Prestes a lançar seu novo disco, “Small World” na próxima sexta (18), Metronomy conversou com o Tracklist sobre os singles do disco, carreira e quais as principais diferenças na hora de produzir um disco extremamente pessoal e um sem querer contar muitas histórias, apenas se divertir. Confira a entrevista com a banda inglesa na íntegra:
TRACKLIST: Obrigado por nos receber! Gostaria de saber um pouco sobre o processo de “It’s good to be back”, como essa canção surgiu e se desenvolveu?
METRONOMY: Claro, estou tentando pensar em como tudo começou. Mas tínhamos essa ideia sequencial, queríamos ter dois contrastes na música, um lado utilizando bastante o sintetizador e uma parte bem acústica. Foi algo que era muito desagradável no começo, tanto para fazer e ouvir essa combinação foi bem ruim, essa foi a parte mais legal de trabalhar nessa música. Poder pegar algo que sonoramente não era agradável e fazer funcionar, foi um processo interessante.
TRACKLIST: Que bacana, vocês estavam envolvidos também nas ideias do clipe? Ficou muito criativo!
METRONOMY: Nós damos um direcionamento, mas bem simples. Por exemplo, meu direcionamento foi que o vídeo deveria ser em um estúdio, até por conta desse retorno após o caos da pandemia, com sinais de loucura e com a banda se divertindo. A partir desse ponto deixamos nas mãos dos diretores para direcionarem essa loucura da melhor forma possível.
TRACKLIST: Existe um comentário no YouTube que diz assim: “Metronomy é a única banda que consegue me deixar feliz, triste e em dúvida, tudo ao mesmo tempo!”. Essa é uma boa definição para a banda?
METRONOMY: Eu amei! Eu adoro isso, é o que boas músicas podem fazer. É por isso que eu acho que as pessoas amam a música no geral, é tudo sobre o sentimento que a música pode gerar. As minhas músicas preferidas são aquelas que me fazem sentir algo, então eu acredito nesse poder do sentimento que a música é capaz de trazer.
TRACKLIST: O segundo single do disco é “Things will be fine”, que é muito boa, como surgiu essa canção?
METRONOMY: Foi a primeira que escrevi para o novo disco, tudo começou com a melodia que escutamos no início. Veio primeiro de uma ideia no violão e aí parti para a letra. Estou em um momento muito mais profundo quando penso nas composições, buscando fazer algo mais elaborado. Então pra esse single eu queria trabalhar em uma frase de efeito, que é “Things will be fine” (vai ficar tudo bem) e como essa frase é sempre dita para fazer as pessoas se sentirem melhor. É super clichê, mas pode fazer toda a diferença. Eu estava pensando em como eu dizia isso para os meus filhos, eu não sei se as coisas vão ficar bem, mas preciso dizer e acreditar nisso para que se manifeste.
TRACKLIST: Os dois primeiros singles contam com uma vibe mais esperançosa, pela tracklist parece um disco mais pessoal. O que podemos esperar de “Small World”?
METRONOMY: Não é muito pessoal. Um pouco, não muito. Todas as canções que escrevi anteriormente estavam sempre a um passo de mim, eu sempre me distanciei de falar exatamente sobre minha vida ou de meus companheiros de banda. Acredito que as pessoas se identificam e respondem melhor às coisas que são pessoais, esse disco é um passo para isso, para chegar mais perto de contar histórias nossas. Mas sim, o disco é pessoal, mas não é chato (risos), é aí que mora o perigo. Normalmente os discos que são extremamente pessoais, são chatos.
TRACKLIST: Em 2019 vocês estiveram no Brasil, foi um dos shows mais enérgicos que já assisti. Em breve voltam a fazer turnê, como está o coração com o retorno aos palcos?
METRONOMY: Nós estamos muito felizes de voltar a fazer uma turnê. Nesses dois anos muita coisa mudou, nossas famílias mudaram, muitas coisas mudaram, de verdade. Então o sentimento é diferente, acho que estamos ficando velhos, espero que tenhamos energia ainda (risos), quero não estar tão cansado nos shows. E queremos voltar ao Brasil, é sempre uma parada especial, assim que pudermos estaremos aí, podem nos esperar.
O novo disco do Metronomy, “Small World”, será lançado na próxima sexta-feira, 18 de Fevereiro.
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