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Entrevista: Luísa Sonza revela detalhes da era “Escândalo Íntimo”

No papo, cantora traz informações de faixas ocultas do projeto

Luísa Sonza para a Escândalo Íntimo Tour em Brasília | Foto: Divulgação
Luísa Sonza para a Escândalo Íntimo Tour em Brasília | Foto: Divulgação

Atualmente rodando o Brasil com turnê “Escândalo Íntimo, no último sábado (20) foi a vez de Brasília receber o show da cantora gaúcha Luísa Sonza. Realizado no Ginásio Nilson Nelson, o espetáculo celebrou o disco lançado em agosto do ano passado.

Em entrevista exclusiva para o Tracklist, Luísa Sonza falou um pouco como tem sido a era “Escândalo Íntimo”, além de comentar sobre as faixas ocultas do projeto que serão liberadas em breve.

Entrevista com Luísa Sonza sobre a era “Escândalo Íntimo”

Tracklist: Luísa, musicalmente falando, 2023 foi um ano incrível pra você. Inúmeros recordes com essa era, coreografias aclamadas, grandes festivais como o The Town. Tem algo que te marcou muito e que você não vai esquecer tão cedo?
Luísa Sonza: Nossa, teve bastante coisa em especial! Acho que a música “Chico” para mim foi muito marcante. Tive a oportunidade de acessar outros públicos que antes eu não acessava. Cantei ela com o Roberto Carlos, sabe o que é Chico Buarque gostar da música? Pessoas que são mais que nossos ídolos, que são ídolos do Brasil, sair desse lugar que as pessoas dizem que pop não era capaz de acessar. Isso marcou muito meu 2023.



O álbum “Escândalo Íntimo” bateu meio bilhão de streams em menos de 4 meses. Você esperava esses números em tão pouco tempo? Como você se sente com eles?
É tão bom ouvir isso de um disco brasileiro, né? Fico extremamente feliz. Quando fiz esse disco eu estava com medo, até por ter buscado referências minhas, coisas individuais. Já havia feito um pouco disso no “DOCE 22”, mas era pop, bastante pop. Uma vibe colorida, mais comercial… No “Escândalo” eu optei ir para uma fazenda, pegar aquela menina do interior e contar minha história com rock, bossa nova, coisas diferentes mesmo.

Claro que ainda temos pop no disco de agora, como “Dona Aranha” mesmo, que é uma faixa em inglês e espanhol, mas ainda assim é cheia de nuances. Ter essa resposta positiva é gratificante e me liberta mais ainda artisticamente para ir para onde eu quiser, buscar coisas novas, sejam elas pop, MPB, rock, sertanejo, etc.

Ainda faltam quatro faixas para serem lançadas. O que você pode falar delas? Eu, particularmente, sou viciado em “La Muerte”, foi uma das faixas que mais ouvi no último mês. Uma letra em espanhol em um pagodão baiano. As outras são diversas assim?
Cara, sim! “La Muerte” é house com um pagode baiano no meio, ainda tem os versos da Tokisha, é uma mistura engraçada e muito legal. Eu como boa cantora de casamento que sou gosto muito de fazer isso, misturo tudo. As quatro faixas que faltam seguem essa linha, são misturas, brinco do A ao Zinco, como costumo dizer.

“Bêbada Favorita” estou muito ansiosa para lançar. É um feat com a Maiara e a Maraísa, é cômica, a galera acha que é um sertanejo, mas vou surpreender. Tem com o Kayblack em “Sagrado Profano”, ele arregaçou nos versos dele, e tem “You Don’t Know Me” que é uma grande surpresa e logo vocês vão saber o porquê. É uma honra fazer essa música. Tem também “O amor tem dessas”… Muitas surpresas. Falta o curta-metragem que ainda não foi lançado, muito ansiosa para tudo isso sair.

Luísa, assisti ao seu documentário e uma das coisas que me chamou bastante atenção foi a questão de turnê. Lá mostra a exaustão que foi a “Doce 22 Tour”. O que mudou desse processo agora para a “Escândalo Íntimo Tour”?
Eu diminuí muito a quantidade, isso torna o show mais especial e eu consigo fazer um show mais longo, consigo me dedicar ao público e a minha saúde física e mental. Essa rotina realmente desgasta, é uma entrega de energia muito grande. Eu, particularmente, amo fazer shows e é difícil desapegar, a gente sempre quer mais e mais, mas acabou que isso não se tornou saudável para mim e na real não é saudável para ninguém. Um exemplo atual foi a Madonna, que trocou o nome de uma cidade pela outra. Isso não é falta de carinho, mas às vezes é a exaustão que te faz perder a realidade. Reduzi tudo bem menos pela metade. Na turnê do “Doce 22” eu fiz 140 shows, você entende?

Caraca! Bastante show!
Com a quantidade menor eu consigo entregar mais disposição, fazer tudo com calma, fazer algo especial para cada show, investir em estrutura como essa que é a mesma do The Town… Está tudo mais leve! Consigo sorrir, me divertir e trocar bem com cada público.




Para finalizarmos, sei que é cedo, mas você já começou a trabalhar no sucessor de “Escândalo Íntimo”? O que vem aí em 2024? Tem Lollapalooza, Rock in Rio…
Tem bastante coisa pra fazer! (risos) Eu fiz o setlist do Lollapalooza, tem o resto do álbum para lançar e tem a faixa “Não sirvo”, com o Matheus e Kauan, que acabou de sair. Há alguns feats que eu não posso falar… Tem internacional. Vou continuar com shows, Rock in Rio, Rock in Rio Lisboa, Lollapalooza… Vou me dedicar muito nessa área de shows esse ano.