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O que podemos esperar de “The Pains of Growing”, próximo álbum de Alessia Cara?

Alessia Cara lançou, nesta quinta-feira, sua nova música, “Growing Pains”. É o primeiro single de seu segundo álbum, intitulado The Pains of Growing. Em entrevista à Billboard, a cantora contou um pouco sobre o que podemos esperar do novo disco e como está sendo encarar os vinte e poucos anos.

Ela bombou em 2015 com o hit “Here”. Após lançar seu primeiro álbum, Know-It-All, no mesmo ano, ela se tornou uma figura de representatividade para muitos adolescentes e jovens adultos que se sentem como “estranhos” na sociedade por conta de canções como “Wild Things” e “Scars to Your Beautiful”.

Na semana passada, a cantora apresentou a maioria das canções do álbum para a mídia em um estúdio em Los Angeles. Parece que desta vez ela traz um trabalho mais maduro e certeiro, que conta com colaborações de produtores como Pop & Oak, No I.D., Ricky Reed, Rick Nowels, Click’N’Press e Jon Levine.

Ela contou que, em questão de som, é um álbum mais coerente e que seu objetivo era contar uma história completa. Em relação ao conceito, ela disse que conta sobre experiências de vida com mais transparência. Em “Growing Pains” ela é mais introspectiva  e honesta, mas ao mesmo tempo procura fazer com que a mensagem possa ajudar alguém que está passando pelo mesmo.

“Eu acho que todas as minhas músicas anteriores eram muito baseadas em passar uma mensagem e mais direcionadas para os ouvintes. Mas nessa canção, pela primeira vez, eu estou me abrindo sobre algo que eu nunca falei antes, é muito mais pessoal do que qualquer coisa que eu já lancei.”

Sobre as críticas que recebeu após ganhar o Grammy de “Best New Artist” no início do ano, vencendo de artistas como SZA e Khalid, ela disse que foi uma experiência incrível e frustrante. Segundo Alessia, receber opiniões sobre o que não diz respeito ao talento dela, e sim sua aparência, por exemplo, é o que mais tem acontecido desde que ela começou a ganhar reconhecimento na indústria.

Ela disse que estão sempre tentando diminuir o trabalho e ambições das mulheres e, como uma mulher jovem, é muito importante não se deixar afetar por isso. E parece até que uma das músicas do novo álbum foi inspirada por algo parecido. Uma música que ela escreveu antes de passar pela experiência, mas que depois, sentiu que não tinha como deixar de fora do álbum.

Já outra faixa que se destaca, produzida pelo produtor No I.D., tem uma vibe que remete ao Motown e que foi até gravada em fita! Ela contou que que escreveu a música durante uma viagem de avião, e que não tinha nenhum instrumental em mente. Quando encontrou No I.D. em um estúdio para escrever e trabalhar, ele tocou um instrumental que a lembrou de algo old-school. Imediatamente a tal música veio a cabeça, ela escreveu uma melodia e pronto: tudo se encaixou perfeitamente.

“Bom, se essa canção vai soar bem old-school, nós devemos gravá-la do jeito old-school.”

O tema mais recorrente do álbum é crescimento, tanto pessoal quanto literal. Alessia contou que os 21 anos para ela, e para muitos provavelmente, representa uma idade em que não se é adulto nem criança, então é normal que seja um pouco confuso se ajustar durante os vinte e poucos.

Ela disse que vai ser possível ouvir os pontos altos e os pontos baixos, assim como a vida é feita. Em sua integridade será possível identificar, no álbum, as mudanças ao longo dos três últimos anos, sem ser nem todo triste, nem todo feliz, mas um balanço de ambos.

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