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6 motivos para assistir “Uncoupled”, comédia com Neil Patrick Harris

Lançada na Netflix, série LGBTQIA+ traz a história de homem que lida com uma crise de meia-idade após o fim de um relacionamento

Foto: Divulgação/Netflix

Buscar uma nova série para assistir pode ser uma tarefa mais difícil do que imaginamos. Com tantas opções nos streamings, você provavelmente já se pegou zapeando pelo catálogo por horas, até que, por fim, optou por assistir algo já conhecido ou assistido antes. Porém, esse não será o caso dessa vez: “Uncoupled”, a nova comédia romântica da Netflix estrelando Neil Patrick Harris, tem tudo para ser sua nova série favorita. E, neste texto, vamos explicar o por quê!

A série foi lançada no final de julho pela Netflix, e já está causando burburinho especialmente entre os fãs do ator.  Harris, que é mais conhecido por seu papel como Barney Stinson na sitcom “How I Met Your Mother” (2005-2014), dessa vez vive Michael, um homem gay que, de repente, leva um “pé na bunda” em um relacionamento de quase 20 anos.

Se essa situação não é algo fácil para ninguém, dentre o círculo LGBTQIA+ é ainda mais delicado. Michael precisa lidar com a pressão social de ser um homem de meia-idade solteiro, dentre amigos malhados que negam a própria idade e numa sociedade que supervaloriza a juventude e a beleza. Não é fácil para ninguém e, por isso, Michael se vê perdido em diversos momentos. Mas quantos de nós também não lida com os mesmos tabus?

6 motivos para assistir “Uncoupled”: saiba mais sobre a nova comédia romântica da Netflix

1) Uma comédia “da vida real”

Mesmo sendo uma história que nos faça rir, uma das grandes características de “Uncoupled” é sua tentativa de retratar assuntos dramáticos de forma mais humanizada. 

A volatilidade dos relacionamentos, a naturalização do casamento gay, o luto do término de um relacionamento, a busca por uma nova identidade, a solidão da crise de meia-idade. Tudo isso é retratado com muita fluidez e com uma pitada de sarcasmo – algo que, para quem está assistindo, pode trazer uma boa reflexão do que a nossa sociedade é e pode ser. 

2) Foge do enredo comum

Ainda que tenha sido comparado com “Sex and The City” (inclusive, seus criadores são os mesmos), um dos grandes trunfos de “Uncoupled” está no fato de não ser centralizado nas crises de relacionamento heteronormativas. A série também não traz um elenco jovem como é mais habitual das plataformas, muito menos dinâmicas de dramatização do relacionamento homoafetivo. 

Em “Uncoupled”, todo mundo já passou pela fase de autoaceitação, e pouco se fala em “sair do armário”, por exemplo. Ainda que essa pauta ainda seja importantíssima para os dias de hoje, a série retrata tudo isso com muita naturalidade – como, para nós, é o que deveria ser regra.

Foto: Reprodução/Netflix

3) Curto e objetivo

Enquanto a maioria das séries dos streamings estão focadas em episódios de vinte minutos, mas longas temporadas, “Uncoupled” vai direto ao ponto. A primeira temporada tem somente oito episódios, com duração de 40 a 60 minutos cada. É a mesma dinâmica existente em “Emily in Paris”, por exemplo, sucesso arrebatador da Netflix.

Sendo assim, a série evita muitos rodeios ou focar demais em arcos que pouco interessam ao personagem principal (e ao espectador, principalmente). Temos alguns núcleos que gostamos de acompanhar, mas os quais o personagem principal está sempre envolvido ou presente de alguma forma. 

4) Filmagem em câmera única

Esse pode ser um motivo um tanto técnico para qualquer espectador comum, mas que faz a diferença quando assistimos “Uncoupled”, da Netflix. O modelo de câmera única foi introduzido em produções como a série de “Resident Evil”, e tem como objetivo fazer com que você se sinta vivendo a história com o personagem. 

Por conta disso, é normal termos cenas em que seguimos o personagem principal pela cidade, e chegamos às mesmas conclusões que ele em alguns momentos de surpresa ou plot twists na trama. É uma forma de aproximar a obra do espectador.

Michael (Neil Patrick Harris) e Suzanne (Tisha Campbell) | Foto: Reprodução/Netflix

5) Sidekicks com histórias próprias

Isso pode ser um pouco contraintuitivo com os dois motivos anteriores, mas não pode deixar de ser citado. Os amigos de Michael são excelentes sidekicks, ou seja, personagens de apoio que dão um respiro cômico para o enredo. 

Sua melhor amiga, Suzanne (vivida por Tisha Campbell), traz a visão feminina de um elenco majoritariamente masculino, o que a faz um contraponto hilário em diversos momentos. Além disso, ela também tem uma história própria que, em doses homeopáticas, é desvendada ao longo dos episódios. Como mãe solo, batalha para sua ascensão profissional a todo custo, além de buscar em todo lugar uma “cura espiritual” que a torne mais atraente aos 40 e poucos anos, com intuito de arranjar o companheiro que nunca teve.

6) Um novo olhar sobre Neil Patrick Harris

Não é dúvida nenhuma que o ator consegue carregar nas costas qualquer papel que lhe é dado. No entanto, “Uncoupled” traz uma das melhores (e até mais verdadeiras) formas de Neil Patrick Harris. 

Após tantos anos vivendo o mulherengo Barney Stinson, nessa nova série podemos vê-lo viver um lado mais sensível e que, em muitos pontos, conversa com sua personalidade na vida real. Assim como o personagem Michael, Harris também é um homem homossexual, sendo pai de dois filhos com David Burtka. Mais introspectivo dessa vez, é mais uma brilhante faceta do artista.

Para os fãs, pode até gerar uma certa estranheza, ou até mesmo a impressão de uma baixa performance, comparado com o timing cômico do ator em outras obras. No entanto, em “Uncoupled”, a proposta estar em trazer mais leveza para assuntos mais dramáticos e, por isso, pode não ser uma máquina de criar risadas. É uma série confortável para quem busca um escape da rotina, para sentar no sofá no final do dia e curtir sem muito compromisso.

Foto: Reprodução/Netflix

“Uncoupled” vai ter uma nova temporada?

Até o momento, não houve nenhuma declaração por parte da Netflix sobre uma nova temporada de “Uncoupled”. Mesmo com uma boa recepção por parte do público e nota no Rotten Tomatoes, não foi confirmado que a série terá uma segunda temporada.

Mas ainda há esperanças: o último episódio é capaz de tirar o fôlego em sua última cena, com um cliff hanger que, convenhamos, merece ser contado. A boa notícia é que, simultaneamente, a plataforma continua a investir em temáticas LGBTQIA+, como “Heartstopper”. Portanto, a qualquer momento uma confirmação pode ser feita.

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