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Os 20 melhores álbuns nacionais e internacionais de 2022

Veja a lista dos trabalhos selecionados pela equipe do Tracklist

"Jardineiros", do Planet Hemp, e "Un Verano Sin Ti", de Bad Bunny, estão na lista dos melhores álbuns de 2022, segundo o Tracklist. Foto: Divulgação

Por Anna Sabbatini e Gabriel Haguiô – Um ano de muitos lançamentos, retornos e surpresas para a música, 2022 chegou ao fim com muitos álbuns para ouvirmos e dissecarmos! Os últimos meses foram marcados por muitos sucessos e revelações. Pensando nisso, o Tracklist listou os 20 melhores álbuns de 2022 em dois rankings: um dos 10 melhores discos nacionais e outro contendo os 10 melhores trabalhos internacionais. Confira!

Observação: a lista de melhores álbuns de 2022 foi definida a partir dos seguintes critérios: opinião dos redatores e da equipe do Tracklist; e opinião da crítica especializada. Nos especiais do Tracklist, foram selecionados materiais lançados de 1º de janeiro a 16 de dezembro de 2022.


OS 20 MELHORES ÁLBUNS DE 2022


Os 10 melhores álbuns nacionais de 2022


10º – “LADY LESTE” – Gloria Groove

Consolidando seu nome como uma das maiores artistas do pop brasileiro, Gloria Groove mostra que “não sabe brincar”. A cantora lançou seu segundo álbum, “LADY LESTE“, ainda no início do ano, o que por si só já era um indicativo de um novo patamar em sua carreira. Não a toa, em 2022, Gloria Groove foi parte do lineup de alguns dos maiores festivais de música do país, como o Lollapalooza e o Rock in Rio.

“LADY LESTE” é uma sequência de hits quase ininterrupta, sob medida para ninguém ficar parado. “Bonekinha”, “Leilão”, “A Queda”, “Vermelho” e “Fogo no Barraco” são algumas das faixas que qualquer pessoa é capaz de reconhecer em segundos quando começam a tocar. Outro grande destaque da produção foi a versatilidade da artista, que explorou diversos gêneros musicais, como o trap e o pagode.


9º – “Urucum” – Karol Conká

A trajetória de Karol Conká passou por grandes altos e baixos nos últimos anos. Após sua desastrosa participação no Big Brother Brasil em 2021, muitos se questionavam sobre quais seriam os próximos passos da cantora e seu futuro como artista – dúvida que tiveram fim com “Urucum”, lançado em março.

O trabalho retrata a cura e a superação pessoais de Karol, refletindo também sobre as suas experiências no reality show de diferentes maneiras. Com uma sonoridade enriquecida pelas mais diversas influências, “Urucum” é um dos álbuns mais intrigantes e completos do ano.


8º – “Numanice #2” – Ludmilla

Um dos lançamentos que mais marcaram o ano, “Numanice #2” foi lançado em janeiro de 2022 e colocou o nome de Ludmilla entre os artistas de mais qualidade na música popular brasileira. A cantora investiu em uma verdadeira experiência musical com o novo trabalho, levando um cenário de festa para lugares desde o Museu do Amanhã ao Palco Sunset do Rock in Rio, no Rio de Janeiro.

Lembrado por singles como “Maldivas”, “212” e “Maria Joana”, “Numanice #2” é um dos melhores álbuns do ano pela proposta carismática de reunir gêneros como o samba, o funk e o pagode em um só trabalho, evidenciando a melhor fase da carreira da artista.


7º – “Orgia” – Johnny Hooker

Marcado por seu estilo irreverente e que remonta a estética glam rock anos 80, “Orgia” surge na discografia de Johnny Hooker após cinco anos sem um álbum novo.

Neste trabalho, Hooker abre espaço para mais influências do brega pop (o que diferencia de seu trabalho mais alternativo e voltado para MPB), entregando hits como “Amante de Aluguel” e “Nhac!” (com CHAMELEO). Embora cheio de sofrência, é uma das obras mais divertidas do ano – além de bem composta.


6º – “Mil Coisas Invisíveis” – Tim Bernardes

Há alguns anos, Tim Bernardes decidiu se arriscar em carreira solo com o lançamento de “Recomeçar“, e desde então, o líder d’O Terno tem amadurecido em cada aspecto de sua arte. O cantor se tornou não apenas uma das vozes mais poderosas da música nacional, mas também se estabeleceu como um dos melhores compositores da atualidade.

“Mil Coisas Invisíveis”, o seu segundo lançamento solo, é a continuidade de seu crescimento artístico e pessoal. O disco reafirma o talento de Tim em criar narrativas e cantar sobre a vida, os relacionamentos e as emoções de forma reconfortante, encantadora e, acima de tudo, especial.


5º – “Gêmeos” – Terno Rei

Em 2019, o Terno Rei se tornou a grande sensação da música alternativa brasileira com “Violeta“, disco que elevou a banda a um patamar inédito em sua carreira. Depois de três anos, o sucessor, “Gêmeos”, foi lançado cercado de expectativas inéditas para os paulistanos, mas que foram superadas pelas novas canções.

O disco é uma reafirmação do grupo como um dos maiores nomes da nova geração, com um pop rock autêntico que dá vida a novos sucessos, como “Esperando Você” e “Dias da Juventude”. “Gêmeos” é um mergulho melancolicamente alegre na nostalgia da memória – tanto da trajetória da banda nos últimos anos, quanto dos amores, das saudades e das experiências que inspiraram o álbum.


4º – “FÚRIA” – Urias

Definido como um álbum de libertação, “FÚRIA“, de Urias, é um marco importante na comunidade LGBTQIAP+ nos últimos anos. O primeiro disco da cantora, lançado em janeiro, foi um dos mais aguardados para 2022, e, não à toa, foi o primeiro disco de uma cantora negra transexual a alcançar o topo do iTunes Brasil.

Dividido em duas partes, “FÚRIA” é um álbum que explora gêneros como o reggaeton e R&B, com 13 faixas inéditas e colaborações com Monna Brutal, Ebony e Hodari.


3º – “O Dono do Lugar” – Djonga

Mantendo seu espaço dentre os lançamentos mais esperados de ano, “O Dono do Lugar“, de Djonga, é mais um material de qualidade na discografia do rapper. Intenso como seus antecessores, desta vez, a suspeita desse trabalho, lançado em outubro, é que ele seria o último álbum do artista por um tempo.

“O Dono do Lugar” mantém, principalmente, o debate racial que o rapper propõe na maioria da sua discografia. Além de “tôbem”, “dom quixote” e “a cor púrpura”, o conceito do álbum pode ser encontrado especialmente na faixa “conversa com uma menina branca”, que marca a composição quase como um relato pessoal.


2º – “Jardineiros” – Planet Hemp

Tá tudo muito louco, ou eu é que tô muito louco?” Definitivamente, o novo álbum do Planet Hemp foi uma das surpresas mais agradáveis do ano. Após um show catártico no Lollapalooza 2022, substituindo o Foo Fighters, a nostalgia dos palcos parece ter acalentado o coração de Marcelo D2, BNegão e cia.

A prova disso é o retorno da banda em “Jardineiros“, álbum lançado após mais de 20 anos de hiato. Planet Hemp, que marca como um dos maiores nomes da cena do punk rock brasileiro, atualizou o próprio som sem deixar suas raízes de lado, trazendo parceiras como Criolo e Tropkillaz.


1º – “QVVJFA?” – Baco Exu do Blues

Um dos álbuns mais falados do ano, “Quantas Vezes Você Já Foi Amado?” bateu recordes de streams nas primeiras horas de lançamento e, recentemente, foi indicado ao Grammy Latino nas categorias de língua portuguesa.

“QVVJFA?” possui alguns dos relatos mais profundos e íntimos de Baco Exu do Blues, que vão desde racismo, desilusões amorosas e intolerância religiosa. Um trabalho profundo e que atingiu o topo da nossa lista de melhores álbuns nacionais de 2022.

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