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Silva lança novo álbum “Cinco”, com referências que vão do ska ao samba

Na reta final de 2020, o cantor capixaba Silva lançou nessa quinta-feira (10), o seu quinto álbum de inéditas “Cinco”, disponível em todas as plataformas digitais. O disco com 14 faixas conta  com parcerias de João Donato, Criolo e Anitta.

https://www.youtube.com/watch?v=6VQ-QUSnB5Y

“Cinco” foi um álbum originalmente planejado para ser lançado em 2021, mas com a quarentena os planos acabaram mudando. No decorrer do disco, Silva tem o poder de abordar as dúvidas e introspecções causadas por esse ano tão atípico e transformar em sonoridades alegres, leves e poéticas. Desde um término de relacionamento (Passou Passou), momentos mais introspectivos (Pausa Para Solidão), um novo amor (Não Vai Ter Fim) e a solidão da quarentena (Jogo Estranho).

Mistura de referências

 A mistura de referências na sonoridade do álbum é o elo principal que consegue amarrar esses sentimentos esperançosos e positivos, até mesmo nos momentos mais reflexivos do disco. Referencias essas que vão da música Ska e Reggae até o Samba e MPB, com aquele toque retro na produção. Em “Jogo Estranho”, por exemplo, a produção marcada pela bateria lenta, com a crescente presença de violinos no decorrer da faixa, transforma a música em algo cinematográfico, remetendo até a MPB dos anos 60.  

Olhando um pouco para trás, Silva tem essa habilidade de transformar qualquer que seja o tema em um clima mais leve. Com refrãos grandiosos, que talvez quem cante nem perceba a profundidade da reflexão que a composição possa ter. Quase como um disfarce, sabe? Artifício esse que foi bastante usado no seu álbum anterior, Brasileiro (2018), que é um dos discos mais políticos da carreira até agora.

Colaborações

O cantor já é conhecido por fazer colaborações desde o início da carreira com renomados nomes da música brasileira. Essa lista inclui nomes como Gal Costa, Marisa Monte, Fernanda Takai, Ludmilla, Ivete Sangalo e muito mais. Em “Cinco” não poderia ser diferente, não é mesmo?

O disco conta com João Donato, na tranquila e jazzista faixa “Quem Disse”; Criolo em “Soprou”, um samba experimental que dá aquela vontade sair por aí cantando bem alto o refrão, provando a combinação perfeita das duas vozes; E a segunda colaboração de Anitta em “Facinho”, após o hit “Fica Tudo Bem”. Aqui a carioca canta em um tom bem mais alto do que normalmente ouvimos no seu repertório, mostrando a sua brilhante versatilidade, e traçando um contraponto interessante das duas vozes, no momento mais fofo e sexy do disco.

Considerações finais

Foto: Divulgação/João Arraes

No final, “Cinco” é um álbum que precisávamos em 2020: uma atmosfera solar, otimista e esperançosa, sem ignorar os problemas que estamos enfrentando. Mas sim tentando focar no que pode dar certo e de que em um futuro, esperamos que próximo, as coisas vão dar certo e tudo vai passar. Afinal, falar sobre os desencontros e encontros do amor poderia cair facilmente no clichê, mas a leveza nas canções, as produções refinadas e composições realistas e otimistas, tornam esse repertório um acalanto em meio ao caos de 2020. Uma ótima forma de tentar reabastecer as energias para começar 2021.

Confira a nossa entrevista exclusiva com o cantor:

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