Que Olivia Rodrigo é a grande revelação do ano, isso não é novidade para ninguém! Com o sucesso arrebatador de faixas como “driver’s license” e “good 4 u”, além do seu aclamado álbum de estreia “SOUR”, muito se discute a respeito do que mais está sendo provado por ela, como o retorno do pop rock. No podcast Rolling Stone Music Now, a cantora de 18 anos se tornou a pauta da vez, assim como seu feito matador de resgatar esse gênero que por anos viveu longe dos holofotes.
Entre tantos acontecimentos surgidos na indústria musical este ano, a jovem norte-americana permanece como o grande triunfo do pop que junto ao rock, acabou trazendo uma nova cara ao cenário fonográfico.
Conversando diretamente com os adolescentes, não apenas devido à sua idade, mas também pelo conteúdo musical em si recheado de identidade jovial, Olivia consegue ser hoje o rosto de todo um grupo ao representar a diversidade e as aflições da vida de uma garota recém-formada no ensino médio.
O efeito moderno que se alinha com tantas histórias ao redor do globo de jovens precocemente atingidos por uma difícil relação amorosa, foi apresentado pela cantora por meio da sua voz vibrante que acompanhada de um solo de guitarra e samples do Paramore e de Taylor Swift, conquistaram rapidamente a atenção do público, transformando-se na figurinha repetida de todas as playlists mundo afora.
O espírito jovem de Olivia Rodrigo para a Rolling Stone
O material conduzido por Brian Hiatt recebeu Brittany Spanos e Rob Sheffield para discutir a ascensão da cantoraa e como ela trilhou um caminho de excelência até o reconhecimento em menos de 1 ano. Durante o podcast, os dois convidados definiram a estrela como “a melhor nova artista do ano”.
A presença de Olivia Rodrigo em visita à Casa Branca para incentivar a vacinação entre os jovens dos EUA contra a covid-19 também foi um dos principais tópicos da Rolling Stone Music Now, que somado ao seu carisma, entraram para história como um icônico momento tanto para a cultura pop quanto para a política estadunidense.
Vista como uma referência musical para milhões de jovens amantes da música, a atriz da Disney é como um rolo compressor das faixas de pop presentes nas rádios e plataformas de streamings da atualidade. Sem parar no primeiro single lançado em janeiro deste ano, a voz de “deja vu” continuou igualmente brilhante e nos entregou o seu primeiro projeto discográfico, um exemplo de versatilidade, subjetividade e composição.
“Nesse último ano, o pop rock voltou e conseguimos ver esse retorno através de ‘good 4 u’ e ‘brutal’, por exemplo. Tivemos um ano pandêmico, então faz sentido músicas como a de Olivia saírem com mais raiva, com presença de guitarras, pois há muita ansiedade envolvida. Quem não exploraria isso nesses tempos? Foi muito apropriado”, disse Brittany Spanos.
A popstar, que escreveu todas as 11 canções do disco, salta de um gênero para o outro sem perder a essência e nos impulsiona a conhecer o lado mais vulnerável e pessoal daquela que inicia com excelência sua carreira na indústria fonográfica.
“‘brutal’ é uma grande canção que me chocou quando ouvi. Na verdade, as três canções são bem diferentes, ‘driver’s license’ é uma grande balada, ‘deja vu’ é como uma faixa indie pop, não como uma balada completa, então temos ‘good 4 u’ vindo depois do álbum. Todas elas foram como grande refúgios, super eletrizantes, como um sonho adolescente”, ressaltou a convidada.
O trabalho criado pela novata gera uma espécie de círculo identificável, onde todas as faixas espelham um detalhe específico cortante de inúmeras histórias semelhantes entre o seu público e ela mesma. Embalados por uma sonoridade que transita o rock alternativo dos anos 90 e o pop balada, as obras da artista acabaram resultando em uma novidade instantânea e multidimensional que está sempre em moda.
Segundo o podcast da Rolling Stone, em meio ao período pandêmico, Olivia Rodrigo se tornou o escape perfeito que vai de encontro com a angústia adolescente, desencadeado pelo eletrizante e emocionante som do pop rock, em crescimento no ano de 2021.
Veja 3 músicas de rock, pop e “angústia adolescente”, como ressaltou a Rolling Stone, de Olivia Rodrigo
1. O rock de Olivia em “brutal”
A queridinha dos fãs é o rock que o ouvinte estava precisando ouvir. A música soa como um verdadeiro cenário escolar que serviria de trilha sonora para qualquer filme protagonizado por Lindsay Lohan nos anos 2000.
Em veículos como a Pitchfork, o destaque na canção fica para o seu falsete e notas graves alcançadas durante 2 minutos e 23 segundos, produzindo um ambiente caótico que leva como questão principal o fracasso no término de namoro, cheia de melancolia e travessura.
Rodrigo adota um sprechstimme irônico em “brutal” para desfiar suas queixas: dúvida, expectativas impossíveis, sua incapacidade de estacionar em paralelo. “Onde está a porra do meu sonho de adolescente?” Ela rosna, piadista sobre a forma como a cultura pop romantiza a juventude.
O refrão contagiante que pega todos de surpresa com a potente execução da música, é o ápice que precisava para se figurar em um trecho viciante e grudento como um chiclete no sapato. Quem nunca repetiu o famoso e viral “God, it’s brutal out here”? É o efeito desemparado do rock de “brutal”.
2. “traitor”, imerso no pop feroz da cantora
Mesclando o que sabe fazer de melhor, em “traitor” Olivia Rodrigo desenvolve o seu lado mais maduro e contracena no que chega ser a sua melhor performance vocal em “SOUR”. Como resume a Billboard, a faixa é “a ascensão e queda cinematográfica da acústica que giram suavemente em torno dos vocais da cantora enquanto ela beirava um sussurro, subindo mais alto apenas em direção à conclusão.”
Dentro de uma linha do tempo, o álbum segue uma lógica de narrativas e acontecimentos, onde a poderosa música abre como o segundo ato perfeito ao lado de um contraste arrepiante que aborda o assunto de um ex saindo com outra garota enquanto ela ainda tenta entender o que deu errado na maior parte do disco.
Discreta e reservada, “traitor” possui uma história transparente e verdadeira, além de um pop dividido em camadas harmônicas e contagiante, que coloca o público em loop eterno devido a energia que a baladinha entrega durante a interpretação da jovem.
3. O retrato da angústia adolescente em “jealousy, jealousy” sobre as redes sociais
A novata provou em “SOUR”, seu primeiro álbum de estúdio, que suas composições servirão como ensinamentos, seguido das trocas de experiências com o público no que se refere ao impacto das redes sociais em sua vida.
Olivia Rodrigo é mais uma entre tantos artistas jovens que estão ou já estiveram vulneráveis à qualquer pressão existente na indústria. Vivendo nos tempos modernos, a cantora mais do que ninguém sabe como é estar exposta às sobrecargas da internet.
Por isso, em “jealousy, jealousy”, a estrela da Disney reforça uma crítica aos padrões presentes nas redes e como esse contexto leva à comparações consigo mesma e ao seu corpo.
“Eu meio que quero jogar meu celular do outro lado da sala / Porque tudo o que eu vejo são garotas muito boas para serem verdade / Com dentes branco e corpos perfeitos / Eu queria não me importar”.
É fã da Olivia Rodrigo? Então, siga-nos no Twitter para mais informações sobre ela e o mundo do entretenimento!