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Entrevista: Alessia Cara fala sobre seu novo álbum

A cantora Alessia Caracciolo, ou apenas Alessia Cara, começou sua carreira em 2011 cercada de quatro paredes cor de rosa, cantando covers e escrevendo músicas para desabafar seus sentimentos. Algum tempo e postagens no YouTube depois, a canadense já tinha hits na Billboard Hot 100, um Grammy e muitos fãs.

A voz marcante e composições tocantes, que apresentam de forma poética sentimentos e situações que muitas pessoas se identificam com facilidade, faz com que Alessia seja um dos nomes de grande destaque do cenário musical atual.

Foto: Shervin Lainez

A garota tem em seu leque artístico um legado impressionantemente diversificado, ainda mais levando em consideração sua pouca idade. Seus trabalhos passeiam pelo pop, indie, rock e até por trilhas sonoras de filmes infantis.

Trajetória de Alessia

Depois que seu cover da música Sweater Weather viralizou em 2013, Alessia rapidamente assinou contrato com a gravadora EP Entertainment. Seu primeiro single “Here” foi lançado em abril de 2015, garantindo para Cara sua primeira entrada no Top 10 da Billboard Hot 100.

Seu primeiro EP, “Four Pink Walls“, foi aclamado pelo publico e pela critica, garantindo uma nota 74 no Metacritic. No mesmo ano, Alessia nos presenteou com seu primeiro álbum de estúdio, “Know-It-All“, que conta com 10 faixas, incluindo o grande hit Scars to your beatiful“, um hino sobre amor próprio e a valorização da beleza única de cada pessoa.

O segundo álbum foi lançado em 2018. Em “The Pains of Growing” Alessia nos mostra um pouco sobre o amadurecimento e todas as confusões de entrar na fase adulta.

Abrindo sua terceira era, Alessia lançou dois singles, “Shapeshifter” e “Sweet Dream“, que contam com uma estética diferente de tudo apresentado por ela até então. Com muitas cores, mensagens escondidas e fotografia impecável, o AC3 está vindo com tudo.

E para falar um pouco sobre esse momento de sua carreira, Alessia conversou com o Portal Tracklist. Confira!

Entrevista com Alessia Cara

Tenho que começar falando sobre “Shapeshifter” e “Sweet Dream”, as músicas estão incríveis. Sério, você nunca erra.

Muito obrigada, sério de verdade.

Quero falar especificamente sobre os easter eggs. A gente tem visto vários espalhados nos seus novos clipes, como “In the mean time”, o “Kaboom” na geladeira e vários outros. Você pode nos iluminar sobre esse assunto?

Ótima pergunta, fico feliz que você tenha notado alguns. “kaboom” uma referência ao clipe de “Shapeshifter”, do clipe de suíte também tem referência a “Shapeshifter”. Mas, também no clipe de “Sweet dream” tem um mobile no teto, que fica girando com várias coisas penduradas, cada uma daqueles objetos é referência a diferentes músicas do álbum, músicas que ainda não foram lançadas. Tem o terno de “The pains of growing”

Tem “Four pink walls” também!

Sim, exatamente!

Tem “Sleep Sheep” escrito em Latim, não é? Em referência a “Sweet dream”, né?

Sim!

Eu estou muito animada com todos os easter eggs, eu fico olhando os detalhes quase ficando paranoica já.

Isso é incrível, muito obrigada! Essa é a intenção, deixar as pessoas animadas.

E você já disse que o álbum vai ser sobre dualidade, e que terá umas 17, 18 músicas. As músicas já estão escolhidas?

Sim, as músicas estão escolhidas, o álbum está praticamente pronto. Estamos na fase de produção, colocando tudo junto e ajeitando todos os detalhes. Vai ser um álbum longo, mas estou muito animada com ele.

A dualidade no álbum é sobre passar de uma fase ruim para uma fase melhor. Eu tenho notado e você anda usando roupas e maquiagens mais coloridas. Isso tem a ver com estar melhor com a sua saúde mental ou apenas algo de amadurecimento?

Excelente pergunta. Eu acho que eu estou muito mais feliz nesse momento, e este ano nos ensinou o quão curta a vida é, curta demais para não tentarmos novas coisas. Então, eu acho que eu estou me dando mais liberdade, se eu gosto de brincos esquisitos, eu irei usar. Se quero usar uma maquiagem mais colorida, irei usar. Mas também sinto que todo esse álbum tem uma vibe meio sonhadora, cores e surrealismo, é um mundo dos sonhos. Quero refletir isso nas minhas roupas.

Eu estou amando! Eu também ouvi que você fez umas 40 músicas para esse álbum e que queria lançar todas. Então, talvez tenha um side B ou deluxe do AC3?

Sim, eu definitivamente quero lançar essas músicas todas em algum momento, talvez em outro projeto. Eu gosto muito de várias delas, só que elas não combinavam com este algo em específico.

E você também tem vários outros projetos bem legais saindo, como músicas para o filme “Patrulha Canina”, com o Metallica e a trilha de “Blade Runner”. Garota, você descansa?

Não, eu não descanso nem um pouquinho. Este projeto estão todos bem diferentes, são vibes diferentes, parece que foram feitos por pessoas diferentes. E sei lá, eles me pediram para participar e eu achei interessante. Eu sinto que é sempre bacana me desafiar, tentar coisas novas. Seja uma música de rock com o Metallica, ou a música para o desenho infantil, como da “Patrulha Canina”. Então, todos os projetos para muitos divertidos, até o do “Blade Runner”, eu escrevi música tema.

A gente tem que falar sobre o Brasil, porque eu tenho certeza de que você é parte brasileira. É muito fofo quando você canta bossa nova. Como você aprende as músicas em português?

Eu não sei se eu canto direito, mas eu me esforço para pronunciar as palavras corretamente, porque eu quero cantar junto. Então eu tenho que aprender, aí eu tento imitar o que o cantor está fazendo e ajeitar o meu sotaque, mas nem sei o que estou falando a maioria das vezes.

Mas você sabe falar algumas coisas em português, quem é que te ensina?

Eu tenho uma amiga chamada Luana, estávamos em turnê juntas em 2019, então ela tentava me ensinar algumas coisas. Não sou muito boa, mas eu tento bastante. Sei falar ” Oi, eu sou brasileira e falo português” e também “juízo na cabeça”.

E você está planejando vir para o Brasil? Porque eu sei que você tinha esses planos de vir antes da pandemia começar.

Eu sempre quis ir ao Brasil, eu tenho planejado ir aí durante os últimos quatro anos, mas ainda não aconteceu. Espero que assim que as viagens estejam liberadas novamente, eu consiga ir aí. É meu sonho ir ao Brasil, eu tenho muitos fãs brasileiros, as minhas maiores fan accounts são brasileiras. Eu preciso muito ir aí e ver todos eles.

Sim, por favor venha. E agora um bate-bola rápido! Qual o seu “filho” favorito: “Know it all” ou “The pains of growing”?

Ah meu Deus, isso é muito difícil! Eles são muito diferentes um do outro. Talvez “The pains of growing”, porque eu o escrevi sozinha e é um álbum muito especial para mim, mas o “Know it all” também é.

Uma música que você não se importaria de nunca mais tocar.

Eu acho que tenho a resposta que os fãs vão gostar de ouvir, a música que eles ficariam de boa se eu nunca mais tocasse, e é a música do filme “Moana” (“How Far I’ll Go”). Eles fazem questão de falar se não querem mais essa música no setlist, porque eu canto ela muito tempo, então provavelmente é essa porque eles ficam bravos comigo toda vez. Mas eles têm que lidar com isso, desculpa.

Você prefere o “Cuddle Buddy” ou “Sunny”?

Cara, você é boa com as perguntas. Eu vou ter que dizer “Cuddle Buddy”, porque ele foi nosso primeiro companheiro de turnê, então ele é o original. Mas, eu amo o “Sunny” também. Os fãs não gostam do “Sunny”.

Você pode mandar um recado para os seus fãs brasileiros?

Todos vocês são maravilhosos, muito obrigada! Eu amo vocês, mal posso esperar para visitar o Brasil, para poder ver todos vocês em breve. Quero fazer um show aí, mas até lá, por favor esperem por mim.

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