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Joseph Mount, do Metronomy, fala sobre Billie Eilish, novo álbum e mais

Na última quarta-feira (11), a banda Metronomy se apresentou no Sacadura 154 no Rio de Janeiro e rendeu muita animação para o público. O show começou lá pelas 22h, mas, desde a tarde a banda já se encontrava na casa para entrevistas.

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O Tracklist foi um dos portais a conversar rapidamente com um dos seus integrantes: o vocalista Joseph Mount. Ele falou com a gente sobre Billie Eilish, novos artistas, o processo de fazer o “Metronomy Forever” e mais. Continue lendo para a entrevista!

Como foi o processo de fazer o Metronomy Forever? As inspirações e coisas do tipo…

Não foi o álbum mais fácil de fazer. Quando eu comecei a trabalhar nele eu estava trabalhando muito no álbum da Robyn. Então ajudar produzir o álbum de outra pessoa me fez pensar como eu queria me representar. E também acho que como é o sexto álbum da Metronomy, você começa a se perguntar o que você faz e por quê você está fazendo aquilo. Basicamente o que eu acabei fazendo foi pensar o por quê de eu amar música, por quê eu amo fazer música, por quê eu comecei e todas essas coisas do tipo. E tentei usar isso para fazer o que eu sentia. Acabou que foi uma coisa simples. Eu fui inspirado acho que pela… música. Eu estava tentando me inspirar com coisas que costumo achar inspiradoras.

Qual foi a diferença de fazer esse álbum e os outros? Teve uma grande diferença?

A forma que eu faço a música é bem parecida. A forma física, como eu sento e faço música, é sempre bastante parecida; mas acho que toda experiência que você tem em turnê, lançando música, e na vida mesmo, cada ano que passa, muda a forma que você se sente sobre as coisas. Então a forma que eu fiz foi praticamente a mesma, mas acho que as questões emocionais que entram são sempre bem diferentes. Muda, mas sem eu pensar muito sobre isso.

Vocês estão juntos há mais de uma década. Qual foi a pior coisa ou a mais complicada que aconteceu com vocês da banda e a melhor?

A pior? Eu não sei, não tiveram muitas coisas ruins. Bem, tivemos o primeiro ano que viemos pra cá, que foi quando o “English Riviera” foi lançado, e estávamos trabalhando muito; estavamos muito cansados e brigávamos muito. Tivemos essa grande turnê em que estávamos chateados e não sendo legais um com o outro eu acho. Esse foi o pior momento.

O melhor momento… Eu sinto que agora é o melhor, sabe. As pessoas ainda querem a gente. Tocamos em shows grandes como esse. Tocamos em São Paulo, Curitiba. Parece que a gente ainda consegue novos fãs e ficamos mais populares, então é ótimo.

Falando dessa década, você poderia falar algum álbum ou artistas dessa década que foram importantes para você?

Os que eu penso seriam… Frank Ocean foi bem animador no início, Billlie Eilish agora é bem legal e Rosalia. Nós gostamos dela. Acho que são esses novos tipos de popstars, é uma nova ideia deles, que é algo que acho animador!

E você pensa em trabalhar junto de algum deles?

Ah, eu amaria! Mas acho que não somos cool o suficiente.

Tem algo que vocês ainda não alcançaram que vocês querem alcançar?

Não tenho certeza… Eu sinto que não temos objetivos. Só queremos tocar para as pessoas gostarem da gente e é o que fazemos. E a melhor coisa é que a gente sempre acaba tocando pra mais e mais pessoas. Então seria legal se as coisas continuassem ficando maior! Mas não tem isso de “meta” estabelecida.Se acontece, estamos felizes.

Você acha que vai ter diferenças no fazer música na próxima década em comparação com essa e a última?

Talvez. A coisa que eu acho que as pessoas perdem um pouco é… sabe, você tem esses artistas solos impressionantes, a Billie Eilish por exemplo, e a coisa que você perde é a ideia de um grupo ou banda. Acho que talvez no início da próxima década vão ter mais grupos ou mais pessoas se apresentando juntos. Como os grupos de jazz que estão se popularizando agora, como Kamasi Washington. Esse tipo de coisa, pessoas tocando juntas e pessoas performando e não usando tanto o computador. Apenas usando suas próprias habilidades. É isso que acho que irá acontecer.

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