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Projota fala sobre machismo, novo álbum e Chorão em entrevista; leia

Durante o Festival Planeta Brasil no último sábado (28), Projota concedeu uma entrevista coletiva à imprensa. Confira abaixo os principais assuntos sobre os quais o rapper falou:

Rezadeira

Uma de suas músicas de maior sucesso, ele contou de onde veio a inspiração para compor a faixa.
“Tenho um amigo que conheci através da música. 7 anos atrás, eu me hospedei na casa dele e acabei conhecendo muito a história dele. Ele teve uma vivência dentro do crime, mais de uma vez foi preso. A mãe dele é evangélica fervorosa, e aí como eu já fui evangélico também, tenho esse respeito muito grande, esse apego com Deus. Eu falava com ela e ela me adorava porque eu conversava sobre isso. Então eu fiz uma música pra ela, porque acredito que é uma pessoa que protegeu muito ele. Eu quis escrever em cima dessa experiência que tive ali, conhecendo a vida deles de perto. Inventei uma história baseada em fatos reais.”

Influência do Chorão
Em seus shows, Projota geralmente presta homenagem ao cantor Chorão, falecido em março de 2013.
“O cara é influência pra uma geração inteira, e pra mim não é diferente. Eu cresci ouvindo Charlie Brown, é um grupo que eu tive a oportunidade de acompanhar a carreira desde o início. Então sempre tive um apego muito grande pelo Chorão, pelo Renato Russo, do Legião. São dois caras que eu tenho um amor mesmo de fã. Eu tive a oportunidade de conhecer o Chorão uma semana antes dele falecer. Ele me convidou pra participar de um disco deles, e aí veio a falecer. Foi um baque muito grande, mas, ao mesmo tempo, eu agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de conhecer o cara, ter trocado uma ideia e ter ouvido ele falar muitas coisas boas pra mim.”

Cenário do hip-hop atual

“É louco isso, porque já faz alguns anos que as pessoas vêm me perguntando isso e eu falo “a gente tá vivendo um momento muito bom”. E realmente, mais uma vez, graças a Deus, a gente continua um momento muito bom. Como sempre, é preciso muita responsabilidade, maturidade, calma, simplicidade, humildade pra gente ter o pé no chão e saber lidar com esse crescimento que o hip-hop está tendo. Tem que saber lidar com tudo isso pra não perder o que a gente tem de mais importante que é essa força, essa garra, essa determinação de querer mudar o mundo.”

Crescimento das mulheres no hip-hop
“São tantas mulheres e isso me deixa feliz porque era um meio muito machista e hoje tem perdido um pouco. É como a sociedade toda, acho que somos todos machistas e estamos todos os dias lutando pra tirar o machismo de dentro da gente, que está institucionalizado e preso dentro dos nossos ossos. A gente tem que colocar isso pra fora!
Eu acho que esse combate ao machismo é algo que está sempre presente na minha música até mesmo quando não estou falando diretamente sobre isso. Está presente desde lá atrás quando em 2011 eu fiz o EP “Projeção Pra elas”. Tinha oito músicas, todas relacionadas ao universo feminino. Já é uma forma de combater o machismo porque eu sou um homem
fazendo um disco só pras mulheres. E não só música romântica, “Rezadeira” é uma baita música político-social.”


Parceria dos sonhos

“Seu Jorge, por exemplo, é um cara que eu tenho um grande sonho de fazer um trabalho com ele.”

Próximo trabalho

O segundo álbum do cantor será lançado ainda neste semestre.
“Mas ainda não tem uma data. A gente acabou de lançar o novo single “Oh Meu Deus”. “Rebeldia” foi lançada no mês passado e o videoclipe sai essa semana, então vamos ficar ligados aí!”.

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