O Metacritic, site que coleta e reúne pontuações de dezenas de canais de álbuns, filmes, televisão e videogames, é um dos mais importantes parâmetros críticos para entendermos o quão bem feito uma obra pode estar ou não a partir da visão dos críticos. E isso só é possível se os materiais forem constantemente discutidos.
Com vários lançamentos discográficos agitando o cenário musical este ano, são inúmeros discos que seguem sendo avaliados, e consequentemente, tornando-se alvos de discussões acerca das suas estruturas, forma de produções e o resultado final do projeto entregue ao público.
Mas como essa métrica funciona? A equipe editorial do site pega as pontuações oriundas de um grupo de críticos altamente respeitados, no qual, atribuem notas a suas avaliações, e as executam por meio de um algoritmo proprietário que gera um número final e único de 100. Esse número é o Metascore.
Quando uma obra possui entrada no Metacritic é porque o material é digno do reconhecimento de dezenas de críticos renomados. No entanto, as codificações a respeito desse trabalho pode variar entre notas positivas ou negativas, o que pode acarretar um peso significativo na recepção do público e das bancadas de premiações.
Além da crítica especializada, os usuários cadastrados no site também podem montar seu espaço como críticos de alguma obra. A escala nessa seção vai de 0 a 10, sendo exibida como uma média simples das notas de todos os usuários que avaliaram o material.
É importante salientar que nesse quesito as opiniões e críticas são medidas a partir da preferência e gosto de cada sujeito, não entrando para o cálculo do Metascore. Logo, as discussões levantadas pelos usuários são apenas reflexos da opinião pública acerca de um projeto.
Até o momento, o site estabeleceu o Top 10 dos álbuns mais discutidos de 2021, embora ainda haja lançamentos para ocorrer ao longo do ano. Por isso, reunimos aqui essa lista para que você conheça os 10 primeiros discos!
Leia também: Metacritic: como são calculadas as notas de álbuns?
Metacritic: Top 10 Álbuns Mais Discutidos de 2021 — até agora
1°. “Justice” – Justin Bieber
Lançado em 19 de março de 2021, “Justice”, sétimo álbum de estúdio de Justin Bieber, se tornou mais um projeto aclamado dentro da sua discografia, no qual possui 16 críticas especializadas e está avaliado com 62 metascore. O quinto material discográfico do cantor codificado na cor verde, o que o configura em mais uma aclamação e saldo positivo no Metacritc.
Ocupando o primeiro lugar do top10 de álbuns mais discutidos, o dono de hits como “Peaches” e “Hold On” recebeu avaliações de grandes veículos como Variety e Pitchfork.
Em sua resenha, a Variety define o material como um “álbum pop ousado”, onde suas parcerias, que vão desde as participações de Daniel Caesar a Khalid, são como um “pletoral usual de convidados que trazem performers que realmente sentem que complementam Bieber de alguma forma”.
Já para o User Score, o “Justice” obtém uma pontuação de 7.3 pontos, possuindo 5.375 avaliações e 642 reviews. A opinião pública sobre o novo trabalho discográfico de Bieber destaca-o como um material que fez o canadense voltar as raízes e interpretar letras significativas como nos velhos tempos.
2° “Dancing with the Devil…The Art of Starting Over” – Demi Lovato
O sétimo disco da carreira de Demi Lovato é o que possui o maior números de críticas somando 13 no total. Assim, impulsionando para sua nota verde a classificação de 73 no metascore. Enquanto isso, seu User Score está avaliado em 9.2 pontos com 2.659 avaliações e 95 reviews.
Lançado em 2 de abril de 2021, o projeto é um dos mais pessoais da voz de “Sorry not Sorry” e contém feats com Noah Cyrus, Sam Fischer, Ariana Grande e Saweetie. Além disso, o trabalho de Lovato é um dos mais bem avaliados no site até o momento.
Com reviews de grandes veículos, a obra de Demi angariou boas classificações e foi caracterizado por jornais como o da Pitchofk que o vê como um vislumbre onde, “”Dancing with the Devil” se expande para revelar a pessoa que Lovato é – ou pretende ser – hoje; há muita pele trocada, finais reescritos e referências a alcançar o céu”.
Os usuários do site também marcaram presença, ressaltando que este álbum fez Demi finalmente se encontrar na música e no seu som.
3° “Chemtrails Over the Country Club” – Lana Del Rey
Produzido por Jack Antonoff, o último álbum de estúdio de Lana Del Rey é mais um entre os seus sete projetos discográfico que se mantêm verde e avaliado com 81 pontos, o segundo maior metascore da carreira, após o “Norman Fucking Rockwell!” com 87.
Apresentando suas melhores composições, a obra da cantora possui incríveis 28 revisões críticas de diversos e mais renomados veículos. O Los Angeles Times foi de longe o mais impressionante, dando a pontuação máxima ao material da artista.
“O que é indiscutível é que ela se tornou uma das melhores compositoras de sua geração, com um toque lírico e melódico que incentiva um investimento emocional em sua música muito além de tudo o que ela reflete em sua vida real”, disse o periódico.
Com as 3.187 avaliações e 112 reviews, o User Score de “Chemtrails Over the Country Club” angariou 9.0 de pontos, caindo no gosto dos usuários do Metacritic que o classficaram como um disco experimental e inesperado.
4° “Fearless (Taylor’s Version)” – Taylor Swift
A regravação de “Fearless”, segundo projeto discográfico de Taylor Swift, tornou-se um dos mais aclamados lançamentos do ano. Com ótima recepção tanto do público quanto da crítica, o relançamento da norte-americana se consagrou com nota 82 no Metacritic. O álbum lançado em 2008 tem uma média menor, 73.
Avaliado por 17 reviews especializadas, a obra possui críticas de importantes veículos como o The Guardian que não poupou elogios ao material e o resume como uma verdadeira renovação musical, após 13 anos da liberação da primeira versão quando a cantora ainda era apenas uma aspirante a popstar aos 19 anos de idade.
“É tentador sugerir que as letras de Fearless podem assumir um tom diferente cantado por uma mulher agora na casa dos 30 anos, mas as novas gravações militam contra isso. Apoiada por sua banda em turnê, sua voz soando essencialmente a mesma de 2008, Swift resistiu a qualquer tentação de alterar os arranjos ou letras de pop country das músicas, mesmo quando o último poderia ter usado um beliscão e uma dobra”, avaliou o jornal britânico.
Além do periódico, as 2.162 avaliações somadas com as 893 reviews feitas pelo público do site levaram o User Score para a casa dos 9.4 pontos, dando à obra de Swift o título de aclamação universal.
5° “Solar Power” – Lorde
O terceiro disco de Lorde mal estreou e já se fez presente na lista de álbuns mais discutidos do Metacritic. Lançado no dia 20 de agosto, a obra da neozelandesa obteve 26 críticas e está codificada com nota verde, possuindo 69 pontos no metascore. Bem como seu User Score, avaliado em 8.7 pontos e obtendo 1.059 avaliações e 469 revisões.
“Solar Power” fez suas estreia no cenário musical adiantado por três grandes singles que mostram o talento da cantora na composição e na maneira de interpretar suas canções aliada a novas sonoridades ainda não exploradas por ela.
O veículo estadunidense NME o define como “um truque deslumbrante de um mestre em seu ofício”, além de intitulá-la como uma campeã mundial em mais uma bela jogada musical. “Poucos artistas ganham ouro em cada disco que criam, mas, pela terceira vez consecutiva, Lorde conseguiu novamente, criando mais um campeão mundial”.
Entre a opinião pública dos usuários é frequente a leitura de palavras como “poderoso” e “diferente” para caracterizar o novo álbum de Lorde.
6° “SOUR” – Olivia Rodrigo
O debut de Olivia Rodrigo segue um fenômeno e o seu disco de estreia é o principal protagonista desse efeito avassalador que colocou a estrela da Disney em meio ao bem sucedido furacão que é a indústria fonográfica.
A obra que quebrou recordes e automaticamente se tornou o queridinho do público e também da crítica, rendendo a ele 20 revisões críticas e totalizando 83 pontos no Metacritic, é um dos mais bem avaliados álbum do ano no site.
Em suas críticas, a All Music dedicou trechos para contemplar a habilidade de composição da cantora. “Sua combinação de melodias doces e temperamentos amargos, seu fluxo de conversação e sua autoconsciência são habilidades que muitos compositores com o dobro de sua idade adorariam chamar de suas, e fazem de Sour uma jornada emocional completa e um forte álbum de estreia”, disse o veículo.
Em suas avaliações baseadas nas críticas do público, o User Score de “SOUR” alcançou a média de 8.1 pontos, possuindo 1.023 avaliações e 427 reviews. Dentre os destaques, os usuários salientaram a potência do material como um dos maiores debuts do ano.
7° “Happier Than Ever” – Billie Eilish
O segundo álbum de Billie Eilish é um verdadeiro sucesso. Marcando presença nos principais veículos de crítica especializada com seus trabalhos musicais e sempre estável com boas avaliações, o novo projeto da norte-americana chegou para mostrar que com ele não seria diferente.
Avaliado em 86 pontos, o disco de Eilish é sem sombras de dúvidas um dos mais bem classificados do ano no Metacritic, onde possui 26 revisões, nas quais, 25 dessas são positivas e apenas uma mediana. Na seção User Score, a obra está avaliada em 8.1 pontos com 992 avaliações e 422 revisões oriundas dos usuários do site.
Para a Rolling Stone, Billie Eilish em seu novo material é a “coisa mais impressionante, pois em “Happier Than Ever” ela se recusa a mimar seu público, recusando-se a nos proteger de seus momentos mais sombrios. É uma jogada de alto risco”.
8° “Nobody Is Listening” – ZAYN
Lançado em 15 de janeiro deste ano, o terceiro disco de Zayn ocupa a oitava posição do Top 10 dos álbuns mais discutidos do Metacritic possuindo nove revisões, o que acabou acarretando uma nota verde de 63 pontos ao “Nobody Is Listening”, sendo mais um dentro da discografia do cantor com o metascore esverdeado.
O ex-One Direction que explora da melhor forma o R&B e o Pop balada conseguiu ótimas avaliações que o fizeram adentrar na lista ao lado dos demais lançamentos que estremeceram a crítica até agora.
A Variety classifica o trabalho do britânico como um projeto “conciso e direto ao ponto”, além de defini-lo como o mais comovente de sua carreira. “Embora cada um de seus álbuns tenha sido um reboot, este é o mais dramático de todos – e limpa a mesa para o que quer que esteja por vir”, completou o periódico.
Com 8.7 pontos no User Score, o projeto do artista possui 487 avaliações e 258 reviews frutos da opinião pública dos usuários que o aclamam como um “bom R&B em formato de álbum”.
9° “Ancient Dreams in a Modern Land” – MARINA
“Ancient Dreams in a Modern Land” marca o quinto lançamento discográfico de MARINA. Produzido por Jennifer Decilveo e James Flannigan, o disco é uma experiência reluzente de Pop-Rock e Indie.
Com 8 revisões e uma pontuação verde avaliada em 79 pontos, o álbum é o nono da lista que é conteplado com tamanhas discussões sobre sua produção e entrega artística, recebendo até então elogios e aclamações de periódicos como a Pitchfork.
“Tudo é delicado, mas nada é silenciado. Essa estética certamente não é para todos, mas depois de seus ambivalentes experimentos pop, Marina não precisa mais que seus álbuns sejam. É um farol para as pessoas altamente emocionais do mundo, das quais ela claramente faz parte; é para ela”, resumiu o veículo.
Já para o User Score, sua pontuação se estabelece em 9.4 pontos com 499 avaliações e 24 reviews.
10° “Planet Her” – Doja Cat
Máquina de hits, pronto para pousar nas maiores premiações devido aos seus grandes sucessos, o “Planet Her” é de longe um dos mais promissores álbuns de 2021. Lançado no dia 25 de junho deste ano, o terceiro disco de Doja Cat já acumula 14 revisões e atingiu a pontuação de 76 metascore. Seu User Score está avaliado em 8.6 pontos acompanhado de 387 avaliações e 189 reviews.
Entre tantos reconhecimentos e críticas que o exaltam, a NME estabelece o projeto da cantora como um trabalho transmídia que transita por todas as plataformas e domina as principais redes sociais, tornando-se tendência mundial e referência de êxito musical.
“Talvez mais do que qualquer outra estrela pop, Doja Cat parece refletir nossa era atual e bastante turbulenta de mídia social”, resume o periódico. A potência universal de Doja que transcende todos os campos midiáticos é uma realidade vista desse sua bop faixa, “Say So”.
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