Tornando-se uma das principais marcas dos artistas, a sonoridade é de longe o que denomina a qualidade e coerência de um trabalho musical. Sendo assim, muitos cantores podem usar do seu som como uma maneira de se auto desafiar, explorando novos gêneros musicais. Por isso, ao longo da carreira de muitos a mudança na sonoridade foi fundamental para entregar trabalhos totalmente diferentes.
Taylor Swift, Rihanna, Halsey, Miley Cyrus e Beyoncé são exemplos clássicos da indústria fonográfica que se deixaram levar pela criatividade e inovação e apresentaram novas abordagens na forma de fazer música, transitando por distintas melodias e ritmos. Acompanhe quais foram os álbuns dessas cantoras, na qual, essa transformação esteve evidente!
Taylor Swift – “Red” → “1989”
Quando iniciou sua carreira há 15 anos, Taylor Swift tinha o country como sua referência musical para aqueles que viriam ser anos de sucessos e hits.
No entanto, como qualquer artista versátil, a norte-americana não se prendeu em apenas uma sonoridade e escolheu ir bruscamente do título de promessa do country para uma grande revelação do pop.
Em “Red”, quarto álbum de estúdio de Swift, lançado em outubro de 2012, é visível a predominância daquele gênero que a menina da Pensilvânia tinha tanto domínio. Trazendo os conflitos no amor como tema de suas canções e explorando como ninguém o seu talento na composição, o material foi e continua sendo de longe um símbolo de um dos estilos musicais mais populares dos Estados Unidos.
Para sua lista de conquistas, o projeto discográfico, que se configurou no primeiro disco de country a chegar à marca de um bilhão de reproduções no Spotify, tornou-se um ponto crucial na virada de sonoridade, quando a mesma decidiu fazer do “1989” um divisor de águas da sua discografia.
O vencedor do Álbum do Ano Grammy Awards é aquele que muitos consideram um dos mais importantes LPs do Pop. Com faixas que te fazem dançar como “Shake It Off” e outras que te deixam refletir como “Wildest Dreams”.
Abordando diversos assuntos como relacionamentos e autoajuda, a obra é uma pura experiência sonora que mostra a versatilidade musical de Swift e como ela consegue brincar de encaixar sua voz doce e marcante em distintos estilos sem perder a essência de uma artista consagrada na cena da música.
Halsey – “Manic” → “If I Can’t Have Love, I Want Power”
O terceiro álbum de estúdio de Halsey soa como um Pop/R&B que transita tranquilamente por outros estilos musicais sem perder o principal objetivo desse projeto, mostrar que a cantora é uma super popstar que pode fazer da sua música um poço sem fim de novos sons.
Em “Manic”, a artista desvenda com classe os prazeres e anseios da vida e usa a mixagem do Pop com diversas participações sonoras para mostrar que é possível sair da zona de conforto sem precisar escapar do eixo sonoro que lhe trouxe até o centro do sucesso.
Mas quem achou que a voz de “Without Me” ficaria muito tempo sem se permitir explorar ritmos ainda não utilizados em sua discografia, acabou se enganando, visto que a artista em um ano e meio de lançamento do disco já preparava seu retorno com aquele que viria ser seu ponto de partida para o diferencial como amante da música.
“If I Can’t Have Love, I Want Power”, lançado em agosto deste ano, é um trabalho de evolução tanto em composição quanto em aspectos sonoros.
O Rock Alternativo com toques de Pop/Punk que predomina em cada faixa destaca o trabalho árduo que Halsey levou em consideração para produzir este álbum. As vertentes místicas e fantasiosas combinam com o som obscuro presente no Rock e Pop de cada canção.
O material produzido por Trent Reznor e Atticus Ross, da disruptiva banda de rock industrial Nine Inch Nails é mais uma excêntrica obra de quem almeja alcançar um novo patamar sonoro, principalmente quando esse busca explorar um gênero tão ousado como o rock.
Miley Cyrus – “Younger Now” → “Plastic Hearts”
Aspirante a cantora do Country desde muita nova, Miley Cyrus é hoje em dia a artista que usa da versatilidade para cravar seu nome na indústria musical.
Quando “Younger Now” chegou às plataformas digitais muitos já sabiam do destaque que o Country/Pop teria em cada estrutura sonora do álbum. Os acordes inspirados em baladas como as de Dolly Parton, musa da música Country e madrinha de Cyrus, são de longe os mais excêntricos elementos que construíram o projeto.
Ainda que tivesse tido muita familiaridade com esse gênero ao longo de sua infância, foi somente no sexto disco de estúdio que a cantora pôde explorar de forma serena e doce suas raízes e tradições de quem veio do sul dos Estados Unidos, região de origem do Country.
Bom, mostrado toda sua potência nesse estilo, chegava então a hora que todos aguardavam, a transformação da artista para uma verdadeira estrela do Rock.
Era fato que Miley Cyrus havia nascido para o Rock, e essa confirmação veio com o tão esperado lançamento de “Plastic Hearts” que rapidamente se tornou um material de prestígio, permitindo a cantora ousar de todo o seu poder.
De guitarras fervorosas a baladas românticas como as de Aerosmith, o LP é uma amostra perfeita de que a mudança na sonoridade é essencial para mostrar a heterogeneidade musical que cantoras como a intérprete de “Midnight Sky” possui.
Beyoncé – “BEYONCÉ” → “Lemonade”
Não bastasse ser um lançamento surpresa e um álbum visual, “BEYONCÉ” veio para fazer de Beyoncé a grande artista que é hoje. O quinto álbum de estúdio da norte-americana é um já conhecido Pop/R&B que todo fã da cantora aprecia.
O hit “Flawless” que se tornou um hino feminista, entregou um ritmo chiclete que coloca qualquer público para dançar. Enquanto isso, a balada “Drunk In Love” é mais um excelente resultado da combinação dos Carters.
O projeto discográfico abriu diversos caminhos para a cantora fazer do seu nome uma marca registrada na história da música. No entanto, esse acontecimento veio quando a texana resolveu arriscar diferentes sons naquele que se configuraria no mais atemporal trabalho de 2016.
“Lemonade” é uma obra que carrega desde elementos do Rock produzidos por Jack White em “Don’t Hurt Yourself” até o mais excêntrico do country em “Daddy Lessons”.
Considerada uma diva do pop, o último projeto da texana é com aclamação um exemplo das transformações que a sonoridade pode acarretar na carreira e discografia dos artistas.
Rihanna – “Unapologetic” → “ANTI”
Conhecida como camaleão da indústria, Rihanna é uma aventureira dos estilos musicais. De Reggae ao Pop/Indie, a barbadiana trilhou um caminho diverso na sua sonoridade.
Em “Unapologetic”, lançado em 2012, a caribenha inovou mais uma vez na forma de fazer músicas e entregou, como ninguém, o Pop que o público tanto espera. Da balada romântica em “Diamonds” a eletrizante “Phresh Out The Runway”, o disco é mais uma demonstração da capacidade sonora que Riri possui.
Sem medo de inovar e se jogando de cabeça nos conceitos, o “ANTI”, seu último álbum de estúdio, conseguiu ser o espelho criativo e diverso que a artista expôs nos seus oitos LPs.
Baseado em um estilo cercado pelo Indie, Pop, Hip-Hop e Jazz, o trabalho tornou-se na discografia de Rihanna o mais ousado, pois foi constituído de gêneros musicais que a própria ainda não tinha se permitido usar.
Portando-se de um som completamente diferente do comum, o disco é uma experiência profunda de como criar um projeto repleto de sintetizadores sinuosos que utilizam como fundo sonoro as baladas poderosas dos anos 80 e o já velho R&B.
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