Junto do lançamento de seu novo álbum, na última sexta-feira (27), Halsey surpreendeu a todos com um filme baseado no conceito e faixas do projeto. “If I Can’t Have Love, I Want Power” conta a história de uma rainha que passa por diversos desafios em sua vida, incluindo a maternidade e ser uma mulher em épocas medievais. Recebendo elogios não só dos fãs, mas também da mídia internacional, a cantora inova e revoluciona as formas de divulgações no meio musical. Confira os principais destaques!
Por Bruna Parrado e Marcus Gralha
Atenção: este texto pode conter spoilers!
Confira 6 destaques de “If I Can’t Have Love, I Want Power”, filme de Halsey
1) Através das novas músicas, Halsey conta o enredo do filme
Durante os 50 minutos de filme, quase não existiram falas. Exceto no momento em que Halsey é sentenciada, quando há um grande diálogo, a maioria do enredo se desdobra através das músicas do novo álbum. O desenrolar do filme se dá através de atos que correlacionam aquela cena com alguma música de “If I Can’t Have Love, I Want Power”. O jogo de linguagem não verbal, com as cenas e as músicas, cai muito bem no desenvolvimento da película. Tirando os poucos momentos em que o enredo fica levemente confuso, a mensagem é transmitida de forma clara e coesa.
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2) O empoderamento da imagem feminina
De acordo com Halsey, em postagem publicada em suas redes sociais, seu novo álbum busca retratar uma homenagem à figura feminina, principalmente durante o período da gravidez. E é exatamente isso que o filme traz: a imponente figura da mulher como destaque. O filme traz duas temáticas importantes e atuais: a violência contra a mulher e o machismo.
A personagem interpretada por Halsey é coroada rainha após a morte do rei, que a agredia fisicamente e sexualmente. Após se tornar rainha, a personagem consegue ter a vida que sempre quis: livre e dona de si. Contudo, suas atitudes são consideradas inapropriadas para o cargo de rainha pelos homens e mulheres da Corte, que a sentenciam por fugir do que eles consideravam como papel ideal que a personagem deveriam desempenhar.
Além de passar duas mensagens importantes, a produção valoriza a mulher e o corpo feminino. Desde à delicadeza a beleza da nudez do corpo feminino, a produção busca valorizar a força, o poder, a voz e o corpo feminino, independentemente dos padrões sociais existentes. Somado a isso, a produção também dá o destaque à gravidez e a transformação do corpo feminino durante esse período.
3) A atuação de Halsey
A atuação de Halsey coroa a grandeza que ela propõe a apresentar nessa nova era. O álbum apresenta uma Halsey totalmente diferente do pop que estamos acostumados a ver, e sua atuação surpreende positivamente.
A cantora parece ter anos de experiência nas telas e entrega uma atuação digna de grandes nomes das telas mundiais. Halsey se entregou de corpo e alma, principalmente pelo fato do filme ter poucas falas, o que demandou uma expressão corpórea intensa e bem expressiva.
Algumas cenas merecem destaque, como: o embate na corte, a da morte e enterro do rei, em que o espírito que a vê no espelho explora seu corpo e na que ressurge e se auto coroa como rainha novamente.
4) Maquiagens criativas
Outro destaque do filme é a maquiagem da personagem de Halsey. Mesmo o enredo sendo ambientado na era medieval, a cantora conseguiu incorporar de forma criativa novos estilos de maquiagem, proporcionando uma pitada de si mesma numa rainha que viveu milhares de anos atrás e retratando exatamente os sentimentos da história.
Após adorar todas as maquiagens ao decorrer do longa-metragem, o público é surpreendido no final ao descobrir que a responsável por essa parte da produção é ninguém menos que a própria Halsey.
5) Sem amadorismo
Enganado está aquele que pensa que o projeto não seria de alto nível só porque Halsey é do universo musical. Além da atuação de todos os envolvidos, a qualidade das imagens é admirável e os cenários escolhidos complementam a trama, como se contassem a história também e agregassem ainda mais valor. Em lindos campos, a cantora nos leva em uma viagem pelo glamour e horrores da Idade Média.
6) Da gravidez à maternidade
Além do empoderamento feminino, uma das mensagens mais fortes da obra é sobre a maternidade e todo o processo de gravidez que a mulher enfrenta. O filme mostra de forma sensível como muitas vezes a mulher é vista como mãe em primeiro lugar, depois como um individuo, ainda mais na época que se passa a história.
É retratado no filme as alegrias, as dores, as inseguranças e até a mudança corporal da mulher nessa etapa. Para quem sabia que Halsey estava realmente grávida durante as filmagens, todo o projeto ganha um sentido ainda mais especial e pessoal.
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