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Descubra o que a faixa “Lalisa”, de Lisa, tem a ver com o Brasil

Batida de música da integrante do BLACKPINK conta com uma sonoridade brasileira

lalisa lisa
Foto: Reprodução/Youtube

Há alguns meses que Lisa, integrante do BLACKPINK, lançou seu primeiro EP, “Lalisa”. O trabalho, que saiu no dia 10 de setembro de 2021, trouxe dois singles“Money” e o carro-chefe, que carrega o mesmo nome do projeto. Mas o que você talvez não saiba sobre “Lalisa” é que a faixa tem um toque brasileiro, e nós te contaremos qual!

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“Lalisa”: o que a música tem a ver com o Brasil?

A faixa “Lalisa” é uma apresentação de Lisa: com versos em coreano e inglês, ela apresenta sua personalidade artística. O videoclipe atua como um complemento da narrativa; nas cenas, é possível ver diversos elementos da cultura tailandesa, que é o berço da artista de K-pop.

“Da Tailândia, pela Coreia, até aqui, ataquei sem piedade. / Ser a melhor de todos os tempos não é uma fantasia. / A coroa preta e rosa pertence a nós (BLACKPINK). / Lalisa, Lalisa, Lalisa, confiante lá no céu”, diz a letra.

A produção de EDM e hip-hop assinada por Teddy Park, Bekuh Boom e 24 traz, ainda, outra particularidade: a presença de um beat feito por artistas do Brasil! O toque brasileiro da produção vem do duo Tropkillaz (formado por André Laudz e DJ Zegon).

Em setembro do ano passado, os dois falaram sobre a conquista em entrevista com a revista Quem: “Estamos muito contentes com pessoas do mundo inteiro usando nosso sound pack do Splice, que é a ferramenta mais usada por produtores e beatmakers”, disseram.

Como a produção de Tropkillaz chegou até a faixa “Lalisa”, de Lisa, do BLACKPINK

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Laudz e Zegon, do Tropkillaz. Foto: Divulgação

O duo Tropkillaz (conhecido por trabalhos com artistas como Anitta, IZA e Karol Conká) explicou, através de um vídeo no TikTok, como a produção criada por eles acabou sendo usada para a canção de Lisa.

O som criado pelos brasileiros está disponível em um kit da plataforma Splice, muito utilizada por produtores musicais de todo o mundo. A partir disso, o toque chegou até o produtor Teddy Park, que pegou a produção e a modificou: o som passou de 130BPM para 150BPM, além de ser incrementado com batidas de trap.

Dessa mistura, surgiu a faixa “Lalisa”. E essa não é a única vez em que a produção dos brasileiros viajou até o outro lado do mundo. O mesmo beat já foi usado por outros artistas do K-pop – como Hwasa, do grupo Mamamoo, e WOODZ.

Laudz e Zegon acreditam que o reconhecimento pode leva-los além: “acreditamos que o próximo passo é chegar perto dessas pessoas e produzir para eles, porque música não tem fronteiras e nem barreiras”.

Conexão entre K-Pop e Brasil

Essa é uma entre diversas situações que conectaram o K-pop ao cenário artístico brasileiro. Em 2020, por exemplo, o BTS lançou o single “Black Swan”, que faz parte do álbum “Map Of The Soul: 7”. A coreografia da canção, que impressiona pelos elementos de dança contemporânea, é feita pelo brasileiro Sérgio Reis.

Mas o oposto também pode acontecer: Pabllo Vittar mostrou, em seu projeto audiovisual “I AM PABLLO”, diversas inspirações do K-pop. Na ocasião, ela prometeu uma colaboração com um famoso grupo da indústria. No entanto, a artista ainda não confirmou mais detalhes.

Por fim, situações como essas mostram o poder de integração da arte. Por meio de produções, coreografias, colaborações e outros elementos presentes na indústria musical, pode-se criar uma ponte entre diversas culturas; até mesmo quando elas estão em lados opostos do globo.

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