Para os fãs de pop, rock, música alternativa e dos mais variados gêneros, se aproxima um dos grandes momentos do ano. O Lollapalooza chega à sua sétima e maior edição no Brasil com uma line-up impecavelmente escolhida a dedo, trazendo ao publico paulistano atrações de diferentes estilos e gostos para agitarem o festival ao longo dos (pela primeira vez) três dias.
Enquanto a boa música esperará mais uma semana para tomar conta do Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o Tracklist reuniu os 15 shows imperdíveis do evento para você ficar por dentro dos destaques da programação. Desde nomes de longa data, como Red Hot Chili Peppers, Pearl Jam e David Byrne, até grandes representantes da atual cena musical, como The Killers, Imagine Dragons e tantos outros, todos prometem muita energia e alguns dos momentos mais emblemáticos do show business nacional em 2018.
Confira a programação completa do Lollapalooza, que será realizado entre os dias 23 e 25 de março, por aqui.
23 DE MARÇO, SEXTA-FEIRA
RED HOT CHILI PEPPERS
PALCO BUDWEISER, 21:10-23:00
Pela primeira vez na capital paulista em cinco anos, o Red Hot Chili Peppers dispensa apresentações ao se aproximar de sua quarta década de carreira. Mesmo encarando diferentes adversidades ao longo dos últimos trabalhos, como a saída de John Frusciante e a conturbada recepção de Josh Kliffhoger na guitarra, a banda se manteve em alto nível e chega ao Lollapalooza como uma das mais importantes atrações de seu line-up.
É esperado que Anthony Kiedis e companhia repitam alguns dos melhores momentos de seu último show em território brasileiro, realizado há menos de seis meses no dia de encerramento do Rock In Rio, com novas surpresas em seu repertório. Com um repertório em constantes alterações, é sempre difícil prever o que os californianos trarão ou não para o palco, mas grandes hits como “Californication” e “Give It Away”, juntos à energia única grupo californiano ao vivo, serão mais que suficientes para agitar o Autódromo de Interlagos na primeira noite do festival.
LCD SOUNDSYSTEM
PALCO ONIX, 19:35-21:05
O LCD Soundsystem, projeto de dance rock criado por James Murphy, surgiu na década passada como um dos grandes fenômenos da cena alternativa norte-americana, status que manteve até um eventual rompimento em 2011, precedido por um icônico show lotado no Madison Square Garden registrado em áudio e em filme. Foram necessários cinco anos, entretanto, para o grupo voltar à forma e retornar aos palcos pelo mundo, caminho este que leva à edição nacional do Lollapalooza e seu público grandioso, mas ainda desfamiliarizado.
A banda volta ao Brasil em seu auge, impulsionada pelo recente lançamento de seu quarto trabalho de estúdio, “American Dream” (listado por aqui como um dos melhores álbuns internacionais de 2017). Mais do que uma das atrações principais, o LCD Soundsystem também promete trazer uma das mais únicas experiências do festival com suas performances catárticas e dançantes e alguns de seus maiores sucessos, como “Dance Yrself Clean” e “Daft Punk Is Playing At My House”. Talvez seu nome seja pouco conhecido por aqui, mas quem der uma chance para a discoteca ao ar livre de James Murphy definitivamente não se arrependerá.
CHANCE THE RAPPER
PALCO BUDWEISER, 18:30-19:30
Em uma indústria com artistas cada vez mais explorados pelas grandes gravadoras, Chance The Rapper foi um dos primeiros nomes a levantar a bandeira independente e conquistar seu próprio espaço com lançamentos em streaming — sendo o de maior destaque a mixtape “Coloring Book”, lançada em 2016. Hoje, o americano é uma das figuras mais importantes e influentes de seu gênero e ocupa o posto de uma das atrações principais da edição brasileira do Lollapalooza em 2018.
Conhecido principalmente por sucessos como “No Problem” e “I’m The One”, de DJ Khaled, o rapper deve levar as vertentes de sua mistura inteligente entre hip-hop e gospel para sua apresentação no Palco Budweiser, trazendo consigo grandes corais e os arranjos angelicais de praxe em suas canções. Entre tantas atrações diferentes de uma sexta-feira de abertura de festival, Chance The Rapper certamente é um dos nomes mais carismáticos e interessantes da programação para um público brasileiro que raramente tem esse tipo de contato com o rap americano.
ZARA LARSSON
PALCO AXE, 18:30-19:30
Em um cenário cada vez mais emergente, Zara Larsson tem se destacado entre os grandes nomes do pop nos últimos anos como uma de suas principais revelações, seja com seus trabalhos solo ou em parcerias com Clean Bandit ou David Guetta. Expandindo seu estilo pegajoso e moderno para diferentes cantos do mundo, a cantora vem ao Lollapalooza brasileiro sob o status de uma das figuras mais populares de seu gênero no país.
A sueca acumula uma grande base de fãs no Brasil desde as primeiras conquistas de sua carreira, o que deve aumentar ainda mais os ânimos para sua primeira apresentação por aqui. Espera-se que Zara conduza seu repertório com as faixas de seu projeto de estreia internacional, “So Good”, reforçando o show com hits absolutos como “Lush Life” e “Ain’t My Fault” e colaborações de sucesso como “Symphony”, “Never Forget You” e “Girls Like” que irão levar o público ao delírio em Interlagos.
ROYAL BLOOD
PALCO ONIX, 17:25-18:25
No atual cenário do rock, não é difícil enxergar os motivos que fizeram o Royal Blood se tornar um de seus grandes representantes em tão pouco tempo. O duo britânico formado pelo baixista Mike Kerr e o baterista Ben Thatcher rapidamente conquistaram o gênero com sua sonoridade suja e impactante, com a ajuda dos singles de sucesso “Figure It Out”, “Out Of The Black” e “Little Monster”, levando-os à diferentes cantos do mundo — incluindo o Brasil, onde se apresentaram em 2015 como uma das atrações do Rock In Rio — , seja em excursões solo ou em turnês conjuntas com nomes como Foo Fighters e Queens Of The Stone Age.
Em 2018, o grupo retorna ao país ainda mais consolidado pela chegada de seu segundo trabalho de estúdio, “How Did We Get So Dark?”, e um repertório ainda mais diverso para conquistar o público ao seu dispôr. Recursos são o que não faltam: a dupla já provou ser de imenso carisma, competência e controle de palco para transitar entre os momentos mais enérgicos e leves de sua apresentação, fatores que certamente devem consagrá-los como uma das gratas surpresas do festival.
24 DE MARÇO, SÁBADO
PEARL JAM
PALCO BUDWEISER, 21:00-23:15
Pioneiros do grunge nos anos 90 e um dos maiores nomes da história do rock, o Pearl Jam já provou inúmeras vezes que sempre há uma razão a mais para ansiar pelo seu retorno – e em sua primeira visita ao Brasil em três anos, não será diferente. A banda retorna ao Lollapalooza nacional como headliner pela segunda vez com o mesmo gás que há cinco anos atrás, porém, a iminência de um novo álbum de estúdio e o recente lançamento de um single inédito deve trazer grandes novidades ao último show do dia 24.
O grupo liderado pela voz inconfundível de Eddie Vedder promete levar os fãs ao delírio com seu espetáculo apoteótico, passando pelos maiores hits de sua carreira, como “Alive”, “Black” e “Even Flow”, e covers de algumas de suas grandes influências musicais, incluindo nomes como Pink Floyd, Van Halen e The Who. Há quem ache que assistir a banda ao vivo seja uma espécia de “mais do mesmo” — porém, acima de tudo, um pouco de Pearl Jam sempre vale (e muito) a pena.
IMAGINE DRAGONS
PALCO ONIX, 19:25-20:55
Com amor declarado ao Brasil, o Imagine Dragons retorna ao Lollapalooza paulistano depois de quatro anos. Agora como uma das atrações principais do evento, o grupo volta a se apresentar no palco onde, de acordo com seus próprios integrantes, fizeram “o melhor show de suas carreiras” em frente a um dos públicos mais fervorosos do mundo — e que, em 2018, promete estar muito maior e mais animado.
Em sua terceira passagem pelo país, o grupo esbanja um repertório fortalecido pelo lançamento de seu mais novo disco, “Evolve”, que traz sucessos instantâneos como “Believer”, “Thunder” e “Whatever It Takes” à uma setlist já repleta de hits que dispensam apresentações. O grupo deve passear pelos seus trabalhos ao longo de uma hora e meia de apresentação, incluindo performances grandiosas e momentos explosivos que certamente estarão entre os grandes destaques do festival.
THE NATIONAL
PALCO BUDWEISER, 18:20-19:20
Desde que surgiu na indústria musical, em um já longínquo 2001, o The National tem se estabelecido como um dos maiores representantes do cenário alternativo, sendo considerando atualmente um de seus veteranos. Em sua terceira passagem pelo Brasil, o grupo promete trazer sua força performática ao Palco Budweiser para aquele que promete ser um dos shows mais interessantes do Lollapalooza.
Quando o sol começar a se pôr no Autódromo de Interlagos, a banda terá aproximadamente uma hora para transmitir toda a sua energia ao público brasileiro — o que, para o quinteto de Ohio, não é algo tão complicado. Conhecidos por transformarem seus discos (muitas vezes frios e intimistas) em versões mais grandiosas no palco, desta vez Matt Berninger e companhia se apresentarão renovados pelo lançamento do soturno “Sleep Well Beast”, eleito por aqui como uma das maiores obras musicais do ano passado e não à toa: o trabalho é a perfeita representação de equilíbrio de um conjunto em impecável sintonia, o que, em uma programação com ícones como Pearl Jam e Imagine Dragons, deve ser mais que o suficiente para assegurar seu próprio espaço entre os principais momentos do festival.
DAVID BYRNE
PALCO ONIX, 17:15-18:15
Em um evento com diversos nomes emergentes da indústria, David Byrne é um dos poucos representantes da vanguarda musical na sétima edição do Lollapalooza brasileiro em um dos (senão o) mais influentes. O ex-líder do Talking Heads chega à São Paulo com um status de veterano diante ao restante da line-up e promete reunir gerações em um dos mais curiosos shows do festival.
Renovado pelo lançamento de seu primeiro trabalho de estúdio solo em 14 anos, o recém-disponibilizado “American Utopia”, o escocês deve misturar os grandes momentos da carreira em sua apresentação, indo desde os seus trabalhos individuais mais recentes até os maiores sucessos de sua antiga banda, como “This Must Be The Place” e “Once In A Lifetime” — ingredientes que, vindos do talento sonoro de Byrne, devem resultar em alguns dos momentos mais marcantes do Lollapalooza em 2018.
ANDERSON .PAAK
PALCO BUDWEISER, 16:10-17:10
Um dos primeiros nomes de sábado a subir no Palco Budweiser, Anderson .Paak chega ao Lollapalooza com fama de desconhecido pela maioria do público em um dia de Pearl Jam e Imagine Dragons. O status, contudo, não poderia ser mais injusto: o cantor é um dos nomes mais talentosos do atual R&B contemporâneo e sua vinda ao Brasil promete ser um grande cartão de boas-vindas à mistura de estilos promovida pela sua sonoridade.
Junto à sua banda de apoio, o The Free Nationals, o californiano prepara uma performance rica para o festival, com mesclas inovadoras e dinâmicas entre o hip-hop, o funk e o soul. Enquanto a maior parte de seu setlist deve ser preenchida por músicas de seu material de estreia, “Malibu”, a aproximação de seu especulado novo álbum de estúdio pode trazer um ar de novidades a um show que, em pleno território brasileiro, já abraça a novidade ao seu público.
25 DE MARÇO, DOMINGO
THE KILLERS
PALCO BUDWEISER, 21:00-22:30
Há quem diga que o The Killers foi uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido para o rock na virada do século. Frutos de uma geração que também consagrou nomes como The Strokes, Kings Of Leon e Franz Ferdinand, o grupo ajudou a manter o gênero respirando nos anos seguintes ao lado de seus contemporâneos e lentamente se tornou um de seus maiores representantes entre diferentes influências e seu charme ímpar.
Após estrelarem a line-up do Lollapalooza de 2013, a banda de Brandon Flowers retorna à São Paulo com seu repertório reforçado pelo lançamento de “Wonderful Wonderful”, aclamado novo disco que renova o fôlego do quarteto de Las Vegas, e uma reputação mais forte do que nunca. Encarregados por encerrar as atividades no festival em 2018, os americanos terão a árdua tarefa de proporcionar um final inesquecível ao evento — mas com músicas como “When You Were Young” e “Somebody Told Me” na manga, certamente não será muito difícil. E não precisamos nem contar que ouvir “Mr. Brightside” ao vivo é praticamente obrigatório a todos que estiverem em Interlagos no dia 25, né?
LANA DEL REY
PALCO ONIX, 19:25-20:55
Outro nome que retorna ao Brasil após anos é Lana Del Rey. Desde sua última passagem pelo país, a cantora já lançou três álbuns de estúdio e músicas como “West Coast” e “High By The Beach” — o que por si só, já são imensas novidades em relação àquela época e alguns dos grandes motivos para não perder a primeira apresentação da cantora no Lollapalooza nacional.
O lançamento mais recente da californiana, “Lust For Life”, chegou às lojas em julho do ano passado e foi rapidamente recebido pelos fãs como um de seus maiores trabalhos, incluindo diversas parcerias e canções monumentais como “Love” e sua faixa-título, que têm tudo para comandar o apaixonado público brasileiro junto à tantos outros sucessos que esperam para ser ouvidos desde 2013. Demorou, mas finalmente Lana Del Rey está voltando para nós.
LIAM GALLAGHER
PALCO BUDWEISER, 18:20-19:20
Não é todo dia que se tem a chance de ouvir um clássico do Oasis ao vivo performado por um Gallagher — e em menos de cinco meses, os fãs brasileiros tiveram duas. Após Noel se apresentar quatro vezes em São Paulo como atração de abertura para o U2 em outubro do ano passado, Liam Gallagher retorna à capital paulista em sua primeira visita individual como um dos nomes mais expressivos da line-up do Lollapalooza.
Junto aos grandes sucessos de sua antiga banda, o britânico vem ao país com o repertório baseado em seu álbum de estreia solo, “As You Were”, lançado em novembro. Além das poderosas canções de seu próprio trabalho, como “Wall Of Glass” e “Greedy Soul”, a setlist de Liam também passeia por alguns dos grandes sucessos de sua antiga banda, prometendo um show apaixonado e nostálgico tanto aos fãs mais novos quanto aos mais antigos de um dos grandes fenômenos do rock internacional.
KHALID
PALCO ONIX, 17:15-18:15
2017 marcou a ascensão de diferentes nomes dos mais variados estilos musicais no cenário mainstream. Entre eles, Khalid foi um dos grandes responsáveis por representar o crescimento comercial do R&B contemporâneo com o sucesso absoluto de “Location” e “Young Dumb & Broke”,hits que deve trazer para sua apresentação no Lollapalooza brasileiro em sua primeira visita ao país.
Aos 19 anos de idade, o texano lida com o status de estrela enquanto escreve sobre as complicações da adolescência em seus materiais solo — vide seu disco de estreia, “American Teen”, que serve como base para seu repertório ao vivo — e colabora com outros grandes ícones da indústria, como o Imagine Dragons (que também integra a line-up do festival), os DJs Calvin Harris e Marshmello e a cantora Normani Kordei, do Fifth Harmony. É esperado que seu show no Palco Onix reúna todos esses elementos e sirva como um reflexo de toda sua trajetória até então: a escalada de um jovem americano, tão vibrante e descompromissado quanto suas músicas, rumo ao topo da cena musical — e isso não poderia ser mais Lollapalooza.
THE NEIGHBOURHOOD
PALCO BUDWEISER, 16:10-17:10
O The Neighbourhood, um dos maiores grupos de indie rock da atualidade, recebeu grande destaque quando anunciado como parte da line-up da edição brasileira do Lollapalooza e não à toa: a banda, conhecida por explorar diferentes estilos em sua sonoridade, conta com uma enorme base de fãs pelo país em apenas sete anos de carreira e, depois de inúmeros pedidos e uma longa espera, finalmente se apresentará por aqui — e há quem diga que em sua melhor forma.
s californianos vêm ao Brasil para a divulgação de seu recém-lançado álbum de estúdio homônimo, que mescla vários dos elementos que popularizaram o quinteto mundo afora de maneira sutil e bem polida. Contudo, Jesse Rutherford e companhia não devem se esquecer de seus sucessos mais antigos, já que o show também atravessa hits grandiosos como “Sweather Weather”, “Daddy Issues” e ‘R.I.P. 2 My Youth” em sua setlist. Mas vale lembrar: uma apresentação do The Neighbourhood não apenas é uma amostra de alguns de seus melhores trabalhos, como também uma representação ao vivo do estilo preto e branco que tem dominado a cena alternativa — e não se engane, é algo que definitivamente vale a pena conferir.