Neste sábado (27), a organização do Rock In Rio aproveitará o espaço de um evento gratuito no Amazonas em prol de seu mais novo projeto, o Amazônia Live, para divulgar a primeira atração da próxima edição do festival. E, tal como nos anos anteriores, o mistério e a incógnita acerca do tão aguardado anúncio permanecem descomunais.
Embora ainda estejamos a mais de um ano de presenciarmos a Cidade do Rock receber novamente milhares de corações apaixonados por música e artistas consagrados de todo o mundo, a expectativa grandiosa já nos permite a esse ponto prever o que 2017 nos reserva – algo que desde os velhos cartazes de 1985 até a inauguração da nova fase do festival, em 2011, os fãs brasileiros são peritos.
E, a fim de aliviar (ou reforçar) a enorme ansiosidade de todos os apaixonados pelo festival, o Tracklist organizou uma lista com algumas das atrações que devem marcar presença na Cidade do Rock em setembro de 2017. Confira:
BRUCE SPRINGSTEEN + THE E STREET BAND
Não é novidade alguma que Bruce Springsteen esteja na mira de Roberto Medina – assim como o confessado pelo próprio organizador no ano passado – desde a sua épica apresentação em 2013 ao lado da The E Street Band, considerada por muitos como a melhor daquele ano. E, ainda com o mesmo carisma e talento que conquistaram a Cidade do Rock há três anos atrás, também não seria surpresa alguma se o cantor estampasse a line-up do festival novamente em 2017.
O americano, dono de grandes sucessos como “Dancing In The Dark” e “Born In The U.S.A.”, atualmente percorre a América do Norte e a Europa com a “The River Tour 2016”, turnê mais rentável do primeiro semestre que revisita o icônico álbum de 1980 em comemoração ao seu aniversário de 35 anos
Em um já longínquo 2013, Bruce admitiu, em uma entrevista dias antes de seu lendário show no Rock In Rio, ter se arrependido de não ter visitado o Brasil mais vezes no passado, uma vez que o cantor declarou não ter cultivado a relação com o público de 1988, único ano que visitou a América do Sul em turnê antes do festival. E, embora a energia e a experiência musical carregadas pelo icástico apelido de “The Boss” sejam óbvios sinônimos do bom e velho heartland rock nos Estados Unidos, o nome de Springsteen ainda não era tão popular em terras brasileiras mesmo 25 anos após a sua última passagem pelo país, o que intensificou o clima de surpresa trazido pela sua apresentação no Rock In Rio.
Agora, com o imenso público cativado pelas performances eloquentes e afervoradas do cantor, a expectativa é que, caso Bruce seja confirmado como a primeira atração da edição de 2017 do festival, seu nome e sua popularidade em terras brasileiras estejam à altura da Cidade do Rock e abram caminho para, mais uma vez, o americano provar porque se tornou o “The Boss”.
AC/DC
Muito se especula a respeito do retorno do AC/DC ao Palco Mundo do Rock In Rio desde a primeira edição do festival nesta década, que trouxe consigo as lembranças da inesquecível apresentação do grupo em 1985. Entretanto, em comparação aos outros anos, a possibilidade da vinda da banda à Cidade do Rock em 2017 é maior… E mais esperada.
O quinteto recentemente sofreu com o afastamento temporário do vocalista Brian Johnson devido à iminência da perda de sua audição sob o ritmo de shows imposto pela banda, e agora busca se reinventar sob a voz de Axl Rose, que, ao lado de um veterano Angus Young, tenta integrar a um AC/DC que deverá partir em sua última turnê mundial na carreira como antecedência da aposentadoria do baixista Cliff Williams.
Mesmo enfrentando uma das fases mais difíceis de seus numerosos anos de estrada, é esperado que, após longos capítulos de negociações e especulações, o grupo australiano finalmente retorne renovado e que, por uma provável última vez, apresente ao apaixonado público brasileiro um dos principais legados do rock dos últimos tempos – e, assim como no resto da década, estaremos esperando ansiosamente de braços abertos.
CHRISTINA AGUILERA
Por anos o Rock In Rio tem se caracterizado por ter buscado uma line-up de equilíbrio perfeito entre o rock e o pop, de maneira que alcançasse um público-alvo maior e diversificasse ainda mais o festival. E para um palco que já recebeu tantos artistas de diferentes gêneros, desde Iron Maiden até Katy Perry, talvez 2017 seja o ano para preencher esse grande rol com mais um precioso nome: a tão esperada e aclamada Christina Aguilera.
A cantora, que atualmente se encontra em estúdio para a gravação de seu novo álbum, é uma das atrações mais pedidas pelo público brasileiro, que não a vê desde o distante início de sua carreira, em 2000. E com uma próxima turnê se aproximando cada vez mais, se espera que Xtina tenha o seu aguardado reencontro com seus fãs sul-americanos, cuja euforia e paixão apenas cresceram enormemente neste meio-tempo de dezesseis anos.
Assim como sua popularidade e sua imagem, o Brasil que espera a cantora já não é mais o mesmo de 2000, que apresentava um público mais tímido e menos envolvente. Agora, com o seu absoluto crescimento como artista, a expectativa é que finalmente possamos nos relembrar da já esquecida sensação de como é hospedar Christina Aguilera em nossas terras e que sejamos capazes de vermos novamente o Rock In Rio tomar proporções inéditas, iluminando ainda mais a mensagem de que, tal como a americana, o festival também não permaneceu o mesmo.
RED HOT CHILI PEPPERS
Muitos eventos marcaram os últimos cinco anos do Red Hot Chili Peppers. Desde seu último show no Rock In Rio, em 2011, a banda californiana se apresentou no cobiçado intervalo do Super Bowl, foi introduzida ao Hall da Fama do Rock e o provocou um terrível e doloroso alarme falso para os seus fãs com uma lesão no braço do baixista Flea.
Após uma longa metade de década marcada por merecidas conquistas e fortes preocupações, o Red Hot Chili Peppers busca reescrever a sua história, que já foi eternizada no mundo do rock. Desta vez, com um repertório expandido pelo recente lançamento do álbum “The Getaway”, se espera que o quarteto, que se vê em uma das melhores fases deste século com a crescente melhoria do cobrado guitarrista Josh Kliffhoger e dos vocais emblemáticos de Anthony Kiedis, trace caminhos até então jamais explorados e apresente ao seu público circunstâncias até então desconhecidas.
Em junho desse ano, o Red Hot Chili Peppers lançou o aguardadíssimo “The Getaway”, primeiro álbum do grupo após o acidente de esqui de Flea e o término da “desastrosa” relação de Anthony Kiedis com a modelo Helena Vestergaard, o que deu origem à faixas liricamente mais intensas, tais como “Feasting On The Flowers” e “Sick Love”, produzida em parceria com Elton John
O Palco Mundo do Rock In Rio, que também receberá dezenas de atrações internacionais em 2017, talvez seja o palco ideal para a banda se introduzir à tão sonhada nova rota que a aguarda. Em frente à um público entusiasmado e vivaz, que já presenciou diversos outros triunfos do grupo no passado e já se acostumou a receber o Red Hot Chili Peppers em terras brasileiras, tudo indica que a Cidade do Rock, uma hora ou outra, estará esperando os californianos em sua nova trilha, que, ao que tudo indica, não será tão nova assim.
COLDPLAY
Apesar de sua recente visita em abril pela etapa latino-americana da turnê mundial de divulgação de “A Head Full Of Dreams”, tudo indica que o Coldplay não demorará a retornar ao Rio de Janeiro, que recebeu o grupo britânico em um distante 2011 em uma das mais elogiadas e ovacionadas performances daquela edição.
Após se apresentar para uma Cidade do Rock em euforia no início de sua lenta e questionada transição à sonoridades mais voltadas ao pop – que renderam desde sucessos como “Paradise” e “Adventure Of A Lifetime” até parcerias com artistas como Rihanna e Beyoncé – o Coldplay seguiu uma trilha sem muitos declínios, conquistando aos poucos espaço entre os grandes destaques da indústria musical com turnês inteiras lotadas e uma memorável apresentação no intervalo do Super Bowl ao lado de Beyoncé e Bruno Mars em fevereiro.
Mais sólido e mais confiante, o Coldplay, que mesmo com suas recentes apresentações no Brasil ainda mantém o status de uma das atrações mais pedidas do público brasileiro, agora tem a chance de retornar à Cidade do Rock e levar o Rock In Rio, mais uma vez, à conhecer novos ares e patamares.
BEYONCÉ
Como se ainda restasse alguma dúvida, Beyoncé provou mais do que nunca em seu último trabalho de estúdio, o impactante e ilustre “Lemonade”, transitando entre questões sociopolíticas e temas voltados a misteriosos relacionamentos, que é um dos nomes que mantém a vivacidade musical da atualidade e, com a consequente “The Formation World Tour”, consagrou-se com uma das maiores e mais impressionantes turnês dos últimos tempos, clareando a sua imagem e seu status de uma das artistas mais importantes da indústria fonográfica.
E, junto ao seu quase inapagável brilho e à seu inquestionável sucesso, a expectativa é que a cantora retorne ao Rock In Rio em 2017 para repetir uma das apresentações mais emblemáticas do festival nesta década – ideia esta que, embora alimente a ansiosidade estelar dos fãs brasileiros de Queen Bey, parece espantar os sonhos daqueles que ainda pretendiam vivenciar a estrutura completa da “The Formation World Tour” -, desta vez como uma artista muito mais compacta e completa do que a Beyoncé que conquistou milhares de corações ao subir ao Palco Mundo em 2013.
Com um repertório mais vasto e um público praticamente à suas mãos, Beyoncé, assim como em qualquer outra parte do mundo, não teria dificuldades em lidar com a fervorosa multidão de 85 mil pessoas hospedada pela Cidade do Rock. E, tal como provou muitas vezes no seu passado de plantações e continua provando em seu presente de colheitas, seu inquestionável talento seria uma grandiosa adição para a line-up de 2017. Estaremos, assim como sempre, à serviço da rainha.
METALLICA
Não é necessário ser gênio algum para adivinhar que o Metallica está entre os principais nomes cogitados para subir ao Palco Mundo em 2017. A banda, que esteve presente nas últimas três edições do Rock In Rio, muito provavelmente deverá retornar à Cidade do Rock ano que vem com o seu novo álbum duplo de estúdio, o recém-anunciado “Hardwired… To Self-Destruct”.
O novo trabalho de estúdio do Metallica, o álbum duplo “Hardwired… To Self-Destruct”, possui lançamento previsto para o dia 18 de novembro e conta com o single inédito “Hardwired”, disponibilizado na íntegra pela banda esse mês
Esta será a primeira expansão do já amplo repertório do Metallica em oito anos, o que garante às próximas apresentações do grupo um quase esquecido tom de novidades e surpresas para os seus apaixonados fãs, além de também assegurar à banda californiana um novo grau à sua conhecida musicalidade que, assim como em 2011, 2013 e 2015, deverá conquistar o exigente público do heavy metal junto a sucessos atemporais como “One”, “Enter Sandman”, “Nothing Else Matters” e “Master Of Puppets”.
Mesmo que suas frequentes vindas ao Rock In Rio tenham envolto a banda em ares de repetitividade e pareçam ter afastado o público, antes faminto por novidades, de quaisquer surpresas, sempre vale salientar que provavelmente mais uma vez teremos o privilégio de sentir o jamais insuficiente impacto sonoro que caracterizou o nome do Metallica por décadas – e que, para aqueles que não se importam com as constantes passagens do grupo pela Cidade do Rock, teremos novamente uma das maiores apresentações musicais da atualidade logo à nossa porta.
THIRTY SECONDS TO MARS
Desde o lançamento de seu último álbum de estúdio, “Love Lust Faith + Dreams”, em 2013, pouco tem se ouvido falar sobre o Thirty Seconds To Mars, cujos integrantes partiram em diferentes direções. Enquanto Tomo Miličević e Shannon Leto – que também aproveitou o meio-tempo para inaugurar a sua própria franquia de café, a Black Fuel Trading Co. – permaneceram trabalhando em projetos musicais, o vocalista Jared Leto procurou focar em sua carreira cinematográfica, interpretando papéis de destaque em filmes como o recente “Esquadrão Suicida” e o elogiado “Clube de Compras Dallas”, este que o rendeu um Oscar de “Melhor Ator Coadjuvante” e um Globo de Ouro de “Melhor Ator Coadjuvante em Cinema”.
Mesmo com seus membros navegando em mares distintos, os laços que compõem o Thirty Seconds To Mars, que pouco tiveram espaço entre a mídia durante seu hiato, permaneceram unidos. Entre promissoras sessões de gravação e premieres de destaque global, o trio foi capaz de arranjar tempo à sua maneira para idealizar a organização do “Camp Mars”, uma espécie de acampamento realizado de forma a expandir a interação entre a banda e os seus fãs através de diversas atividades físicas e atrações musicais de todos os tipos, o que apenas reforçou as já vorazes expectativas da Echelon (termo utilizado para se referir aos seguidores do grupo) por material inédito e para participar deste maior contato com o público.
E após longos anos afastados dos grandes lançamentos, onde o grupo realizou uma das mais marcantes apresenações da edição de 2013 do Rock In Rio e se envolveu em tensas polêmicas com a Virgin-EMI Records, que considerou processar Jared Leto e companhia em US$ 30 milhões por quebra de contrato em 2014, é esperado que em 2017 o nome do Thirty Seconds To Mars volte a se destacar entre os holofotes da indústria musical com a chegada de um novo disco sob a assinatura da Interscope Records e seguido por uma nova turnê mundial de divulgação, que todos esperamos ansiosamente que inclua o Brasil em sua rota e, consequentemente, um aguardado e merecido retorno ao Palco Mundo.
BRUNO MARS
Após ter ganho um considerável espaço no show do intervalo do Super Bowl para uma perforance de “Uptown Funk!”, raramente tem se ouvido falar a respeito de Bruno Mars desde então, com exceções de constantes – e nem sempre verídicas – especulações a respeito das gravações de seu próximo trabalho de estúdio e pouquíssimas aparições em eventos especiais.
Entretanto, apesar desta torturante quietude internet afora, pode-se dizer que falta pouco tempo para o aguardado retorno do cantor ao mundo musical. Quatro anos após o lançamento de seu último disco, “Unorthodox Jukebox”, o dono de grandes sucessos como “Grenade”, “Just The Way You Are” e “When I Was Your Man” se encontra em processo de gravação de seu terceiro álbum de estúdio, que contará com produções de Skrillex e Mark Ronson – que trabalhou com Bruno em “Uptown Funk!” – e promete fazê-lo o maior e mais ambicioso trabalho de sua carreira, acompanhado de uma turnê mundial de análogas proporções.
Depois de dois trabalhos cercados de dúvidas, Bruno Mars agora está rodeado de certezas. Vivendo o seu apogeu como um dos maiores artistas da atualidade, o cantor é uma das atrações mais pedidas pelo público brasileiro para se apresentar no Rock In Rio em 2017, tanto pela pressão popular quanto pelas estimativas das datas de sua próxima turnê. A ideia outrora distante de que poderíamos presenciar o início de uma das mais promissoras jornadas da indústria fonográfica já não parece tão distante assim.
FOO FIGHTERS
Por último, porém não menos importante ou provável, o Foo Fighters marca presença na lista como uma das bandas mais sugeridas pelo público para ingressar à line-up do Rock In Rio – pedido este que permanece desde a última aparição do grupo no festival em um remoto 2001, na época ovacionado como uma das grandes promessas do rock – e, tal como todos os outros nomes da lista, possui claros motivos para vir a subir o Palco Mundo do festival novamente em 2017.
Após ter passado pelo Brasil para quatro apresentações nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte pela turnê de divulgação do disco “Sonic Highways”, diversas pedras foram jogadas no caminho do Foo Fighters, o que não impediu o grupo de seguir em frente. Em junho do ano passado, o vocalista Dave Grohl fraturou a perna durante um show em Gotemburgo, na Suécia, e retornou ao palco após atendimento médico. De maneira a contornar um cancelamento massivo de datas devido à tal lesão, o frontman passou a utilizar um trono personalizado nos concertos – que no futuro também seria emprestado para Axl Rose -, provando o ímpeto e o incansável fôlego do cantor.
O último trabalho lançado pelo Foo Fighters foi o extended play “Saint Cecilia EP”, disponibilizado em formato digital gratuitamente em novembro do ano passado em homenagem às vítimas do atentado terrorista em Paris
Com a iminência do lançamento de um novo álbum de estúdio, o Foo Fighters é definitivamente um dos nomes mais cogitados a virem a ocupar um posto de headliner na próxima edição do Rock In Rio. Quinze anos após sua icônica apresentação no festival, a ansiosidade para o retorno de uma das grandes efígies do rock moderno à Cidade do Rock é a maior possível – e, provavelmente, a mais provável.
Vale ressaltar que os nomes citados nesta lista não têm presença garantida no festival, mas sim são cogitados para se juntarem à sua line-up, sendo assim mencionados em razão das probabilidades de se apresentarem no Palco Mundo em 2017.
A próxima edição do Rock In Rio ocorrerá nos dias 15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de setembro de 2017 e promete ser um dos maiores anos da história do festival. Que desde já fiquem aqui declaradas nossas expectativas.
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