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Setembro Amarelo: 5 artistas que falam abertamente sobre saúde mental

Todos os anos, desde 2015, o mês de setembro é marcado pela campanha de prevenção ao suicídio, conhecida como Setembro Amarelo. A campanha ressalta a importância de manter o assunto em pauta e tratar a saúde mental sem estigmas, principalmente no dia 10, marcado pelo Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Nesse sentido, muitos artistas fazem a sua parte falando abertamente sobre o tema não só em setembro, mas em diversos momentos do ano.

Saúde mental é um tópico recorrente na vida de diversos cantores, já que os holofotes voltados para si e a cobrança constante do público tornam-se um fator de agravamento desses quadros de saúde. Por isso, compartilhar com os fãs as próprias experiências pode ajudar e inspirar outras pessoas a procurar ajuda e normalizar o diálogo.

Durante a pandemia a conversa sobre o assunto se intensificou ainda mais, já que os impactos foram grandes para a maioria. Seja por meio das redes sociais, entrevistas e músicas, separamos nessa lista alguns artistas que falam abertamente sobre a importância do cuidado com a saúde mental. Confira:

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Foto: Divulgação

Setembro Amarelo: 5 artistas que falam sobre saúde mental

1. Demi Lovato

Demi é um dos principais nomes na indústria da música quando se trata do assunto. Tendo crescido em frente as câmeras, Lovato fala abertamente sobre as suas batalhas desde muito jovem. Nas músicas, suas dificuldades são representadas desde “Skyscraper”, lançada em 2010, época em que Demi lidava com transtornos alimentares e outros problemas de saúde.

O mais recente documentário de Lovato, intitulado “Dancing With The Devil”, é uma representação honesta e vulnerável de toda a trajetória de Demi desde a overdose de 2018 até aqui. Mesmo assim, nem sempre foi fácil a decisão de falar abertamente sobre seus quadros de depressão, ansiedade e bipolaridade.

“Eu queria talvez ter esperado um pouco mais para enfim, contar a história, manter em privado por um tempo. Existe algo muito legal em pessoas que assumem sua própria culpa, aprendem com isso e mostram aos outros como eles podem passar por isso.”, contou em entrevista à Hoda e Jenna em novembro de 2020.

Leia também: ‘Anyone’ e a sinceridade de Demi Lovato em suas músicas

2. Lady Gaga

Já há alguns anos Lady Gaga fala sobre as suas questões de saúde mental e a luta contra a depressão e transtorno de estresse pós-traumático. Recentemente, em maio de 2021, durante uma participação no documentário “The Me You Can’t See”, a cantora revelou os traumas que carrega ainda hoje devido a violência sexual contínua que sofreu de um produtor ainda com 19 anos, quando estava iniciando sua carreira.

“Você sabe por que não é bom se cortar? Sabe por que não é bom se jogar contra a parede? Você sabe por que não é bom se machucar? Porque faz você se sentir pior. Você pensa que vai se sentir melhor porque você está mostrando a alguém: ‘Ei, olha, estou sofrendo’. Não ajuda. Eu sempre digo às pessoas: ‘Diga a alguém, não mostre a ninguém’.”, desabafou.

Hoje com 35 anos, ela conta que o processo de cura ainda é lento e com muitos altos e baixos. Entretanto, a cantora aprendeu que o melhor é procurar ajuda, ao invés de tentar fingir que nada aconteceu.

3. Selena Gomez

Em 2015, Selena Gomez anunciou publicamente ser portadora de lúpus, uma doença autoimune. Desde então, seus esforços para se manter ativa e saudável dobraram. Depressão e síndrome do pânico são sintomas comuns do lúpus e acabaram afetando a cantora.

Por isso, em 2016 ela tomou a decisão de dar um tempo em sua carreira e se afastar dos holofotes para priorizar sua saúde. Para isso, a cantora cancelou 34 shows da Revival Tour. “Eu decidi manter a minha felicidade e saúde em dia, então eu acho que a melhor maneira de fazer isso é dar um tempo na carreira”, desabafou em entrevista à revista People. 

No final de 2020, em newsletter divulgada pela The Newsette, Selena desabafou sobre a pressão de ser considerada a pessoa mais influente do Instagram e como isso afetou sua saúde mental. “Eu realmente não me importo com o que as pessoas pensam de mim. Nas minhas próprias redes sociais, tenho que dizer a verdade. E uma vez que comecei a reivindicar meu próprio nome, acho que as pessoas entenderam minha jornada de saúde mental”.

Ela ainda comentou sobre a importância do Rare Impact Fund, um fundo de impacto com o objetivo de arrecadar US$ 100 milhões nos próximos 10 anos, que serão destinados a solucionar as lacunas nos serviços de saúde mental dos Estados Unidos.

4. ZAYN

Ainda durante a época da One Direction, Zayn Malik já enfrentava problemas com ansiedade, que o levaram até mesmo a deixar de participar de alguns shows. Pouco após deixar o grupo em 2015, ele lançou sua autobiografia autointitulada, na qual desabafou sobre seu distúrbio alimentar.

“É algo que nunca falei em público antes, mas que eu tenho enfrentado desde quando saí da banda, é que eu sofro de um distúrbio alimentar. Não era como se eu fosse preocupado com meu peso ou algo do tipo. Eu podia passar dias, às vezes dois ou três dias seguidos, sem comer absolutamente nada”, escreveu. “Ficou bem sério e mesmo assim, na época, eu não reconhecia o que era”.

Zayn também comenta no livro sobre como falar a respeito do assunto ajudou não só ele, mas seu público também. “As pessoas viram força nisso e eles não esperavam isso vindo de um cara, mas esperavam de uma mulher, o que é louco para mim. Nós todos somos humanos. As pessoas têm medo de admitir suas dificuldades, mas eu acredito que não deve haver luta contra o que é verdade”, contou.

5. Luísa Sonza

Um dos mais fortes nomes do pop no Brasil atualmente, Luísa Sonza é alvo de ataques de haters na internet já há algum tempo. Os ataques se intensificaram ainda mais nos últimos meses, após o fim de seu relacionamento com o humorista Whindersson Nunes e o lançamento de seu novo álbum, “Doce 22”.

Para preservar sua sanidade, Luísa se afastou completamente das redes sociais por algum tempo e procurou ajuda profissional fora do país. Desde então, ela tem comentado ativamente sobre os impactos que as mensagens de ódio têm causado na saúde mental.

“Quando me encontraram no chão, em posição fetal, eu já estava na minha última… Graças a Deus eu tenho uma equipe que me ajuda e me levou ao psiquiatra, me deu remédio, suporte, tudo que precisava”, revelou durante entrevista no Encontro com Fátima Bernardes.


Para buscar ajuda, você pode conversar com os voluntários do Centro de Valorização da Vida ligando no número 188, além do chat e e-mail disponíveis 24 horas no site do CVV.

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