Por Luciana Lino, Nina Dacier e Silvana Sousa — A primeira vista, Ed Sheeran não tem o que você espera de uma atração headliner de um grande festival: megaestrutura, dançarinos, banda ou pirotecnias. Entretanto, talvez o trunfo — e o diferencial — do cantor inglês esteja aí. Com nada menos que voz e violão, Ed Sheeran provou com sua apresentação no Rock in Rio 2024 que o menos pode ser mais.
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A apresentação, que começou com um solo de “Castle on the Hill”, seguiu com “Shivers” e “The a Team”, trouxe uma pegada quase artesanal — o que não surpreende quem é fã do cantor, porém pode pegar desprevenido aqueles que conhecem apenas sua versão mais comercial.
No palco, Sheeran controla toda a sua apresentação, que é construída ao vivo por meio de camadas gravadas, o que só amplifica a dimensão do talento vocal e instrumentista dela. A sensação é de que você poderia estar escutando aquela mesma apresentação em pub — justamente onde ele começou sua carreira. Inclusive, essa foi a sensação descrita pelo próprio cantor ao tocar “18”, a diferença é que ele fez isso para pouco mais de 100 mil pessoas.
Ed Sheeran no Rock in Rio 2024: talento e carisma e retorno programado
Comunicativo e carismático, Ed sabe como manter o público imerso em seus shows, mas na apresentação desta noite ele conseguiu arrebatar a plateia apenas na segunda metade da apresentação, quando vieram hits como “Photograph”, “Thinking Out Loud” e “Give me Love”.
Aliás, Showman é uma palavra boa para descrevê-lo. Durante todo o espetáculo, Sheeran brincou com a plateia, pediu para cantarem mais alto, percorreu o palco e tudo isso sempre voltando a tempo para onde controla a música — a sua entrega é seu ponto alto, talento e nada mais.
O artista também aproveita todas as oportunidades que teve para agradecer ao público brasileiro pela oportunidade, garantiu que volta com sua tour em breve e entregou tudo do que se espera de um hitmaker como ele.