Após 15 anos desde a última turnê no Brasil, o RBD retornou nesta quinta-feira (9/11) ao Rio de Janeiro com uma apresentação repleta de momentos marcantes para uma plateia fiel, que não apenas conhece, mas vive cada letra de seu repertório. Uma plateia que reforçou o motivo do DVD “RBD Live in Rio”, gravado no Maracanã em 2006, ser tão aclamado.
A noite no Estádio Nilton Santos contou com um coro ensurdecedor, característico do público brasileiro do RBD. O reencontro mostrou que a estreita conexão entre a banda e seus admiradores nunca se perdeu. O show marcou o início da etapa brasileira da “Soy Rebelde Tour” após uma longa temporada de apresentações nos Estados Unidos e, mais recentemente, na Colômbia.
Conexão simbólica
A interação entre o grupo e seus fãs é um espetáculo à parte: gritos de “eu te amo” ecoavam e eram prontamente respondidos com palavras afetuosas dos integrantes, criando um clima de intimidade com as milhares de pessoas presentes.
Os destaques individuais, como as performances de Christopher Uckermann em “Inalcanzable”, Christian Chávez em “I Wanna Be The Rain”, Dulce Maria com “No Pares, Maite Perroni em “Empezar Desde Cero” e Anahi em “Sálvame”, são partes muito ovacionadas do show, ao mesmo tempo que a banda explora a estrutura do palco, e até se eleva sob o público, como acontece na faixa de abertura “Trás de Mi”.
É difícil definir apenas um ponto alto da apresentação, já que todos os momentos causaram grande euforia e realização. Porém um dos grandes destaques, sem dúvidas, é o que traz o tão solicitado medley de baladas, que conta com “Una canción”, “A tu lado”, “Quizá” e “Adiós”. Essa parte havia sido retirada do espetáculo durante os shows nos EUA por não contar com grande empolgação do público no país. Aqui, o medley encontrou uma energia muito especial, resgatando a emoção e o entusiasmo.
Expressões necessárias
Ao trazer as cores do arco-íris da bandeira LGBTQI+, Christian Chávez
fez um discurso importante em português, promovendo a aceitação e combatendo o estigma.
Além disso, outro momento importante ocorreu com “Bésame Sin Miedo”, quando a câmera do palco busca beijos na plateia e permitiu que fosse refletido no telão a multiplicidade da sexualidade, através de vários beijos intensos.
Execução do repertório
Apesar da presença vibrante em palco, houve uma clara poupança vocal, especialmente por parte de Anahi, que chegou a ter o tímpano perfurado durante os ensaios da turnê. A preservação das vozes é possivelmente um cuidado para os próximos sete shows no Brasil.
Mesmo com os medleys cortando um pouco a empolgação de quem queria cantar as canções completas, o RBD conseguiu entreter completamente os seus fãs. O setlist foi uma verdadeira representação da jornada de sucesso do grupo, passando pelos maiores hits e encerrando com “Rebelde”, ao som de um coro memorável.
Confira o setlist completo:
- Tras de mí
- Un poco de tu amor
- Cerquita de ti
- Aún hay algo
- Otro día que va
- Así soy yo / Cuando el amor se acaba / Fuego
- Inalcanzable
- Medley: Tenerte y quererte / Me voy / Dame / Y no puedo olvidarte / Para olvidarte de mí
- Enséñame
- Qué hay detrás
- Medley: Quisiera ser / I Wanna Be the Rain
- Medley latino: Era la musica / Wanna Play / Cariño mío
- Celestial
- Bésame sin miedo
- Ser o parecer
- Medley: Futuro ex-novio / Qué fue del amor
- No pares
- Este corazón
- Siempre he estado aquí
- Empezar desde cero
- Medley baladas: Una canción / A tu lado / Quizá / Adiós
- Solo quédate en silencio
- Sálvame
- Nuestro amor
- Rebelde
A noite não foi apenas de mais um show do RBD no Brasil, mas sim de um reencontro tão esperado entre uma plateia dedicada e uma banda que marcou uma geração. Assim, o RBD proporcionou uma experiência repleta de emoção e que vai ser muito difícil sair da mente de todos os presentes.