Primeira mulher trans negra a alcançar o topo do iTunes Brasil por cinco vezes, Danny Bond tem conquistado cada vez mais espaço no cenário pop brasileiro. Com seu jeito irreverente e sincero de rimar, a artista se prepara para dar início a uma nova fase da sua carreira, após rompimento com sua antiga empresária.
Em show esgotado no Festival do Orgulho em Brasília, a rapper conversou com o Tracklist e adiantou novidades que estão a caminho, incluindo parcerias e um novo álbum.
Entrevista com Danny Bond
Tracklist: Danny, não é sua primeira vez em Brasília. Você já fez vários shows aqui, alguns bem importantes. Como é sua relação com a Capital Federal?
Danny Bond: Ah, eu amo Brasília! Brasília tem um lugar bem especial no meu coração. Aqui sempre teve uma cena muito forte dentro da nossa comunidade, então eu sonhava em vir aqui e fazer shows em espaços como a Victoria Hous, por exemplo. Depois que vim a primeira vez voltei horrores, tô muito feliz de estar nessa cidade babado.
Você vive uma nova fase agora. Em 2022 nós tivemos o álbum “Caceteira” e depois apenas alguns singles soltos. Recentemente você lançou mais um, “Nutella” com Tonny Hyung e Rennan da Penha. Me fala sobre esse feat.
Isso! Eu estou aí com três feats na pista: “FUDER CHAPADA RMX” com a Kaya Conky e o S4TAN, “Grita Rave” com o Dornelles e agora “Nutella” com o Renan da Penha e a Tonny. Lancei essas parcerias de presente para os meus fãs enquanto eu preparo uma surpresa para breve.
Pode adiantar para a gente? Álbum, EP…
É algo que eles me pedem há algum tempo e que vai sair enquanto o disco não fica pronto. O que eu posso falar é que são relançamentos, versões novas por DJs… É de fato uma presente para quem me acompanha desde o início. Eu sumi recentemente, venho de um rompimento com a minha ex-empresária, algo que não foi fácil. Então, assim, tudo está nos eixos novamente.
E sobre esse álbum? Sai esse ano também?
É de fato um dos meus maiores projetos. Não sai esse ano, só ano que vem, mas é um álbum pop, com grandes parcerias, tudo que a galera me pede. Estou me preparando para vir grandona, entregar mesmo.
Nós acabamos de sair do mês do Orgulho LGBTQIAP+, um período muito importante para comunidade, mas muito complicado também. Como você se vê enquanto rapper dentro desse meio?
Eu percebo que o mercado mudou muito nesses últimos tempos. As coisas estão bem diferentes e estranhas. Fico feliz pelos espaços ocupados não só por mim, mas pelas minhas amigas também, mas, ainda não é como gostaríamos. Eu costumo ir me adaptando e se encaixando onde dá. O babado é não ficar parada.