, um dos maiores fenômenos musicais do momento, foi capa da Nylon. Além de estampar as páginas da revista, Olivia deu uma entrevista em que abordou temas como vida pessoal, especulações da mídia, sexismo, redes sociais e Disney.
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Sexismo na indústria musical e mais 3 destaques da entrevista de Olivia Rodrigo para Nylon
1. Vida pessoal e especulações da mídia
Além de um sucesso sem precedentes, o single de estreia de Olivia Rodrigo como cantora solo, drivers license, gerou muita especulação da mídia sobre a vida amorosa da artista. Após o lançamento da faixa, rapidamente surgiram rumores na internet deduzindo que a canção teria sido escrita sobre o relacionamento da cantora com Joshua Bassett, seu suposto ex-namorado e par romântico na série High School Musical: O Musical.
As especulações da mídia foram um dos primeiros assuntos abordados pela revista Nylon na entrevista com Olivia. Durante a conversa, a cantora disse que a curiosidade que as pessoas sentem sobre sua vida pessoal faz parte da profissão. “Eu não levo para o lado pessoal, na verdade. Eu entendo completamente. E sabe, na maioria das vezes, não é maldoso. Não é da minha conta. Eu escrevo minhas músicas e as pessoas podem dizer o que elas quiserem sobre elas. Elas podem pensar o que elas querem pensar sobre minha vida e isso faz parte. Não me incomoda”, afirmou.
No entanto, a artista contou que já chegou até a alterar algumas das letras escritas por ela, porque acha que o drama pode acabar atrapalhando algumas composições. “Tiveram algumas músicas em que eu voltei e fiz revisões para torná-las um pouco menos específicas, por que eu acho que, às vezes, o drama tira um pouco da composição”, revelou Olivia.
2. Rivalidade feminina e sexismo
Apesar de ser uma música em que Olivia compara o novo relacionamento do ex-namorado com a relação que eles viveram no passado, deja vu não é sobre rivalidade feminina. Na entrevista, Olivia assegurou que colocar mulheres umas contra as outras não é uma atitude que faz parte da sua realidade. “Não é algo que eu sou adepta ou penso sobre na minha vida diária. Nunca. Não é algo que eu estou tipo “Eu não posso escrever músicas sobre isso, porque é ruim”. Eu realmente e genuinamente não me sinto assim. Quer dizer, obviamente eu me comparo a outras pessoas o tempo todo e várias músicas minhas são sobre isso, mas nunca é uma competição”, explicou a cantora.
Além de deja vu, jealousy, jealousy também fala sobre se comparar com outras pessoas, segundo a jornalista da Nylon Maria Sherman. “Essa é uma coisa legal sobre o disco também, ele fala sobre algumas coisas que nós ficamos desconfortáveis de falar sobre, especialmente sendo uma jovem mulher. Você não é encorajada a falar quanto você se sente insegura, invejosa e raivosa. A música é um ótimo meio para pessoas expressarem esses sentimentos sem o medo de se sentirem julgadas ou vistas como ‘vadias’ ou qualquer coisa sexista que as pessoas queiram falar”, analisou.
Framing Britney Spears
Olivia aproveitou o tópico de rivalidade feminina e sexismo para compartilhar o que sentiu ao assistir ao documentário Framing Britney Spears. “Eu realmente não tinha ideia de nada das coisas da Britney antes de assistir [o documentário], então eu estava experimentando aquilo pela primeira vez. As coisas que ela passou foram tão horríveis e nós viemos tão longe, mas não tão longe, você entende o que eu quero dizer? Abriu meus olhos ver as coisas horríveis e sexistas que as pessoas diziam para ela e que eram consideradas OK naquela época, e isso nem aconteceu há tanto tempo assim. Eu só posso imaginar o quanto totalmente devastador tudo isso deve ser”, desabafou a cantora.
“Tem um vídeo de alguém perguntando sobre os peitos dela e ela teve que sorrir e aturar aquilo. Era normal naquela época, o que é doido de se pensar. Eu só espero que essa nova geração de mulheres não seja perguntada esse tipo de perguntas e que pensem que isso é OK. Eu espero que os repórteres não pensem que isso é OK. É apenas nojento”, completou.
3. Olivia Rodrigo falou sobre sua relação com a internet para a Nylon
Na entrevista, Olivia se abriu sobre sua relação com a internet. A cantora contou que na época em que escreveu jealousy, jealousy, uma das primeiras faixas a serem compostas para o álbum, ela estava passando por um momento de obsessão pelas redes sociais.
“Eu procurava coisas que machucavam meus sentimentos o tempo todo e me comparava com todo mundo. Eu sentia que minha vida era apenas o que mostrava para os outros. Eu sentia que minha vida era tão profunda quanto meu feed no Instagram. Esse é um mindset muito problemático para se ter quando você é uma adolescente. Então eu quis escrever uma música sobre isso. Não é triste ou “Eu não me sinto suficiente”, é “Ai, meu Deus, eu estou com tanta inveja”, confessou Olivia.
4. Disney
A cantora também aproveitou para falar sobre a liberdade que tem para usar palavrões nas suas composições, coisa que não era permitida quando Miley Cyrus, Demi Lovato e Selena Gomez eram estrelas da Disney, assim como ela. “As pessoas sempre me perguntam “Nossa, você disse palavrão em drivers license para mostrar que você não é só uma estrela da Disney?”. É legal que as pessoas pensem isso, mas eu só estou fazendo música que eu amo. É quem eu sou. Eu tenho uma boca suja. Foi o que soou natural e bom para mim e as pessoas se identificaram com isso. Se eu estou inaugurando uma nova geração de estrelas do pop que não estão com medo de falar o que pensam, isso é muito legal. Mas eu só estou fazendo as minhas coisas”, pontuou.
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