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Os 20 melhores álbuns nacionais e internacionais de 2022

Veja a lista dos trabalhos selecionados pela equipe do Tracklist

“Jardineiros”, do Planet Hemp, e “Un Verano Sin Ti”, de Bad Bunny, estão na lista dos melhores álbuns de 2022, segundo o Tracklist. Foto: Divulgação

Por Anna Sabbatini e Gabriel Haguiô – Um ano de muitos lançamentos, retornos e surpresas para a música, 2022 chegou ao fim com muitos álbuns para ouvirmos e dissecarmos! Os últimos meses foram marcados por muitos sucessos e revelações. Pensando nisso, o Tracklist listou os 20 melhores álbuns de 2022, separando-o em duas listas: uma dos 10 melhores discos nacionais e outra, dos 10 melhores trabalhos internacionais. Confira!

Observação: a lista de melhores álbuns de 2022 foi definida a partir dos seguintes critérios: opinião dos redatores e da equipe do Tracklist; e opinião da crítica especializada. Nos especiais do Tracklist, foram selecionados materiais lançados de 1º de janeiro a 16 de dezembro de 2022.


OS 20 MELHORES ÁLBUNS DE 2022


Os 10 melhores álbuns internacionais


10º – “Midnights” – Taylor Swift

Provavelmente um dos lançamentos que mais geraram empolgação em 2022, Taylor Swift resolveu apresentar uma nova faceta em “Midnights“, sua criação mais recente e lançada em outubro. Se nos dois anos anteriores a cantora passou por uma imersão na música alternativa, desta vez, a proposta é bem diferente: um retorno ao pop, mas com grande influência do estilo quiet storm (uma mescla entre soft rock, pop e R&B) – músicas que podem, facilmente, se adequar a uma estação de rádio no meio da madrugada.

Mais um trabalho confessional de Taylor Swift, “Midnights” não tem uma carga emocional na composição como nos antecessores “folklore” e “evermore”, mas possui uma sequência de referências (e indiretas) de momentos emblemáticos da sua carreira nos últimos tempos. A prova disso são faixas como “Anti-Hero”, “You’re On Your Own, Kid”, “Karma” e “Vigilante Shit”.


9º – “Harry’s House” – Harry Styles

Desde o início de sua carreira solo, Harry Styles tem se estabelecido como uma das grandes estrelas da música, seguindo o seu próprio caminho. “Harry’s House”, um dos lançamentos mais populares do ano, soa como a consagração dessa trajetória, elevando o cantor ao topo de forma definitiva.

O álbum, lançado em maio, é uma celebração da música dos anos 80, que ganha um toque moderno na voz e no estilo de Harry, mas não apenas isso: a obra é o resultado da liberdade com a qual o cantor trabalha e busca inspiração. Com momentos dançantes, eufóricos e reconfortantes, “Harry’s House” é o disco que melhor captura a essência e a identidade artísticas de Harry Styles.


8º – “Dance Fever” – Florence + The Machine

Florence Welch sempre foi um dos nomes mais queridos na música alternativa, presenteando a indústria musical com álbuns de sucesso como “Lungs” e o eterno “Ceremonials”. No entanto, foi em “Dance Fever” que a cantora optou por adentrar no pop completamente – é claro, do seu jeito. O que para muitos soou como uma crise de identidade, Florence transformou em um estilo musical próprio.

Previsto para ser lançado em 2020, o disco precisou ser pausado durante a pandemia, o que pode ter sido a melhor decisão da cantora e sua banda, que contou com o apoio de Dave Bayley (Glass Animals) na produção. Mais enérgico e menos mitológico, “Dance Fever”, lançado em maio, tem uma dose de adrenalina necessária para essa fase da carreira de Florence, que há algum tempo não conseguia encontrar em seu próprio som algo que representasse seu momento musical.


7º – “Ivory” – Omar Apollo

Revelação do ano, Omar Apollo foi uma brisa refrescante em 2022 com o lançamento de “Ivory“, em abril. O cantor traz uma proposta de pop music diferenciada, mas que também remonta influências dos anos 2000.

A voz de Omar Apollo se encaixa perfeitamente com sua interpretação de R&B e lounge, visível em faixas como “No Good Reason” e “Killing Me”, além de uma balada suave como “Waiting on You”. Definitivamente é um artista que ainda tem bastante potencial, mas já tem ambição para trabalhos maduros como esse.


6º – “Crash” – Charli XCX

Charli XCX sempre foi uma das artistas mais inquietas da indústria, algo que refletia no experimentalismo das suas músicas. A busca por reimaginar o pop em seus próprios termos, porém, tornou-se a sua principal marca como artista, e dá vida a um dos melhores álbuns de 2022, lançado em março: “Crash”, um dos trabalhos mais ambiciosos de sua carreira.

O disco é um mergulho em diferentes leituras do pop pelos ouvidos de Charli, com canções grandiosas e viciantes como “Good Ones” e “Used To Know Me” e tantos outros arranjos feitos especialmente para os clubes. “Crash” é um retrato da criatividade e da autenticidade de uma das mentes mais ousadas da indústria, e uma celebração do pop em suas mais diversas formas.


5º – “SOS” – SZA

Há cinco anos, SZA surgiu na música como uma das mais empolgantes revelações do R&B. Seu disco de estreia, “Ctrl“, consagrou-se como um dos melhores trabalhos da década passada, e desde então, a indústria espera pelo seu retorno com enorme expectativa – uma espera que teve fim com um dos grandes lançamentos do ano, “SOS”.

Lançado em 9 de dezembro, o álbum nos apresenta à versão mais madura de SZA como cantora e, especialmente, como compositora. As músicas refletem sobre a solidão, a rejeição e a busca pelo amor próprio em versos tocantes e melodias únicas, o encontro que define perfeitamente um dos maiores talentos da geração.


4º – “MOTOMAMI” – Rosalía

Indubitavelmente, Rosalía revolucionou a forma que se consome música pop na internet com o lançamento, em março, de “MOTOMAMI“, o terceiro disco de sua carreira. Quatro anos após o sucesso estrondoso do single “Malamente”, que a colocou no radar de artistas hispânicos para ficar de olho, a cantora surgiu com dezesseis faixas inéditas no novo trabalho.

O sucesso de Rosalía está relacionado não somente com a qualidade de suas produções e um diferencial na música pop, mas também na relação de suas músicas e a proporção que elas tomaram nas redes sociais, além da forma carismática que ela se relaciona com seus fãs e se diverte fazendo música. De memes a experiências de shows ao vivo no TikTok, não teve uma pessoa este ano que não dançou ao som de “SAOKO”, “BIZCOCHITO” e “CHICKEN TERIYAKI”.


3º – “Mr. Morale & The Big Steppers” – Kendrick Lamar

Ao longo de sua carreira, Kendrick Lamar construiu uma imagem de superioridade sobre os demais contemporâneos no rap. Com três discos que rapidamente se tornaram clássicos, o cantor assumiu o topo da indústria e, de lá, nunca mais saiu. Entretanto, o rapper não se preocupa em reafirmar o seu lugar ou gravar sucessos para se manter na mídia; Kendrick prefere versar sobre as próprias fraquezas, como uma maneira de se libertar, ao mesmo tempo que alimenta sua força criativa.

“Mr. Morale & The Big Steppers”, o seu primeiro lançamento em cinco anos, é uma profunda terapia para Lamar, contando aos ouvintes sobre os seus traumas pessoais e como eles o perseguem até hoje. O álbum, lançado em maio, é o registro mais transparente e introspectivo já gravado pelo rapper, expondo histórias vividas em sua família para refletir sobre o seu passado e o seu presente. Enquanto o cantor busca se despir da figura perfeita que criaram para si, o disco reforça a sua grandiosidade como um dos maiores artistas da história do rap.


2º – “Un Verano Sin Ti” – Bad Bunny

Um dos fenômenos globais da música nos últimos tempos, Bad Bunny alçou voos ainda maiores em 2022. O cantor porto-riquenho se tornou o artista mais escutado do mundo no ano, e com seu último e aclamado disco, firmou-se como a grande sensação não apenas do reggaeton, mas de toda a indústria.

“Un Verano Sin Ti”, o seu quarto álbum de estúdio e lançado em maio, é um trabalho que vai além dos números. Hits como “Moscow Mule”, “Me Porto Bonito”, “Tití Me Preguntó” e tantos outros destacam a força artística de Bad Bunny e sua facilidade em criar sucessos enquanto se reinventa. O disco não é só o maior lançamento da carreira do cantor, mas também uma verdadeira prova da força latino-americana na música internacional.


1º – “Renaissance” – Beyoncé

Sem dúvidas o maior nome do ano sempre que propõe uma novidade, Beyoncé provou mais uma vez que é capaz de fazer qualquer coisa. Dessa vez totalmente imersa no disco music, “Renaissance“, lançado em julho, é o sétimo álbum de estúdio da cantora, que optou por fugir das tendências que viralizam nas redes sociais – embora, por si só, seu trabalho já é viral naturalmente, visto em faixas como “Alien Superstar” e “Cuff It”, que podem definir bem a atmosfera do disco, além de “Break My Soul”, principal single.

Seis anos após o lançamento de “Lemonade“, um álbum marcado por sua composição confessional, desta vez a proposta de Beyoncé é remontar o melhor do gênero oitentista, mas fincando sua bandeira e personalizando com afrobeats e influências de house, algo que deixou o trabalho único e diferente dos demais. “Renaissance” tem como principal conceito é ser um refúgio das injustiças e mazelas que marcaram as discussões dos últimos anos, especialmente durante os anos de pandemia.


O que achou da lista? Concorda com a seleção dos melhores álbuns nacionais e internacionais de 2022? Acompanhe o Tracklist no TwitterInstagram e TikTok, e veja o nosso especial de fim de ano:

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