Rebecca Black, dona do hit “Friday”, celebrou os 10 anos da música lançando um remix com as participações de Dorian Electra, Big Freedia e 3OH!3. Ao site TMZ, a cantora abriu o coração sobre a nostalgia que a canção traz e o hate que recebeu na época. Nesse post, além dela, relembramos outros artistas que também sofreram devido ao sucesso precoce.
Assim que foi lançada, “Friday” recebeu diversas críticas negativas pela letra, construção, vocais e videoclipe. Alguns críticos renomados chamaram-na de “a pior música de todas”. O clipe chegou a ser removido do YouTube, mas foi reenviado posteriormente.
Segundo Rebecca, a terapia a ajudou a caminhar entre as armadilhas da fama e do sucesso. Em entrevista, ela disse: “Eu não sei se eu era tão focada quanto pensava ser naquela época. Não conheço nenhuma criança de 13 anos focada”.
“Mas crescer? A terapia, honestamente, e assumir o controle de como você se cuida tem sido muito importante para mim e uma das minhas prioridades. É sempre um processo de mudança e tudo vem em altos e baixos”, refletiu Rebecca.
Ainda sobre uma cobrança excessiva, ela disse: “Não vou estar aqui perfeita e incrível o tempo todo, mas aprendi a me perdoar mais. Estou fazendo o melhor que posso agora. E é assim que penso sobre minha música – eu tinha 13 anos!”
“Eu não tinha ideia do que estava fazendo, e está tudo bem. Isso é o que crianças de 13 anos devem fazer, tentar e explorar. Nem sempre olhei para isso dessa maneira, mas agora acho que já passou bastante tempo.”
Rebecca Black sobre seu estrondoso sucesso aos 13 anos
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Outros artistas que já sofreram em razão do sucesso precoce
A infância e a pré-adolescência de um indivíduo são muito importantes para a formação do caráter e da identidade próprios.
No entanto, é bastante comum vermos os jovens famosos rodeados por adultos, os quais atendem a todas as suas necessidades. Contudo, o sucesso das séries de TV, shows e filmes de orçamentos exorbitantes depende inteiramente de como as estrelas se saem.
Justin Bieber
A fama de diversos artistas surgiu “da noite para o dia”. Foi o caso de Justin Bieber, descoberto por Scooter Braun no YouTube em 2007.
Hoje com 26 anos, Justin Bieber já alcançou muitos feitos: vendeu milhões de discos, viajou pelo mundo inteiro, possui bilhões de visualizações no YouTube.
No entanto, antes mesmo de casar-se com a modelo Hayley Baldwin, antes das tatuagens, antes de todas as questões com alcoolismo e outras drogas, Justin Bieber era uma estrela do pop a qual o mundo não sabia muito detalhes de sua vida.
Natural do Canadá, Bieber assinou um contrato com uma gravadora aos 14 anos e se mudou para os EUA para seguir a carreira musical. Foi em 2010, com seu primeiro álbum, “My World”, que sua vida mudou mais ainda, transformando-o em uma superestrela adorada pelo mundo.
Apesar de a fama trazer reconhecimento e dinheiro, trouxe também o fim da sua privacidade. Cada passo que Bieber dava, principalmente os passos em falso, foram cobertos de perto pelas mídias do mundo inteiro.
Parte do mau comportamento de Bieber o levou aos tribunais do Canadá e dos Estados Unidos. Foram denúncias por uso excessivo de drogas, direção descuidada — além de dirigir com a carteira de habilitação vencida —, vandalismo, agressão e muitos outros casos acompanhados de perto pelo mundo.
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Sete anos depois, Bieber reflete sobre seu passado
No fim do mês passado, Justin Bieber falou publicamente sobre um fato ocorrido há sete anos: sua prisão por dirigir sob influência de drogas e com a carteira de motorista vencida.
Em uma publicação no Instagram, o cantor canadense escreveu: “Hoje, 7 anos atrás, fui preso, não foi meu melhor momento. Não estou orgulhoso de onde estava na minha vida. Eu estava magoado, infeliz, confuso, com raiva, enganado, incompreendido e com raiva de Deus”.
Ainda na legenda, Bieber escreveu para seus fãs: “Meu incentivo a vocês é deixar seu passado ser uma lembrança do quão longe Deus o trouxe. Não permita que a vergonha arruine seu hoje e deixe o perdão de Jesus assumir e cuidar de sua vida”.
Vale lembrar que, ainda no ano passado, Bieber já havia falado um pouco sobre o estrelato precoce que teve. Sua história foi retratada na música e no videoclipe de “Lonely”, segundo single do álbum “Changes”.
No vídeo, o Justin Bieber de 14 anos, que é interpretado por Jacob Tremblay, é visto sozinho em um camarim antes de seu produtor avisar que é hora de subir no palco.
O Bieber da ficção canta a letra melancólica de “Lonely” para uma platéia aparentemente vazia, mas, na verdade, é revelado ao fim do clipe que o verdadeiro Justin sempre o esteve ouvindo.
Pouco tempo depois de lançar o videoclipe o cantor foi o Twitter para falar sobre a canção.
“Para ser honesto, é difícil, para mim, ouvir essa música, considerando o quão difícil foi passar por alguns desses capítulos”, escreveu. “Eu acredito que é poderoso expressar vulnerabilidade e é por isso que eu acredito que essa música é tão poderosa”, finalizou Justin.
Zac Efron
Zac sempre demonstrou, desde jovem, paixão pelo teatro e foi incentivado pelos pais a participar de produções da escola. Desde seu estrelato em “High School Musical”, ele enfrentou os altos e baixos que a fama possui, além de desenvolver alguns vícios.
Profissionalmente, sua carreira começou com papéis pequenos, como nas séries “Plantão Médico” e “Firefly”. Zac também recebeu diversos elogios ao interpretar um garoto autista no filme “Uma Viagem Inesperada – Missão Especial”, de 2004.
Contudo, sua carreira explodiu com seu papel mais marcante: o jogador de basquete Troy Bolton, em “High School Musical”, filme de 2006, ao lado de nomes como Vanessa Hudgens e Ashley Tisdale.
Catapultado para o estrelato após a trilogia musical, Zac ainda estrelou “Eu e Orson Welles” (2008), “17 Outra Vez” (2009), “A Morte e Vida de Charlie” (2010), “Obsessão” (2012) e “JFK, a História Não Contada” (2013).
Os problemas com drogas surgiram…
Foi depois desse último filme que Zac apresentou alguns problemas pessoais. Nesse mesmo ano, ele foi internado em uma clínica de reabilitação devido aos problemas com álcool, cocaína, MDMA e outras drogas.
Diversos jornais do mundo inteiro tiveram acesso aos relatos de como Zac Efron usava as substâncias, relatando-as de forma exaustiva. O jornal inglês Daily Mail publicou uma matéria extensa revelando detalhes nunca antes vistos do ex-galã da Disney.
…mas tudo parece estar bem agora.
Em entrevista ao USA Today, em 2014, Zac revelou que estava sóbrio e não bebia mais, mas que precisava levar as coisas “um dia de cada vez”. O ator ainda disse estar “em uma boa situação”. Ele também afirmou que teve de deixar algumas “amizades” de lado.
Para o The Hollywood Reporter, Efron disse que a reabilitação mudou sua vida e afirmou: “Estou muito mais confortável na minha própria pele. As coisas estão muito mais fáceis agora”.
Atualmente, Zac mora na Austrália e lançou, em dezembro do ano passado, seu reality show na Netflix, o “Curta Essa com Zac Efron”. Além disso, o ator trabalha no filme “Gold”, que ainda não tem data de estreia.
Demi Lovato
Demi Lovato também foi uma das artistas a sofrer em razão do sucesso precoce. Seu primeiro trabalho como atriz foi aos 7 anos, na série infantil “Barney e Seus Amigos”.
Alguns anos depois, ela assinou com a Disney e conseguiu um papel recorrente na versão americana da série “Quando Toca o Sino”. No entanto, um marco da sua carreira é o papel de Mitchie Torres, no filme “Camp Rock”.
Depois de alguns outros filmes, Demi protagonizou sua primeira série, “Sunny Entre Estrelas”. No entanto, em 2010, uma crise em sua vida pessoal, veio à tona e forçou a atriz a interromper uma turnê com os Jonas Brothers para buscar tratamento para “problemas emocionais e físicos”.
A excessiva cobertura de seus problemas pela mídia
Demi, que naquela época tinha 18 anos, alegaram que ela lutava contra distúrbios alimentares e automutilação antes mesmo do papel do Disney Channel. Tudo foi exaustivamente coberto pelos meios de comunicação.
Em novembro de 2010 ela entrou pela primeira vez em um centro de reabilitação para tratar de seus problemas. Demi deixou a clínica em janeiro de 2011 e em abril, ela revelou que foi diagnosticada com transtorno bipolar durante o tratamento.
Em seu documentário “Simply Complicated”, de 2017, Demi alegou que mesmo após a reabilitação, continuou usando cocaína e álcool. Tudo isso perdurou até 2012.
Demi Lovato abriu o coração sobre as lutas para ficar sóbria em entrevista à revista Glamour em novembro de 2016. “Ficar sóbrio foi difícil. Eu fui para a reabilitação, saí e não fiquei sóbrio. Ainda tive problemas. Agora alguns dias são difíceis; alguns dias são fáceis”, disse ela.
Retorno aos palcos e novos projetos
Em Março de 2019, cuidando-se depois de sofrer uma overdose no ano anterior, Demi publicou uma série de stories no Instagram em que dizia: “Hoje eu faria 7 anos sóbria”.
“Não me arrependo de ter saído [da sobriedade] porque precisava cometer esses erros, mas nunca devo esquecer que é exatamente o que foram: erros”, refletiu.
Demi percebeu ainda, nessa pausa dos holofotes, sua responsabilidade em ser uma defensora de meninas com problemas de autoestima. Além disso, Demi tem falado mais sobre outras doenças, como bulimia e bipolaridade.
“Quando eu as encontro e cumprimento, eu não consigo dizer a quantidade de vezes que as garotas me mostram seus braços cobertos de cicatrizes ou cortes”, disse Lovato.
“Elas me dizem: ‘Você me ajudou a superar isso. Por sua causa, parei de me machucar ‘ou’ fiquei sóbria ‘. Ouvir essas coisas deram um novo significado à minha vida”, concluiu a cantora.
Em janeiro de 2020, Demi retornou ao palco pela primeira vez desde sua recaída, cantando uma nova música chamada “Anyone” no Grammy. Em fevereiro ela foi convidada para cantar o hino dos EUA no Super Bowl.
“Demi Lovato: Dancing With The Devil”
Em 23 de março, os fãs finalmente conhecerão o que aconteceu com Demi Lovato em 2018. A cantora lançará uma série documental em parceria com o YouTube, chamado “Dancing With The Devil” (“Dançando Com o Diabo”, em tradução livre.
“Tem muita coisa que eu tenho desejado falar, mas eu sabia que tinha que dizer da maneira correta. Obrigada a minha família, amigos e fãs por ficarem do meu lado ao longo dos anos, enquanto eu aprendia e crescia”
Demi Lovato sobre seu documentário
“Estou muito empolgada por finalmente compartilhar essa história que guardei pelos últimos dois anos”, escreveu Demi em uma publicação no Instagram.
Você é fã de alguma dessas estrelas? Conhecia as histórias delas? Quais outros artistas que sofreram devido ao sucesso precoce você lembra? Comenta com a gente nas nossas redes sociais.