O início da quarentena exigiu que o universo musical renovasse a maneira de divulgar singles e álbuns. No entanto, Mike Shinoda decidiu elevar isso há um novo patamar quando iniciou os trabalhos de “Dropped Frames”.
Lançando nesta sexta-feira (10), o primeiro volume do álbum foi completamente produzido no Twitch e, o mais surpreendente, com auxílio de fãs.
Confira!
“Dropped Frames”: um vislumbre em um mundo de incertezas
O surto do coronavírus ao redor do mundo exigiu que as pessoas realizassem isolamento social, o que ocasionou uma série de impactos. Analisando esse cenário, Mike Shinoda sentou em frente a uma câmera e deu início há um projeto totalmente inovador.
Composto por 10 faixas, o primeiro volume de “Dropped Frames” marca uma colaboração nunca vista antes. Em outras palavras, o disco não só foi produzido a partir da opinião e dos feedbacks dos fãs, como também traz os vocais de alguns deles.
As barreiras entre artista e público não foram as únicas quebradas com a produção! Assim, é válido citar que o músico se inspirou em diferentes épocas e estilos, criando um álbum que prestigia tanto o rock clássico dos anos 70, quanto as envolventes batidas latinas.
“Dropped Frames” nada mais é que um registro relaxado e alegre criado em um mundo sombrio e repleto de incertezas. O álbum visa mostrar que mesmo longe podemos estar perto, infelizmente não com abraços e beijos, mas em uma “realidade” que é capaz de aproximar até quem nunca se viu pessoalmente.
Mike Shinoda fala sobre a importância da produção
Sem dúvidas, o novo projeto de Mike Shinoda marcou o início de uma nova era na indústria musical. Entretanto, o objetivo primordial do cantor quando iniciou as lives nunca foi lançar um álbum!
“Todo dia eu ia ao estúdio e fazia coisas diferentes. Em certa altura, percebi que só precisava me conectar com as pessoas. Então liguei meu celular, fui ao vivo no Instagram e compartilhei uma sessão de composição com os fãs. Eles adoraram e o bate-papo foi muito divertido e vibrante, então eu fiz de novo”, comentou o músico para à Altpress.
A transação das transmissões do Instagram e do YouTube para o Twitch também é algo que deve ser destacado. No geral, as duas primeiras plataformas são muito mais populares, mas foi na segunda que o cantor se encontrou:
“No Twitch realmente não tem ninguém como eu. A maior parte dos jogadores é formada por artistas que desenham ou pintam. Depois há DJs e algumas pessoas tocando música ao vivo, mas a maioria está ‘dançando’ em cima das coisas ou tocando violão por cima de um álbum, não é algo que você pode fazer por horas a fio”, iniciou.
“Então, pensei que escrever uma música fosse algo que faço o dia todo, todos os dias e, de certa forma, acho que é um pouco mais divertido de assistir (…) Tento fazer coisas que tenham uma rápida reviravolta em termos de resultados (…) Queria poder me sentar e emitir alguns sons legais e escrever boas batidas, em duas ou três horas, você verá os resultados imediatamente após começar do nada”.