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Miley Cyrus: as maiores reviravoltas de sua carreira musical

miley cyrus vma 2020

Na última sexta-feira (27/11), Miley Cyrus lançou seu novo álbum de estúdio, Plastic Hearts. O sétimo álbum da cantora é, mais uma vez, uma reinvenção na sua carreira.

A cantora, que teve seu início na Disney, passou por várias eras até chegar a sua atual, Plastic Hearts. Abaixo, citamos as reviravoltas que mais influenciaram sua carreira musical.

miley cyrus plastic hearts
Foto: Reprodução/Instagram

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Can’t Be Tamed e a emancipação da cantora

O álbum de 2010 de Miley marca sua separação da Disney. Quatro anos depois da estreia de Hannah Montana e após o lançamento de 2 álbuns, a cantora quis mostrar que não era sua personagem.

O álbum foi diferente de seus trabalhos anteriores, mais conservadores e nos moldes dos artistas da Disney.

Can’t Be Tamed, o primeiro e único single lançado nos Estados Unidos, já mostrava o que podíamos esperar.

Videoclipe de Can’t Be Tamed.

Na época, Miley chegou a falar para o site E! Online: “Não quero viver dentro de uma gaiola. Quero ser livre e fazer o que gosto”, e é exatamente o que a música e o clipe retratam.

No single, Miley canta versos como “eu não posso ser domada” e “eles tentam me mudar, mas percebem que eles não podem”.

Ela foi muito criticada pela suas atitudes e escolhas em Can’t Be Tamed. Devido ao sucesso de Hannah Montana, os pais das crianças fãs da cantora a viam como um “mau exemplo”.

O álbum não deixou a Disney muito feliz e isso refletiu na relação entre Miley e a empresa.

“Eu trabalhava para a rádio Disney na mesma época [do lançamento de Can’t Be Tamed] como Assistente Promocional. Eu não estou brincando quando digo que no DIA SEGUINTE que isso lançou, Disney nos fez cancelar TUDO que era conectado à Miley Cyrus. Sem tocar na rádio. Sem mencionar ela. NADA.”

Recentemente, a cantora falou numa entrevista ao Jimmy Fallon que se identifica até hoje com a mensagem da música.

Vídeo da entrevista de Miley no Jimmy Fallon.

Bangerz e a verdadeira Miley

Apesar de Can’t Be Tamed ter sido o primeiro passo, Bangerz foi onde Miley realmente se tornou livre para tomar suas próprias decisões artisticamente.

Talvez, com esse álbum, tenha sido a primeira vez que a cantora teve controle de sua imagem e sua música, e pudemos presenciar Miley se tornando ela mesma.

O álbum chocou muitas pessoas que ainda tinham a visão de Miley como Hannah Montana, mesmo ela tendo avisado que “não pode ser domada”. Nas letras do álbum, a cantora canta sobre o uso de várias drogas, como ecstasy e maconha.

Videoclipe de We Can’t Stop.

Foi aí que qualquer conexão de Miley com a Disney foi cortada. Zack O’Malley Greenbur, da Forbes, disse, na época “[os pais] nunca mais comprarão quaisquer produtos relacionados à Cyrus ou seu ex-alter-ego, a sensação adolescente Hannah Montana”.

A era Bangerz contou com vários momentos icônicos considerados como “redefinições culturais”. O clipe de Wrecking Ball, recentemente recriado na sua apresentação de Midnight Sky no VMA 2020, e sua apresentação na mesma premiação em 2013 são exemplos.

Apresentação de Miley no VMA 2013.

John Murphy, da revista MusicOMH, disse que a apresentação no VMA 2013 tornou-se “o evento sísmico que assegurou que nunca lembraremos de 2013 sem lembrar dela”. Mais tarde, a MTV elegeu Cyrus como a Artista do Ano.

Younger Now, a famosa “era Malibu”

Foram 4 anos de diferença entre o Bangerz e o Younger Now (contando com um álbum nesse meio tempo, Miley Cyrus & Her Dead Petz) e não podíamos esperar que Miley continuasse a mesma.

O álbum de 2017 também surpreendeu muito quem acompanhava Miley Cyrus. Não pelos mesmos motivos de Can’t Be Tamed e Bangerz, mas pela volta da cantora para uma era mais clean.

Videoclipe do single Malibu.

Sua era clean ficou marcada, também, por alguns acontecimentos de sua vida pessoal: a volta com Liam Hemsworth, sua decisão de parar de fumar maconha e o retorno para a música country.

Diante toda confusão causada na época, Miley disse à revista Harper’s Bazaar: “Eu só quero que as pessoas vejam que essa sou eu agora. Não estou dizendo que não vinha sendo eu mesma. É só que eu tenho sido muitas pessoas, porque eu mudo muito. Ouço muitos comentários do tipo ‘queremos a Miley de volta’, mas você não pode me dizer quem é essa. Eu estou bem aqui”.

Entretanto, talvez a Miley de 2020 não concordaria tanto com a Miley de 2017. Recentemente, a cantora disse que o período de Younger Now é o único momento na carreira dela que não faz sentido.

Vídeo de Miley falando sobre a era Malibu.

A cantora contou que “eu acho o que aconteceu ali, o que acontece com muitas pessoas e não é para transformar os parceiros em vilões, mas você se perde em alguém às vezes”.

Plastic Hearts: Miley Cyrus lança seu novo álbum

Apesar do terreno para Plastic Hearts ter sido preparado desde o EP She Is Coming, esse é provavelmente o lançamento mais autêntico de toda sua carreira.

Plastic Hearts vem depois de três acontecimentos importantes: a perda da sua casa em Malibu devido aos incêndios florestais que aconteceram em 2018, o seu divórcio com Liam e o falecimento de sua avó.

Apesar de todas as reviravoltas dadas durante sua carreira, Miley Cyrus nunca foi tão ela mesma quanto no seu novo álbum.

Videoclipe de Midnight Sky.

É muito clara a influência que o rock teve sobre o álbum e como a voz de Miley se encaixou perfeitamente nesse território até então inexplorado. A participação de grandes nomes da música como Billy Idol, Joan Jett e Stevie Nicks só reiteram a grandiosidade do projeto.

Cover de Zombie feito por Miley.

Após o lançamento, Miley disse em seu Instagram que nasceu para fazer o Plastic Hearts, e não há dúvidas que ele vai entrar para história como um dos álbuns mais importantes da sua carreira.

miley cyrus vma 2020
Foto: Reprodução

Você pode ouvir ao Plastic Hearts, novo álbum de Miley Cyrus, aqui.

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