Neste domingo (02), o clipe de “Youngblood”, da 5 Seconds Of Summer, completa dois anos. Porém, é importante citar que nem o tempo foi capaz de revelar o conceito da produção, que até hoje é uma incógnita para os fãs.
Em suma, as cenas contam a história de um casal de idosos que recebe misteriosas pílulas. Com elas, os personagens têm a possibilidade de voltar a juventude por 24 horas, refazendo diversas coisas que amavam.
Relembre:
Um resgate do século XX
Dizer exatamente o que a 5 Seconds Of Summer quis passar com “Youngblood” assistindo ao clipe é difícil. Entretanto, as cenas trazem diversas referências importantes do século XX, que talvez possam explicar um pouco sobre o conceito.
A primeira delas, e talvez a mais importante, está no resgate do Rockabilly, uma vertente do rock ‘n roll popularizada nos anos 50. Tendo como marca registrada as jaquetas de couro, os topetes altos, as motocicletas ou carros antigos, o gênero é um estilo de vida – quase como uma religião -, para alguns japoneses.
Nesse contexto, é válido destacar que os adeptos do movimento têm a liberdade e a rebeldia como palavras de honra. Sendo assim, o que seria mais correto que uma banda que já havia dito sobre não se importar com a opinião dos outros (She’s Kinda Hot – 2015) abordar a importância do Rockabilly?
5 Seconds Of Summer: “Youngblood” e as organizações japonesas
As referências que a 5 Seconds Of Summer utilizou em “Youngblood” não se limitaram a isso! Em outras palavras, a produção também explorou as organizações Bōsōzoku, uma subcultura surgida após a Segunda Guerra Mundial e que ganhou destaque durante os anos 70 e 80.
Em síntese, os integrantes dessas “gangues” eram considerados jovens fora da lei, que se envolviam em brigas, realizavam pilotagem arriscadas, atravessavam sinais vermelhos e descumpriam as rígidas normas estabelecidas pela sociedade japonesa.
Todavia, diferente do que muitos pensavam, o movimento tinha um “nobre” propósito. Afinal, essa era a maneira que os jovens encontraram de ter a sua voz ouvida em meio a forte repressão que havia no país.
Mesmo que a primeira vista pareça não ter lógica, o clipe de “Youngblood” pode ter sido um jeito que a 5 Seconds Of Summer encontrou para mostrar que devemos nos impor, a fim de criar uma sociedade mais justa.
Outros clipes conceituais que ganharam destaque
A banda australiana não é a única que escreve coisas nas sublinhas. Quem não lembra quando Ariana Grande liberou o suposto clipe de “Breathin”, estrelado por seu porquinho de estimação?
Na época, a cantora recebeu duras críticas pelas cenas do Piggy Smallz andando por 3 minutos e 19 segundos e usou suas redes sociais para comentar sobre o assunto:
“Passei pelo inferno e voltei e estou fazendo meu melhor para continuar. Pensei que isso fosse fazer você sorrir enquanto você espera pelo real porque eu tirei um tempo para cuidar de mim”, responde a uma fã.
Posteriormente, a cantora também chamou atenção na produção oficial. Nela, Ariana Grande vê o mundo passar de maneira rápida, sozinha na multidão.
Assim como “Youngblood“, da 5 Seconds Of Summer, “…Ready For It?”, da Taylor Swift, começou e terminou bem confuso. Porém, a cantora tratou de curtir diversas teorias sobre o conceito do clipe.
Em suma, as cenas mostram como a mídia e a sociedade tentavam sabotar a cantora, como uma verdadeira caça às bruxas. Além disso, a produção mostra a maneira que ela conseguiu se libertar dessa pressão.
Mais recentemente, Selena Gomez e Trevor Daniel lançaram o clipe de “Past Life”. Os fãs entenderam o clipe de diversas maneiras, criando várias teorias, principalmente relacionadas a ser uma viagem ao interior de cada um.
Enquanto isso, em âmbito nacional, o duo Anavitória foge de misteriosas criaturas no clipe de “Calendário”.
5 Seconds Of Summer: Conceitos de “Youngblood”, “Teeth”, “No Shame” e “Old Me”
“Youngblood” não foi o único clipe da 5 Seconds Of Summer que seguiu uma linha conceitual. “Teeth”, por exemplo, leva os integrantes para um consultório sinistro, onde são submetidos a diferentes procedimentos.
As cenas mudam e o quarteto aparece em cenários distintos, tentando se livrar do local. No geral, a produção reflete sobre relacionamentos abusivos e como isso atinge o psicológico de uma pessoa.
Por outro lado, “No Shame” é uma verdadeira crítica social. Bem diferente do que se esperava analisando a letra da canção, o clipe dirigido por Hannah Lux Davis aborda temas relacionados a busca pela perfeição, vício em redes sociais, vida de aparências e mentiras.
Já “Old Me” mergulhou na história da banda de um jeito bem curioso. Em um trem, Ashton, Calum, Luke e Michael viaja pelos caminhos que percorreram até chegar ao estrelato.
No clipe, é possível ver o ambiente em que tudo começou, a época em que o baixista deixou a banda para jogar futebol no Brasil, referências a One Direction e diversas outras lembranças. Além de “Youngblood”, da 5 Seconds Of Summer, e dos clipes já citados, quais outros vídeos conceituais são inesquecíveis?