No final de julho, a banda Rammstein deu o que falar. Em passagem pela Rússia para realizar um show, a banda em um ato infringiu as leis anti-LGBT e chocou muita gente. Eles não foram os únicos: nos dias atuais, se levantar e defender os direitos LGBT é extremamente necessário, ainda mais quando se tem uma voz que pode influenciar muita gente.
Reunimos nesse post 4 artistas que foram contra as leias homofóbicas da Rússia, incluindo o próprio caso do Rammstein.
Rammstein
Em julho, a banda realizou um show em Moscou e chocou algumas pessoas. Em ato de se mostrarem totalmente contra as regras homofóbicas do país, instauradas por Vladimir Putin, dois de seus integrantes se beijaram.
Durante a música “Auslander”, os guitarristas Paul Landers e Richard Kruspe deram um beijo. Apesar do ato de resistência no país, não é a primeira vez que fazem isso em um show.
O momento foi capturado e postado no Instagram da banda, com os dizeres “Rússia, nós te amamos”, no alfabeto russo.
The 1975
Com datas pela Rússia também no fim de julho, a The 1975 não se silenciou durante a passagem pelo país. Antes de começarem a tocar “Loving Someone”, o vocalista Matty fez um discurso sobre o país e sua população. Além disso, durante a música, um fundo com a bandeira LGBT apareceu. Você pode conferir no vídeo abaixo.
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Lady Gaga
Em 2012, no auge da repressão à manifestações favoráveis ao movimento LGBT, Lady Gaga se expressou sem medo em um show. Por seu discurso e show, ela chegou a ser processada pelo governo no país, mas nada além.
Um deputado tentou barrar a entrada de jovens menores de 18 anos no show, mas falhou tanto nisso, quanto na sua ordem de prisão à cantora.
Em um dos shows, chegou a fazer um belo discurso. Assista abaixo:
E não parou por aí. Em 2013, ela se pronunciou em suas redes sociais quando as absurdas leis foram oficializadas na Rússia. “Enviando forças para os LGBTs na Rússia. O aumento do abuso do governo é arcaico. Jogar spray de pimenta em adolescentes? Bater? O governo da Rússia é um criminoso. A opressão irá se encontrar com a revolução. LGBTs russos vocês não estão sozinhos. Nós iremos lutar pela sua liberdade. Por quê não me prenderam quando tiveram a chance? Por quê não queria dar uma resposta para o mundo?”
Madonna
Algo parecido também aconteceu com Madonna em 2012, que poderia ser presa e foi processada. Em 2014, em um evento da Anistia Internacional ela se pronunciou mais abertamente sobre o ocorrido:
“Não é coincidência que eu estava em turnê mundial, e que fui fazer um show em Moscou em um período no qual as Pussy Riot estavam presas por organizarem uma apresentação de dois minutos de uma de suas canções em uma igreja. A música critica o presidente Vladimir Putin e seu regime de intolerância contra a comunidade gay, a liberdade artística, a liberdade de expressão e aos direitos humanos em geral.
Eu fiquei chocada quando descobri isso, e resolvi falar abertamente a respeito quando estava no palco. Por isso, recebi ameaças de morte, e certamente meu número de seguranças teve que dobrar. Primeiro estivemos em São Petesburgo; meu show foi atacado e criticado pelo regime por ser um ‘show gay’ e por promover a homossexualidade… o que eu comecei a fazer.
Enfim, todas as pessoas trabalhando e performando no meu show, incluindo eu mesma, estávamos correndo risco de sermos presos por encorajar um “comportamento gay” no show, o que eu tenho que dizer não influenciou em nada já que não mudei um segundo da apresentação… e não fui presa.
Infelizmente eu fui processada em 1 milhão de reais por esse ato criminal e 87 fãs meus foram presos por “comportamento gay” – seja lá o que isso significa. “