O Bastille prepara seu retorno ao cenário musical com o lançamento do novo álbum, esse que será o quarto disco da banda inglesa e o sucessor do “Doom Days” (2019).
Mas quem achou que o conjunto ficou parado durante todo esse tempo, esteve enganado, pois os donos do hit “Pompeii” trabalharam bastante no último ano lançando no final de 2020 o EP “Goosebumps” e em fevereiro divulgando o documentário “ReOchestrated” na Amazon Prime Vídeo.
De lá pra cá, o Bastille mergulhou de cabeça na ideia de fazer do próximo projeto discográfico o maior da sua discografia. Dando início a Era com as futurísticas faixas “Distorted Light Beam”, “Give Me The Future” e “Thelma + Louise”, os ingleses prometem explorar conceitos ainda não apresentados por eles ao público.
Pelo Twitter, o vocalista Dan Smith chegou a revelar que o disco está pronto ao ser questionado por um fã.
“Então… Dan, como está indo o novo álbum? Ele está pronto para ser lançado em breve? Vamos lá, nos dê uma pista!”, escreveu o internauta.
O cantor então contou a novidade. “Oh sim, está pronto. Já está terminado há algum tempo – estamos apenas nos preparando para lançá-lo. Eu realmente amo ele e mal posso esperar para que vocês o tenham”, respondeu.
“Está pronto pronto, devidamente terminado, pronto para ser impresso em vinil, sem chances de volta para ajustes e mudanças (embora ele tenha sido remasterizado 4 vezes porque eu continuei fazendo alterações, mas agora está tudo pronto)”, ressaltou em outro tweet.
Parece que o álbum está cada vez mais perto de ser entregue, mas, afinal, quais são as expectativas para esse material? Reunimos tudo o que já sabemos sobre ele. Acompanhe!
Bastille: o que esperar do novo álbum da banda?
O futurismo como tema central do disco
Experimentando novos sons e usando de temáticas futurísticas, os ingleses começaram a nova Era com a insana “Distorted Light Beam”, que antes do seu lançamento foi sinalizada por meio de séries de teasers futurísticas ao longo do mês de junho.
O single foi co-escrito e co-produzido por Ryan Tedder (Taylor Swift, Beyoncé, Adele) ao lado do colaborador de longa data do Bastille, Mark Crew.
Nas explicações sobre a canção, o vocalista salientou as principais ideais a respeito do carro-chefe do quarto álbum, no qual tem o intuito de não se limitar a nada. “Para nós, as trilhas sonoras de ‘Distorted Light Beam’ dançando em um espaço de clube futurístico distorcido e eufórico”, explicou Smith.
“É uma música sobre possibilidades ilimitadas – o que não é algo que nenhum de nós realmente tenha na vida real agora, então tem sido divertido explorar essa ideia enquanto experimentamos novos sons em nossa música.”
Nessa nova fase musical da banda, os integrantes buscam um caminho criativo diferente, onde eles possam usar de elementos ainda não agregados a sua linha sonora.
“Isso me permitiu aprender os diferentes sons que queremos fazer”, disse ele, “e não me preocupar em tentar fazer tudo de uma vez, e entender que pode haver um ponto em que vamos em uma direção, mas isso não está acontecendo para ser para sempre”. destacou Dan Smith ao explicar acerca do processo de criação do documentário “ReOrchestrated”.
Após o lançamento dessa, os intérpretes de “Happier” seguiram liberando mais duas faixas que integrarão o disco. As ótimas “Give Me The Future” e “Thelma + Louise” continuam dando sentido a esse aspecto cibernético que Bastille deseja passar aos ouvintes nessa Era.
“Give Me The Future”:
“Thelma + Louise”:
A experiência com a empresa tecnológica “Future Inc”
Assim como nas próprias músicas, a tecnologia é uma grande parceira do novo álbum graças à corporação fictícia que a banda criou, chamada “Future Inc“. O gigante da tecnologia está por trás de um dispositivo chamado FutureScape que permite aos usuários viver virtualmente seus sonhos, muito como o refrão de “Distorted Lightbeam” sugere: “Quando estou sonhando hoje à noite, posso ir a qualquer lugar”.
Em “Thelma + Louise”, inspirado no clássico cinematográfico de mesmo nome dos anos 80, o vídeo que o acompanha é trazido ao vivo da Future Inc, “uma falsa grande empresa de tecnologia do futuro, faminta de dados”.
A organização tecnológica foi criada para ser um dos principais pontos do material discográfico e o seu produto leva o usuário ao mundo do novo projeto.
Nas palavras do vocalista, o conceito dá à banda a oportunidade de “zombar da maneira como essas empresas nos atraem e apelam ao mundo, e se anunciam e falam sobre si mesmas, e se levam muito a sério e ganham enormes quantias de dinheiro enquanto levam tudo nossos dados e muito mais”.
Esta não é a primeira vez que os ingleses estendem o universo de um disco além do que eles comprometeram como musicalidade. No “Wild World” de 2016, eles criaram uma frente chamada WW Comms liderada por um político locutor de notícias narrando contos distópicos. “Temos sorte de que nossos fãs já tenham realmente comprado coisas como essa”, observou o baterista Chris ‘Woody’ Wood. “Isso o torna mais envolvente e divertido, na verdade.”
Em seu canal do Youtube, o conjunto soltou um vídeo chamado “What Is Future Inc?”, onde explica com detalhes sobre o universo em que o seu novo álbum se passa.
Lançamento para este ano
Embora o círculo criativo da banda sempre ter sido muito unido, poucos entrando nele, exceto pelos quatro membros e o produtor de longa data Mark Crew. Neste projeto discográfico, eles se juntaram a uma série de outros produtores, escritores e artistas, incluindo o compositor Rami Yacoub (que trabalhou com Britney Spears e Lady Gaga) e o superprodutor Ryan Tedder.
Foi muito útil ter alguém que vive em um mundo totalmente diferente do nosso e existe em um espaço musical totalmente diferente para nos dar feedback sobre o que tínhamos feito”, disse Smith sobre o último. “Ele é um escritor incrivelmente prolífico e parecia que seria uma oportunidade perdida não escrever algo com ele.
Agora prestes a lançar o novo trabalho, Smith se vê tentando “relaxar um pouco” por ser tão protetor com a produção da banda.
“Não sei como foi bom para a minha cabeça mergulhar na toca do coelho dessa banda com tanto coração na última década. Sempre fizemos o que queríamos em torno de mixtapes e ReOrchestrated, colaborando com quem quer que fosse e não ouvindo as pessoas que estão tentando nos dar conselhos. Mas agora, eu acho, me sinto mais liberado do que nunca.”
O novo álbum do Bastille será lançado ainda este ano pela EMI Records, mas enquanto eles não vêm, ouça ao último material da banda apresentado no EP “Goosebumps”.