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ENTREVISTA: Diogo Piçarra fala sobre parceria com Vitor Kley

Diogo Piçarra é apaixonado por música desde cedo. Com apenas 17 anos participou de sua primeira Banda e com 22 venceu a quinta edição do programa de televisão “Ídolos” (Versão portuguesa). Como prêmio pela vitória, ganhou uma bolsa de estudos London Music School e a gravação de um álbum com selo da gravadora Universal Music.

Assim, em 2015, lançou o seu debut álbum, “Espelho” e em 2017, “do=s”, seu sucessor. Ambos ficaram no topo dos charts portugueses na semana de seus lançamentos.

Se aproximando do público brasileiro, Diogo já trabalhou com artistas como Anavitoria e Jão, além de ter creditos na composição da música “Complicado” gravada por Anitta e Vitão.

No começo desse mês de novembro, Diogo Piçarra lançou sua colaboração com Vitor Kley chamada “Nada é para sempre”, uma música sobre algo muito coerente com 2020, sobre ter noção que tudo pode chegar a um fim.

Nada é para sempre

E para falar um pouco sobre esse ano maluco, essa colaboração maravilhosa e shows, Diogo Piçarra bateu um papo com o Tracklist! Confere aqui:

Como foi para acontecer essa parceria com o Vitor kley? Lembro que ao ser questionado sobre artistas portugueses que ele gostaria de colaborar “Diogo Piçarra” foi a resposta imediata dele. Como foi para chegar na colaborção de fato?

Eu estranhei no começo, achei que eu era o único artista de Portugal que ele conhecia por isso escolheu, mas percebi que ele me conhecia desde a época que participei de “Trevo” com Anavitória, que gosta mesmo do meu trabalho e eu também gosto do trabalho dele. Conheço ele desde a época que lançou “O sol”, que fez bastante sucesso aqui em Portugal, e outras músicas dele que também fizeram sucesso por aqui. E aí a gente juntou o útil ao agradável. Meus fãs adoram o Vitor, os fãs dele já me conheciam, ficamos em contato trocando ideias de música, até chegar nessa última “nada é para sempre”.

O Vitor gostou, eu também gostei muito desde a primeira versão que fiz com o produtor, tudo saiu muito rápido. Ele estava em Lisboa e logo me enviou o segundo verso. Aproveitamos o tempo que eu também estava em Lisboa para filmar o clipe e fazer a divulgação. Fiquei muito feliz por ter conhecido ele pessoalmente, atualmente é comum nessas parcerias, acabarmos nem conhecendo a outra pessoa, apenas virtualmente. Então, fiquei muito feliz, porque a pessoa que pensava que o Vitor era, ele é de verdade e ainda melhor.

A música foi lançada recentemente, conta pra gente como foi o processo criativo para chegar no conceito final de “nada é para sempre”? Quais foram as inspirações?

A inspiração é a nossa vida, não só nas relações, mas no sentido de que nada é para sempre, nós não somos eternos, tem relações que pensamos que são perfeitas, que vão durar para sempre, e algo acaba acontecendo. E vemos que afinal, tudo chega em um fim. Então, me baseei na minha vida e na de todos os seres humanos, para escrever essa frase ” nada é para sempre”, sem dúvida combina muito com o momento atual, com vírus percebemos que tudo é incerto. Espero que os fãs também vejam um outro ângulo disso, como o fato de que o vírus também não vai ser para sempre. E o clipe, foi uma forma de passar a mesma mensagem só que de uma forma mais divertida. Eu e o Vitor estávamos bem sentindo gigantes, mas aí depois de uma rejeição passamos a nos sentir pequenininhos.

Realmente, essa ideia de não levar nada como garantido. Muito bom. Então, como tu acabou de falar a gente tá passando por um momento complicado, estamos aprendendo mesmo que nada é para sempre, por causa do vírus, quais são as maiores diferenças que tu sentiu em lançar uma música nessa fase de pandemia?

Eu tava sentindo muita falta de lançar música, porque era algo que eu não fazia faz um tempo, filmar um clipe, fazer todo esse trabalho de divulgação. Praticamente desde o ano passado que foi quando lançei meu último álbum. Então, me dá uma sensação de normalidade, porque é algo que estou habituado a fazer, em alguns momentos parecia até que estava tudo bem. Na hora de filmar o clipe, por exemplo, mesmo estando todo mundo de máscara, parecia tudo normal.

Tu já fez várias parcerias, com artistas do Brasil inclusive. Quais artistas de momentos são teu sonho de colaboração?

Tenho ouvido bastante músicas da Giulia Be, e por coincidência, a Giulia fez uma música com Luan Santana, eu adoro o Luan também, já até conheço ele pessoalmente. Esses dois são artistas que eu adoraria trabalhar, mesmo que só para compor uma canção. Ficaria muito feliz, só deles cantarem uma música escrita produzida por mim já seria bom.

E quais são os planos para o futuro do Diogo Piçarra? Depois do lançamento e divulgação de “nada é para sempre”? Novas músicas? Um álbum?

Exatamente, agora o plano é escolher o próximo single, aproveitar a onda de produção para um álbum, continuar nessa vibe. Espero que as pessoas gostem, eu encaro quase como se fosse uma nova versão de mim. Acho que não tinha lançado uma música nesse estilo, com esse tipo de batida. Vou tentar apostar um pouco mais nesse estilo, sem dúvida as ideias novas sempre vão surgindo, tenho várias guardadas. E tudo com muita calma, porque foi uma das coisas que a pandemia ensinou para a gente, a ter calma sem precisar fazer nada rápido. Porque não sabemos o dia de amanhã, não sei se os shows vão ser liberados logo, e não quero lançar músicas tem poder toca-las ao vivo.

Para mim, como fã de música, tá sendo super difícil esse ano, então imagino que para vocês, artistas, deve estar sendo pior ainda.

Todos estamos morrendo de saudade, os artistas e público.

Tu participou do Rock in Rio Lisboa, e ano que vem já estão confirmadas as datas do Rock in Rio brasil, tem alguma possibilidade de tu vir? Ou mesmo vir fazer shows fora do festival aqui no Brasil, se tudo já estiver normalizado?

A experiência de participar do Rock in Rio Lisboa foi muito louca, o palco mundo é gigante, eu me senti uma formiguinha lá. Queria muito poder experimentar essa sensação com público brasileiro, já tive um contato com público brasileiro no show com as Anavitória, é um público muito caloroso, cantaram muito alto em todos os momentos, acredito que sejam até um pouquinho animados que o povo português, foi ótimo sentir isso. Adoraria sentir isso em um show meu aí.

A cultura brasileira é isso, a gente tenta cantar mais alto do que os alto-falantes dos shows.

Pois é! Incrível!

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