Por Clara Tavares e Gabriel Haguiô – Emicida se apresentou no segundo dia de Lollapalooza e mandou recado: “se você tem de 15 a 18 anos, tira a p*rra do título de eleitor!”. O cantor ainda fez uma “confusão” com o nome do festival, chamando- o de “Lulapalooza” durante a apresentação.
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Dividido em três atos, a apresentação passou pelos principais momentos da carreira do paulistano em seu retorno aos palcos. “Eu não sei vocês, mas eu tava morrendo de saudade”, confessou o paulistano no início da apresentação, que começou os trabalhos com protestos e uma série de músicas contagiantes de seus demais discos.
O rapper esquentou o público no Palco Budweiser com vários dos grandes sucessos que marcaram sua trajetória até o Lollapalooza. “Boa Esperança”, “Bang!” e “Gueto” abriram o show com uma forte energia, levantando o público com batidas intensas; na palma da mão, “A Chapa é Quente” e “Libre” mantiveram o ritmo logo em seguida, antes de dar início ao segundo ato com “Hoje Cedo”, uma das mais cantadas da noite.
Participaram como convidados Rael, em “Levanta e Anda”; Drik Barbosa, que cantou “Luz”; Majur, em AmarElo; e Pastor Henrique Vieira, em “Principia”. Entretanto, suas parceiras de banda chamaram atenção do público de casa: Michele Cordeiro, na guitarra, e Silvanny Rodriguez, “Sivuca”, na bateria.
Ao final da apresentação, além de elogiar o show de Doja Cat, Emicida prestou homenagem a Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters que faleceu nesta sexta-feira (25), que teve sua foto estampada no telão. Além disso, Emicida anunciou uma homenagem programada para amanhã (26), dia que a banda se apresentaria no festival.
A performance foi não só uma mera apresentação, mas uma grande celebração de sua trajetória e a de tantas outras que carrega em suas rimas. Se os versos, na maioria das vezes, pareciam ser cantados como se fossem preces ou desabafos, sem dúvidas podemos dizer que o show de Emicida foi uma verdadeira oração. O show encerrou com um emocionante “abraçaço” e com a mensagem: “tudo o que ‘nóiz’ tem é ‘nóiz’”.
No “Lulapalooza”, Emicida grita “Bolsonaro, vai tomar no c*”;
Antecipando o que seria um show político e consciente, logo após abertura com “Boa Esperança”, Emicida pediu para que jovens tirassem o título de eleitor para as eleições presidenciais que ocorrerão neste ano. Entre os recados, mandou Bolsonaro, atual presidente da república, “tomar no c*” e, durante o show, brincou com o nome do festival, o chamando de “Lulapalooza”.