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Dolby Atmos no Apple Music: como ativar e o que você não pode deixar de ouvir

Dolby Atmos como ouvir

Em junho, o Apple Music apresentou o Áudio Especial, passando a disponibilizar parte do catálogo com a tecnologia Dolby Atmos sem qualquer custo adicional. É o terceiro serviço de streaming a contar com o recurso além do TIDAL e do Amazon Music HD (que, no entanto, não está disponível no Brasil). Mas você sabe como ouvir em Dolby Atmos?

Antes de mais nada, vale dizer que o serviço de streaming também passou a oferecer o áudio lossless, sem perdas. O formato ALAC (Apple Lossless Audio Codec), que preserva cada trecho do áudio original. Com isso, os usuários do Apple Music ouvem exatamente o que o artista gravou em estúdio.

Voltando ao assunto principal, o Dolby Atmos é um recurso inovador que ressignifica o que é ouvir música. Produzido pela empresa estadunidense Dolby, que desenvolve as principais tecnologias de áudio de cinema, o formato permite a utilização de inúmeras faixas de áudio. Em outras palavras, o Dolby Atmos vai além da experiência comum de audição e reproduz a música de forma espacial, revelando cada detalhe com clareza e profundidade incomparáveis e uma nitidez multidimensional. A sensação é a de ouvir e estar dentro da canção.

Como ouvir em Dolby Atmos

Para ativar o recurso, é preciso atualizar o iOS ou iPad OS para a versão 14.6, acessar Ajustes > Música > Áudio. No Mac, é preciso atualizar para a versão 11.4 do macOS, abrir o Apple Music e acessar, pela barra de menus Música > Preferências > Reprodução e selecionar a função desejada. Caso você selecione a função “Automático”, o Dolby Atmos será executado quando disponível e conectado com um algum dos dispositivos recomendados pela Apple para que o Áudio Espacial seja executado com precisão:

  • AirPods Pro ou AirPods Max com áudio espacial ativado (Central de Controle > Volume > Áudio Espacial)
  • AirPods
  • BeatsX, Beats Solo3 Wireless, Beats Studio3, Powerbeats3 Wireless, Beats Flex, Powerbeats Pro ou Beats Solo Pro
  • Alto-falantes integrados do iPhone XR ou posterior (exceto iPhone SE), iPad Pro de 12,9 polegadas (3ª geração ou posterior), iPad Pro de 11 polegadas, iPad (6ª geração ou posterior), iPad Air (3ª geração ou posterior) ou iPad mini (5ª geração)
  • Alto-falantes integrados de um MacBook Pro (modelo 2018 ou posterior), MacBook Air (modelo 2018 ou posterior) ou iMac (modelo 2021)

No entanto, o Dolby Atmos também pode ser reproduzido, ainda que com menor precisão, em fones de ouvido intermediários. Basta selecionar a função “Sempre Ativo” no menu citado acima. Depois de ativado, basca navegar pelo aplicativo e procurar pelo ícone “Dolby Atmos” nos álbuns e singles.

O que você precisa ouvir em Dolby Atmos

Singles e álbuns recentes vêm sendo produzidos já em Dolby Atmos, mas alguns clássicos da história da música estão sendo remasterizados. O objetivo é fazer com que os fãs sintam que estão ouvindo suas músicas favoritas como se fosse a primeira vez.

O Apple Music, em especial, preparou um comparativo usando dois grandes sucessos da música – um clássico e um recente: “What’s Going On?”, de Marvin Gaye; e “Save Your Tears”, de The Weeknd. A plataforma convidou o apresentador Zane Lowe para guiar o ouvinte pela experiência de conhecer a tecnologia. “Primeiro veio o som mono, depois o estéreo, e agora chegou o Áudio Espacial”, disse. “Com o Áudio Espacial, músicos, engenheiros e produtores têm acesso a uma nova ferramenta que traz uma nova experiência 3D a milhões de pessoas”, concluiu.

Para ir além da degustação, preparamos uma lista com álbuns e singles que você precisa ouvir para conhecer o que é, de fato, o Dolby Atmos. Confira as dicas e prepare-se para uma experiência única!

Lady Gaga, “Chromatica

O sexto álbum de Lady Gaga marca um retorno da cantora ao pop extravagante e conceitual que marcou seus primeiros trabalhos. Se Chromatica é o ponto em que Lady Gaga encontra sua redenção numa pista de dança, ouvi-lo em Dolby Atmos é como se sentir no mesmo lugar. As batidas que se inspiram nos estilos que marcaram a música pop e eletrônica dos anos 80 e 90 ganham uma nova proporção, com destaque para “Rain on Me” e “Babylon”.

The Beatles, “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band

Álbum que dispensa apresentações, o ápice conceitual do fab-four é, até hoje, considerado o maior disco de todos os tempos. Sua remixagem em Dolby Atmos mostra como o LP continua relevante mesmo 54 anos após seu lançamento, além de revelar novas camadas de um trabalho que, por si próprio, já é uma experiência única. A introdução da faixa-título transporta o ouvinte para o palco de um picadeiro em que uma banda afina seus instrumentos diante de uma plateia inquieta. Outro ponto alto é “Lucy in the Sky with Diamonds”. Abbey Road, outro disco icônico, também foi lançado em Dolby Atmos.

Disclosure, “Latch” feat. Sam Smith

A parceria entre o duo de música eletrônica Disclosure e Sam Smith é uma das faixas que não mereciam ser ouvidas a não ser em Áudio Espacial. Os vocais encorpados entregam ainda mais efusividade à performance de Smith, enquanto a batida parece tomar um rumo completamente diferente, formando um conjunto que torna o hit ainda mais interessante.

Taylor Swift, “folklore

Primeira produção da cantora na quarentena, folklore marca o retorno de Taylor Swift às origens da sua carreira em um trabalho denso, pesado e repleto de críticas. Apesar da era “clean”, o disco explora uma sonoridade complexa que, quando experimentada em Dolby Atmos, revela toda sua magnitude e seu charme, com destaque que fica, claro, com o carro-chefe do álbum, “cardigan”.

Coldplay, “Everyday Life

Everyday Life marca uma inflexão na carreira do Coldplay. Depois da euforia de A Head Full of Dreams, o nono álbum da banda traz uma sonoridade que vai do intimismo reflexivo de “Èkó” a estrondosa mensagem de paz de “Arabesque”, faixa que, em Dolby Atmos, revela-se ainda mais aprofundada. À medida em que cresce e torna-se mais agressiva, faz jus ao que significa o “Áudio Espacial” e cria uma atmosfera que transporta o ouvinte para dentro da canção. O novo single da banda, “Higher Power”, também está disponível em Dolby Atmos.

The Weeknd, “After Hours

Trazendo um contraste à discografia de The Weeknd, After Hours mergulha de vez na sonoridade dos anos 80 que já havia inspirado uma série de trabalhos seus. Em Dolby Atmos, o disco se apropria ao máximo das inúmeras possibilidades de camadas sonoras de forma a propor uma nova abordagem à sua música. Vale lembrar: toda a discografia do cantor também está disponível em Áudio Espacial.

Ariana Grande, “Sweetener

Álbum que marca uma virada de chave na carreira de Ariana Grande, Sweetener exibe toda a maturidade da cantora em uma catarse após ter sido impactada emocionalmente pela tragédia em Manchester. A profundidade do sucesso “no tears left to cry” ganha um novo nível ao ser desfrutada em Dolby Atmos.

Billie Eilish, “WHEN WE ALL FALL ASLEEP, WHERE DO WE GO?

O álbum de estreia de Billie Eilish consagrou a cantora como um dos principais nomes recentes da música. O disco explora uma sonoridade que foge do comum e sucessos como “bad guy”, com seus vocais íntimos e uma melodia oscilante, se tornam ainda mais impactantes quando ouvidas em Áudio Espacial.

Queen, “Bohemian Rhapsody”

Considerada uma das maiores canções de todos os tempos, “Bohemian Rhapsody” ostenta o título não apenas pela sua popularidade, mas pelo marco que representou ao explorar novas possibilidades de gravação nos jurássicos estúdios da década de 1970. A magnitude da canção, com toda sua complexa estrutura que vai da balada ao opera rock, não poderia deixar de ser explorada em Áudio Espacial. Com o Dolby Atmos, o maior hit do Queen se torna ainda mais atmosférico e estrondoso.

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