Leigh-Anne, integrante do girl group britânico Little Mix, lançou nesta quinta-feira (13) seu novo documentário, ‘Leigh-Anne: Race, Pop & Power‘, no streaming da BBC, do Reino Unido.
Nos 59 minutos de filme, a cantora aborda o racismo sistemático presente na indústria da música e como isso a afetou, sendo ela a única integrante negra do Little Mix. Ela conversa sobre o assunto com algumas artistas convidadas, como Alexandra Burke e Keisha Buchanan, além também da amiga e companheira de grupo, Jade Thirlwall
“Eu queria falar sobre racismo, mas sabia que o colorismo é um assunto tão grande que definitivamente não é falado o suficiente. Eu queria trazê-lo à luz e falar sobre ele em uma mídia aberta”, disse Leigh em entrevista a BBC Three.
O longa possui um tema central de extrema relevância para todos e mostra o problema do ponto de vista da própria artista. Confira por quê você deveria assistir ao documentário:
3 motivos para assistir ao documentário de Leigh-Anne
1. A discussão sobre questões raciais na música
Leigh começa a abordar o assunto compartilhando uma lembrança de infância, da primeira vez que sofreu racismo. “Eu fiquei devastada. Nunca tinham me feito sentir como se eu não pertencesse. Nunca mais fizeram com que eu me sentisse dessa forma, até minha vida mudar completamente uma década depois.”, ela contou.
A cantora abriu o coração e foi muito honesta dizendo que muitas vezes se sentiu ignorada ou tratada de forma diferente que suas colegas de banda, devido a cor da sua pele. “Era algo que eu não conseguia explicar e não dava para fingir que não estava acontecendo.”, desabafa.
Durante os protestos Black Lives Matter que aconteceram em 2020 em protesto ao assassinato de George Floyd, Leigh usou sua plataforma para chamar atenção ao assunto. Ela destacou ainda que sente a responsabilidade de usar sua voz para combater o racismo, principalmente tendo uma fan base predominantemente branca.
Além de se posicionar apenas na redes sociais, a cantora foi para as ruas e passou a buscar diferentes ferramentas para dar mais força a causa.
O maior objetivo da produção é descobrir o que fazer para combater o racismo, além de entender o colorismo e a diferença de tratamento com pessoas negras na indústria musical. Leigh diz que espera que o combate ao racismo deixe de ser apenas uma conversa e passe a ser visto nas atitudes das pessoas.
2. O carinho pelo Brasil
Leigh-Anne demonstrou um carinho especial pelos fãs brasileiros durante o documentário. O Little Mix se apresentou pela primeira vez no país em março de 2020, no festival GRLS, em São Paulo. Segundo a própria cantora, foi um show muito marcante para ela.
A britânica conta emocionada que ficou encantada ao ver tantas pessoas negras na plateia e como todos gritavam seu nome, demonstrando tanto amor por ela. “Eu nunca tinha sentido aquele amor. Nunca me senti tão aceita!”, declarou.
Leigh acrescentou ainda que a partir daquele momento, ela começou a perceber o impacto que a cor de sua pele tem na maneira como ela se sente.
3. Bastidores do Little Mix
O documentário traz também alguns rápidos momentos de backstage do girl group. Por exemplo, alguns dos preparativos para o photoshoot do mais recente álbum das meninas, ‘Confetti‘. No início, elas aparecem cobertas em glitter para fotografar.
Além desse, um dos momentos preferidos dos mixers mostrado no documentário é o momento de composição da música ‘Heartbreak Anthem‘. Na ocasião, Leigh, Jade e Perrie estavam reunidas e trabalhando através de uma chamada de vídeo, devido a pandemia.
A música ainda não foi lançada, entretanto, parece estar próxima de um lançamento, já que as meninas vêm compartilhando pistas nas redes sociais.
As três integrantes, como sempre, se mostram muito unidas e valorizam muito a amizade que construíram ao longo dos anos de carreira.
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