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Entrevista: CHAMELEO fala sobre turnê, disco de estreia e expectativas para 2022

O artista será uma das atrações do festival Hopi Pride, realizado neste fim de semana

CHAMELEO (Divulgação /Crédito: MAR+VIN)
Foto: Divulgação/ MAR+VIN

CHAMELEO é um dos artistas mais em alta no momento. Com mais de 5 milhões de views em seu canal no YouTube, além de 147 mil ouvintes mensais no Spotify, o curitibano tem conquistado seu espaço no cenário pop nacional.

Em outubro de 2021, CHAMELEO lançou o seu álbum de estreia, “ECDISE”, trazendo parcerias com grandes nomes, entre eles Carol Biazin, Alice Caymmi, Johnny Hooker, Number Teddie, Konai e trouxe “frequente(mente)”, com Pabllo Vittar, para o álbum. O material mescla diversos estilos musicais, trazendo toda a personalidade e versatilidade do artista, com letras autorais e reflexivas sobre acontecimentos da sua vida.

Agora, pouco tempo após o lançamento do disco, o curitibano se prepara para realizar o seu primeiro grande show no Festival Hopi Pride. O Tracklist realizou uma entrevista com CHAMELEO, que contou como está sendo a preparação para esse momento.

Entrevista com CHAMELEO

Tracklist: Oi, Chameleo! Acho que essa é a segunda vez que conversamos. A primeira foi para um de nossos podcasts, o “E Vamos De”. Você se recorda?
CHAMELEO: Sim! Sobre “frequente(mente)”! O (Federico) Devito estava.

Isso. Bom, eu te conheço, sou um admirador do seu trabalho, mas gostaria que você se apresentasse para quem não te conhece ainda.
Eu sou o Chameleo, um cantor independente que acabou de lançar o seu primeiro álbum, o “ECDISE”, um disco pop com muitas referências do que eu escuto e consumo. Tem rock, hip-hop, MPB, funk. Essa mistura é o que me representa, essa constante evolução, mistura, como o meu nome, CHAMELEO de camaleão.

Massa! Eu amo o “ECDISE” e preciso dizer que acho incrível como ele é coeso, inclusive quando se trata de parceiras. Ele possui algumas bem variadas. Como funciona esse processo para você?
Eu escuto a música, vejo se cabe em determinado artista e mando na cara de pau (risos). No caso do disco eu já escutava muito eles, e ter cada um deles neste projeto, meu primeiro trabalho, é muito especial. Eu agradeço muito por eles mergulharem no meu universo, grato demais por se jogarem de cabeça.

Uma dessas parcerias é “NHAC!”, com o Johnny Hooker, né? Ela acabou de ganhar um clipe belíssimo, que está quase batendo 100 mil de views. Como foi a escolha dela para single? Desde quando eu ouvi essa música eu tinha certeza que ela conversaria com um público muito além do meu, que ela furaria a bolha. O sistema te coloca em um quadrado esperando que você fique ali, então eu sempre achei que essa faixa me possibilitaria ir além desse espaço.

O Johnny nela, então, nem se fala. O meu primeiro cover no YouTube foi cantando uma música dele, “Volta”, e isso é bem louco. Ele fez parte de um momento crucial da minha vida, o álbum dele me tirou de uma depressão, ele é um querido.

Uma coisa que eu vejo que é bem recorrente no seu trabalho é a questão visual. Sempre produções bem trabalhadas, looks incríveis… Como você trabalha essa parte, o quanto você é envolvido nesse processo?
Eu sempre fui uma pessoal visual e me vejo totalmente como um artista audiovisual. Seja como eu me visto, meu cabelo, para mim é essencial costurar tudo, juntar com a música e entregar tudo aquilo que tá na minha cabeça. Não fica só na música. É sobre também o que eu quero falar naquele clipe, naquela foto. Eu sou apaixonado por moda e comecei no teatro, então ali é onde eu misturo tudo. Tenho também uma equipe de amigos que me ajudam a desenvolver, um trabalho de muita gente incrível. Sou grato demais.

Falando dessa parte estética, amanhã você se apresenta no Festival Hopi Pride. É o primeiro show completo com o ECDISE?
Sim! É o primeiro completo. Eu fiz algumas apresentações no ano passado e no início do ano, mas esse é o primeiro com ballet, backdrop marcação de palco, coreografia, tudo do jeito que eu imaginei.

Vamos ter alguma surpresa? Sei de um remix com uma artista que também vai estar por lá…
Vão! Vão ter algumas surpresas. Uma que acabou de sair é que a Carol Biazin vai cantar “Enigma” comigo pela primeira vez. Eu estou muito feliz porque é uma música que a galera abraçou bastante, eu era meio inseguro com ela, mas eu fui me apaixonando junto com o público. Carol é incrível, nem preciso dizer nada, e tem também a Danny Bond que vai estar lá no festival, quem sabe uma hora dessas a gente também canta junto.

Esse show vai ser uma turnê? Você pretende rodar o Brasil com ele?
Com certeza! A única coisa que vai mudar é o formato do show que a gente vai adequando de acordo com o lugar. Eu tive o privilégio de cantar em Manaus na virada, já começou ali para mim. Vão ter mais shows em São Paulo, e com certeza vamos levar para todos os lugares possíveis.

Quero muito ter essa troca pessoalmente. Eu comecei a lançar minhas músicas mais pop na pandemia, então por mais que a gente sinta essa resposta do público online, cantar pessoalmente, olhar essas pessoas, ter essa troca é novo para mim. Estou ansioso. É o que eu sempre sonhei.

O festival que você se apresenta amanhã é LGBTQIA+. Estamos vendo a comunidade cada vez mais forte no cenário pop atual. Como você enxerga essa ascensão?
Olha, não é querendo me gabar porque eu faço parte, mas acho que a gente nunca esteve em um momento tão lindo, principalmente no audiovisual, temos tido obras incríveis e que só tende a crescer. Estamos seguindo, dando um passo de cada vez para o mainstream, então espero estar aí com eles, Pabllo, Gloria (Groove) e vários outros que tem entregado tudo para a música e para a nossa comunidade.

Tudo. Para encerrarmos, gostaria de saber quais são seus planos para 2022 e o que podemos esperar dessa era que acabou de começar.
Quero levar o “ECDISE” para todas as cidades… Estou trabalhando também em uma versão “deluxe” do álbum, com algumas parcerias, inclusive com um nome que você falou aqui, uns remixes bacanas… E também estou trabalhando em faixas novas para o segundo semestre. Estou cada vez mais animado para trazer ao mundo o que eu venho trabalhado.

Chameleo, obrigado pelo o seu tempo, foi um prazer falar com você, te desejo tudo de bom. E ah, se me permite fazer campanha aqui, torne “Palhaço” single! (risos)
Me pedem muito isso, sabia? Eu quero bastante, mas é preciso seguir uma estratégia de números… “Palhaço” é um hino injustiçado. Minha vontade era fazer um clipe para todas, ter um álbum visual, mas ser independente é complicado, vamos ver, vai que… Sou bem positivo.

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