Desde que foi anunciada oficialmente em 2021 pela Netflix, muito se especulava sobre como seria o novo reboot de “Rebelde“, novela que levou Anahí, Dulce María, Alfonso Herrera, Christopher Von Uckermann, Maite Perroni e Christian Chávez ao estrelato.
A nova versão chegou a plataforma de streaming na última semana e conta com Azul Guaita, Sergio Mayer Mori, Andrea Chaparro, Jeronimo Cantillo, Franco Masini, Lizeth Selene, Alejandro Puente e a brasileira Giovanna Grigio (Malhação/Chiquititas) na trama.
No top 10 de conteúdos mais vistos da Netflix desde que saiu, a pergunta que não quer calar é se o reboot faz jus à telenovela mexicana que dominou os quatro cantos do mundo. O Tracklist assistiu à série e separou três tópicos da produção que merecem a sua atenção.
Vale a pena assistir ao reboot de “Rebelde”, da Netflix? Veja 3 pontos
1) Memórias afetivas com versão mexicana
Para quem é fã de RBD é difícil imaginar um novo grupo, um novo enredo e tudo que engloba a produção queridinha do mundo, mas um dos acertos de Rebelde na Netflix são as referências constantes à versão conhecida por todos. Seja pela famosa “Elite Way School”, coordenada por ninguém mais ninguém menos que Celina Ferrer (Estefania Villarreal), personagem marcante da telenovela, ou pela estrelinha de Mia Colucci (Anahí) usada no primeiro episódio por M.J. (Andrea Chaparro), o reboot não soa como uma tentativa de repetir a produção, mas sim como referência para a construção de novas histórias.
2) Pautas sociais
Infelizmente a versão que ganhou o mundo não tinha como objetivo promover grandes debates socais, talvez por ter uma proposta diferente para sua época. Em contrapartida, o reboot quebra o tabu logo nos primeiros minutos do primeiro episódio. A pauta LGBTQIA+ ganha destaque durante toda a temporada e reconhece a existência de variadas sexualidades e identidades de gênero.
Tudo soa bem natural ao longo dos episódios e as questões da comunidade são tratadas da forma que deveriam ser tratadas: com normalidade. Foco aqui no enredo de Andi (Lizeth Selene) e Emília (Giovanna Grigio), um dos casais mais legais da nova versão.
3) Trilha sonora
A parte musical da série sem dúvidas é um dos destaques da produção. Em um disco com 15 faixas, o material conta com releituras dos sucessos da formação original da banda de 2004, além de uma regravação de “Baby One More Time”, de Britney Spears; e músicas inéditas e originais cantada pelos próprio elenco, como “Pensando en Ti”.
O novo grupo faz um excelente trabalho nas regravações, porém as canções originais se sobressaem por si só em cenas pensadas perfeitamente para serem encaixadas. Não sabemos se o plano é seguir os mesmo molde do sexteto e fazer shows com a banda da série, mas as canções originais soam promissoras e alinhadas ao mercado latino atual.
Conclusão
“Rebelde” na Netflix cumpre bem o papel de entreter e provocar uma certa nostalgia aos fãs da franquia. A série serve mistério, dramas familiares, e claro, música, tanto para os fãs do sexteto original, quanto para aqueles que querem se apaixonar pelos novatos.
Claro que nem tudo são flores. Em alguns momentos a história soa como algo que já vimos em “Elite”, outra produção da plataforma, além de faltar aprofundamento e conclusões em alguns enredos, mas basicamente nada que atrapalhe a experiência dos afoitos em descobrir o que a série tem a oferecer.
Ainda é cedo para dizer se a nova versão vai repetir o sucesso da sua antecessora, mas uma coisa que podemos garantir é que há muitas surpresas e plots previstos para a segunda temporada. O play no reboot é válido mesmo se você for ou não aluno fiel da Elite Way School.