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Sem surpresas, Evanescence faz show nostálgico em Brasília

BRASÍLIA – Diferentes gerações foram de encontro ao Net Live Brasília na noite de quinta-feira, 20 de abril, para o primeiro show do Evanescence na capital. Primeira vez só por aqui, já que a banda de Amy Lee veio ao país tantas outras vezes.

Com figurinos a caráter, alguns mais suaves – camisetas ou poucos acessórios de cor preta – e outros mais exagerados – vestidos longos ou sobretudos -, o público levou para o espaço do show a representação do estilo gótico que marcou a carreira do Evanescence e uma fase da adolescência de muitos ali.

O que definiu a estrutura do evento foi a simplicidade. O palco com os instrumentos e a faixa da logo da banda ao fundo trouxe os músicos para a plateia brasiliense por volta das 22h. A grande experiência deles foi demonstrada com o desempenho impecável do repertório, que passou pelos seus três discos e não deixou de fora os maiores hits. Nem a falta de música nova ou ao menos versões diferentes das canções já antigas pareceu incomodar os fãs e admiradores que, pelo contrário, surtaram ao som de “Going Under”, “Lithium” e “Call Me When You’re Sober”. O último álbum é o autointitulado, de 2011.

Nenhuma novidade, exceto pela nova guitarrista: a alemã Jen Majura, escalada para ficar no lugar de Terry Balsamo, que saiu do grupo em 2015. A presença dela levou mais representatividade feminina e energia para o palco, completando a potência de Amy Lee.

A vocalista e líder do Evanescence interagiu algumas poucas vezes durante o show, oras agradecendo o carinho dos fãs, oras respondendo os gritos de “eu te amo”.

“Estamos tão felizes por voltar, amamos vocês”.

Uma ou outra palavra em português foi arriscada, como “oi” e “obrigada”. Amy foi ovacionada a todo instante, mas os momentos que mais emocionaram, inclusive a própria cantora, foram os que trouxeram ela ao piano, como nas músicas “Lithium”, “Even in Death” e “My Heart Is Broken”. É nessa parte que podemos contemplar melhor o seu incrível alcance vocal.

No final, após saírem do palco e entoarem o hit “Bring Me To Life”, a música mais aclamada da noite, o grupo apresentou um cover de “Dirty Diana”, de Michael Jackson, encerrando o show em grande estilo.

Setlist:
1 – Everybody’s Fool
2 – What You Want
3 – Going Under
4 – The Other Side
5 – Lithium
6 – Even in Death
7 – My Heart Is Broken
8 – Made of Stone
9 – Haunted
10 – New Way to Bleed
11 – Take Cover
12 – Breathe No More
13 – My Immortal
14 – Your Star
15 – Whisper
16 – Disappear
17 – Call Me When You’re Sober
18 – Imaginary
19 – Bring Me to Life
20 – Dirty Diana

A apresentação provou que, mesmo com mais de 20 anos de carreira e pouca frequência de lançamentos, o Evanescence ainda se faz relevante e mantém sua essência. Porém, a execução do setlist me pareceu como se estivesse no modo automático e muito parecida com performances já realizadas e que podem ser encontradas em vídeos na internet. Ficou também a curiosidade sobre a tendência que a banda seguirá num próximo álbum, já que diversas bandas da mesma época estão mudando cada vez mais sua sonoridade, como é o caso do Coldplay, Paramore e Linkin Park.

A turnê do Evanescence pelo Brasil segue agora para o Rio de Janeiro (22/4) e São Paulo (23/4). E nós vamos entrevistar a banda no Rio! Acompanhe os bastidores pelas nossas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook.

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