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Entrevista: Imagine Dragons revela detalhes do novo disco e fala da relação com os fãs brasileiros

Um novo disco do Imagine Dragons está a caminho e não poderíamos estar mais ansiosos. Prestes a lançar o novo disco, ainda sem data definida, a banda lançou dois singles: ‘Follow You’ e ‘Cutthroat’. E o Tracklist teve a oportunidade de realizar uma entrevista com o guitarrista do Imagine Dragons, Daniel Wayne, sobre o novo disco, os detalhes, a relação com os fãs brasileiros e carreira.

O papo foi muito legal e contém muitas informações importantes sobre essa nova era do Imagine Dragons que está vindo com tudo.

Entrevista com Daniel Wayne, do Imagine Dragons

Tracklist: Olá Wayne, obrigado por me receber! Gostaria de começar falando sobre ‘Follow You’ e ‘Cutthroat’. Como foi o processo de criação dessas duas músicas? E como vocês decidiram que elas tinham que ser lançadas juntas?

Daniel Wayne: ‘Cutthroat’… Nós escrevemos muitas músicas para esse disco, e levamos essa para o nosso produtor executivo do álbum. Havia muitas guitarras nessa canção, era bem heavy. Ele escutou a música e ficou com a mesma sensação que nós, que já havíamos passado por esse caminho anteriormente. E ele sugeriu que reconfigurássemos a música totalmente. Com um piano, beats de hip-hop e sintetizadores. E foi o que fizemos, tentamos isso e saiu algo muito bacana. E foi muito animador para nós pois era algo diferente. Já ‘Follow You’ o processo foi mais de polimento, pois a música já estava pronta, e aí nosso produtor executivo adicionou alguns elementos para ambientar melhor a música, nos gravou fazendo algumas coisas para colocar no single.

Confira o clipe de Cutthroat do Imagine Dragons.

Em algumas entrevistas foi revelado que o álbum terá dois lados, eu queria entender um pouco mais sobre isso, como que vai funcionar?

Sim, terá mesmo! É aquela coisa que você não sabe até o álbum estar pronto. Existem artistas que definem um tema e trabalham nisso, nós não somos assim, nós construímos um trabalho e aí damos um significado a ele. Nós pegamos a lista de músicas que fizemos e e escolhemos de acordo com os temas abordados. E queríamos um disco que tivesse uma metade com uma reflexão para o nosso lado interno, e a outra metade para o lado externo.

Então ‘Cutthroat’ é de um lado do disco e ‘Follow You’ do outro?

Isso, isso mesmo! ‘Cutthroat’ é olhando para dentro e ‘Follow You’ é olhando para o lado externo. E o lado externo pode se tratar de várias reflexões, desde as mudanças no mundo, até um amor em nossa vida.

Confira nossa entrevista com Dan Reynolds, vocalista do Imagine Dragons.

Muito bacana! Vocês estão trabalhando nesse disco pelos últimos 3 anos e 3 anos atrás nós nunca imaginávamos uma pandemia. Isso afetou de alguma forma o disco e sua abordagem aos temas propostos?

Assim, a pandemia afetou a vida de todos nós, isso é um fato inegável. E ainda está bem intenso, os efeitos disso serão sentidos no longo prazo. E claro, influenciou na maneira que escrevemos e produzimos, é um diferente estado mental para se produzir. E nós sentimos muita falta de tocar, performar. Faz muito tempo que não fazemos uma turnê. Quando se viaja muito, acaba cansando, e sentimos falta da família e tudo. Com a pandemia nós passamos a apreciar mais as turnês.

E vocês sempre gostam de evoluir o som de vocês, um disco é sempre diferente do outro. O que podemos esperar desse e como você o descreveria em poucas palavras?

Provavelmente eu definiria como nosso melhor trabalho até hoje. Eu sei que é clichê e muitas bandas fala isso antes do lançamento de um disco, mas não é da boca pra fora. É nosso trabalho mais completo, o mais maduro até aqui, é bem diferente, explora muitas sonoridades, sem limitações de gênero. É algo bem bombástico e ao mesmo tempo introspectivo. Você perguntou sobre como a pandemia afetou o disco, normalmente nós escrevemos 100, 150 músicas para um disco. Dessa vez nós fizemos 300. Por que tínhamos tanto tempo em nossas mãos e aí tivemos mais opções para escolher, espero que tenhamos escolhido as melhores.

A relação do Imagine Dragons com os fãs brasileiros é algo muito bonito de se ver. Por isso eu pedi para alguns fãs enviarem algumas perguntas para vocês. A Letícia perguntou o que você mais sente falta nas turnês e qual sua memória favorita do Brasil?

Minha memória favorita foi a primeira vez que fizemos o Lollapalooza Brasil. Nós já éramos uma banda há 3 anos e apenas no último ano que o Night Visions fez sucesso nos possibilitando viajar o mundo. Naquele momento éramos todos muito novos e estávamos um pouco cansados e sem perspectiva de futuro para a banda. Não estávamos gratos por tudo que estava acontecendo, na verdade. E aí veio aquele show no Brasil. Foi uma cura para nós, automática, nós nunca tínhamos visto 90 mil pessoas cantando mais alto que as caixas de som que eram super potentes. Foi o momento que nos curamos, que entendemos que aquilo que estávamos fazendo era especial de alguma forma e estava tocando as pessoas.

Eu lembro de estar no festival naquele dia e ir ver o show de vocês, mas estava muito cheio, nunca tinha visto tanta gente para um único show, e realmente não dava pra ouvir, foi uma loucura.

Faremos questão que você consiga ver o próximo show!

Obrigado! Hahahah. Como você mencionou no começo sobre jogos, a próxima pergunta é sobre um projeto que vocês trabalharam que é diferente de tudo que vocês já trabalharam, que é a música tema para o Mundial de League of Legends. Como é trabalhar nesse projeto? É uma audiência totalmente diferente, como que é trabalhado, vocês recebem um direcionamento da contratante?

Isso é uma ótima pergunta. A comunidade gamer é a que consegue captar rapidamente uma certa falsidade, sabe? Quando um trabalho, ou uma música não acredita no que está falando, eles conseguem captar rapidamente. A sinceridade da coisa. Então para nós foi bem fácil por que nós jogamos, ontem mesmo eu fiquei 3h jogando a noite. Então é algo que estamos envolvidos. Poder fazer a música tema do Mundial foi algo extremamente especial para nós, pois amamos essa comunidade. Poder viajar para a Coréia e conhecer a equipe da Riot, foi algo realmente incrível.

Wayne, muito obrigado por me receber, as minhas sextas jogando League of Legends não serão mais as mesmas! Ansioso por esse novo disco, espero ver vocês em breve!

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