Inspirada em sua trajetória pessoal e musical, a cantora Pitty liberou hoje (26/04) seu sexto álbum, “Matriz”.
“Metaforizando, é como a história de uma blueswoman que sai da plantação de algodão, bota a viola no saco e vai tentar a vida na cidade grande. É uma espécie de retorno de um autoexílio estético e cultural, e isso somente é possível hoje por vários motivos”, explica a cantora sobre o lançamento.
O disco é o sexto de Pitty por causa de “Agridoce”, lançado em parceria com Martin Mendonça, em 2011.
Gravado em três cidades — São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador —, o álbum “Matriz” é composto por 13 faixas e diversas participações especiais. Entre as músicas, estão: “Noite inteira” feat. Lazzo Matumbi; “BaianaSystem (Roda)”; e “Sol Quadrado” feat. Larissa Luz e Lazzo.
Ouça o álbum:
Os feats do álbum “Matriz”
Querendo revisitar suas origens, a cantora baiana comentou, em depoimento, sobre os feats. O destaque foi para as duas participações de Lazzo no álbum “Matriz”.
“Lazzo é parte dessa Bahia fundamental, dessa pedra ancestral sobre a qual foi construída toda uma cultura. Apesar de termos sons e carreiras diferentes, nossa essência é parecida. Ele é luta, revolução, é o lado B da Bahia do qual eu sempre fiz parte e que me interessa mostrar”, disse.
“Da mesma forma outros artistas que também participam do disco me remetem à essa ‘baianidade’ visceral, que sempre foi a minha onda e que expresso através do rock. É como se eu encontrasse meus pares nessa caminhada de volta para casa”.
“A passagem do tempo nos distância do superficial e nos aproxima da essência. Essa nova cena que renovou o fluxo criativo da minha terra, fazendo com que artistas diferentes possam existir ali. Entre outras coisas mais subjetivas”, finalizou a artista.
Pitty na luta contra o machismo
Muito influente no universo musical, Pitty usa sua voz não apenas para cantar, mas também para lutar pela igualdade de gêneros.
Em entrevista ao Portal Tracklist em 2015, ela contou como se sente a respeito do movimento:
“Eu só me expresso, e procuro desconstruir essa forma de opressão e isso não é de hoje. Mas, de alguma forma agora as pessoas perceberam isso, e é bacana ter outras vozes e ouvir de outras mulheres como essa luta é importante”.