A revista americana Rolling Stone divulgou em suas redes sociais, na última quinta-feira (14), a capa da edição de fevereiro, que dá destaque à cantora Dua Lipa. Além de uma sessão de fotos, a cantora também concedeu uma entrevista exclusiva falando sobre “como ignorou as tendências, transformou-se em uma “fêmea alfa” e entregou o bem-sucedido clássico disco moderno”.
Como já mencionamos, 2020 não foi um ano fácil para ninguém, muito menos para os artistas.
Ainda assim, não há como negar que Dua Lipa foi uma das cantoras que mais entregou tudo para os fãs: um álbum incrível, videoclipes bem feitos e performances icônicas. Tudo isso em meio a um ano atípico.
É esse o enfoque da matéria, que leva o título: “Dua Lipa – Como a nova superestrela pop nos manteve dançando durante a escuridão”. Além de contar um pouco da história da voz de “Don’t Start Now”, a reportagem retrata o sucesso de “Future Nostalgia”, mesmo que durante a pandemia.
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Primeiros passos na música, amigos e o caminho para o sucesso
Quando tinha apenas nove anos, Dua Lipa começou a frequentar a Sylvia Young Theatre School aos sábados, mesma escola em que Rita Ora, Tom Fletcher e Amy Winehouse passaram.
Depois de algumas aulas, um professor de canto pediu para que a garotinha se levantasse e cantasse. Após isso, ele colocou Dua em uma classe mais avançada, cheia de adolescentes.
“Fiquei apavorada”, disse ela na entrevista. “Mas ele foi a primeira pessoa a me dizer que eu sabia cantar”.
Aos 15 anos, ela convenceu seus pais a deixá-la morar com a filha de um amigo da família. Ela não fazia parte do grupo popular da escola e suas melhores amigas eram, e ainda são, duas garotas que a abordaram um dia enquanto ela almoçava. “Elas foram os primeiros a dizer, ‘Nós sabemos que você é nova, então só passamos para dizer oi e sair’. Eu nunca as deixei ir.”
“Sou extremamente trabalhadora e motivada, e sinto que essa é a razão pela qual cheguei onde estou, por meio de meu trabalho árduo e meu empenho, e eu só queria deixar isso claro porque isso está passando pela minha mente.”
Dua Lipa sobre o caminho trilhado ao sucesso
Polêmica nos Grammy’s 2020
Você lembra como era a vida antes da pandemia? Aquela realidade alternativa em que íamos a clubes e boates sem medo e “aglomeração” não era uma palavra que passava medo?
Após a última cerimônia dos Grammy Awards, que ocorreu no dia 26 de janeiro de 2020, Dua Lipa foi alvo de uma série de críticas por visitar um strip club em Los Angeles.
Depois de aparecer nos stories do Instagram da cantora Lizzo, dançando e jogando notas para as strippers, as redes sociais rapidamente levantaram a hashtag #DuaLipaIsOverParty pelo simples fato de a cantora visitar o clube.
Vale ressaltar que, além de Dua Lipa e Lizzo, a cantora Rosalía e o rapper Lil Nas X. Alguns fãs, no entanto, saíram em defesa da cantora.
Para a Rolling Stone, Dua finalmente pôde colocar um ponto final em toda essa discussão. Ela disse: “Parece-me bastante hipócrita, na minha opinião, as pessoas escolherem como querem apoiar as mulheres, quando lhes convém. Essa é outra forma de misoginia, que realmente deriva do olhar masculino”.
“Acho que, se você é feminista, você também tem que apoiar as mulheres em todos os campos de trabalho. Temos que apoiar profissionais do sexo, temos que acreditar que esse trabalho é a escolha e o direito delas.”
Dua Lipa sobre o feminismo seletivo
Destaque em duas edições dos Grammy’s
Em 2019, Dua ganhou os dois prêmios nas categorias em que estava indicada: “Artista Revelação” e “Gravação de Dança” com “Electricity”.
Na edição desse ano, a cantora recebeu oito indicações e, tudo indica que ela será o destaque da premiação novamente. Dessa vez, Dua foi indicada às categorias: “Álbum do Ano” e “Melhor Álbum Pop Vocal” com “Future Nostalgia”, “Gravação do Ano”, “Melhor Perfomance Pop Solo” e “Canção do Ano” com “Don’t Start Now”, e “Melhor Perfomance de Duo/Grupo” com “Un Dia (One Day)” feat. J. Balvin, Bad Bunny e Tainy.
Relacionamento, diferenças entre os álbuns e mais
Sobre seu namoro com Anwar Hadid, Dua Lipa disse estar muito confortável e que a rotina do casal durante o isolamento social tem sido tranquilo.
“Estou muito confortável no relacionamento, mais do que com qualquer outro. Acordo por volta das 9h, 9h30, tomo banho, troco de roupa, tomo café da manhã, levo o cachorro para uma caminhada agradável, às vezes faço ioga, faço um almoço, saio, assisto a um filme, brinco com os animais.”
Dua Lipa sobre sua rotina e relacionamento com Anwar Hadid
Mesmo aqueles que não são fãs da cantora percebem dessemelhanças entre “Dua Lipa”, seu primeiro álbum, e “Future Nostalgia”. Com um pop mais maduro e autêntico, a cantora comentou durante a entrevista sobre a diferença de sonoridades entre os discos.
“Quando eu estava criando o primeiro álbum, muito do que estava acontecendo na minha vida era desgosto. Desta vez, eu estava me sentindo tão feliz e as coisas estavam indo tão bem, e pensei, ‘OK, eu preciso ser capaz de retratar esse sentimento de uma forma que não pareça cafona para mim.’ Eu não sei porque achava que quando você é um artista pop e faz uma música feliz, não soa legal. Eu meio que tive que deixar isso para trás. Chegou um ponto em que eu pensei, ‘Oh, todo mundo adora baladas. Talvez eu devesse fazer uma.’ Mas não era isso que eu estava sentindo. Eu estava tipo, ‘Foda-se. É um disco divertido. É isso mesmo.”
Dua Lipa sobre a diferença entre seu primeiro álbum e “Future Nostalgia”
A importância da família
Ainda na entrevista para a Rolling Stone, Dua Lipa reafirmou o quanto suas origens são importantes. Toda a família da cantora é kosovar albanesa, que refugiou-se dos conflitos nos Bálcãs, e seus dois avôs eram historiadores.
“Meu avô por parte de pai estava escrevendo livros sobre tudo o que estava acontecendo”, explicou. “Quando a invasão aconteceu, as forças sérvias queriam que ele reescrevesse a história. Ele se recusou e perdeu o emprego. Portanto, é parte de quem eu sou defender as coisas em que acredito.”
Você pode ler a matéria original aqui (em Inglês).
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