Após seu primeiro disco ser bem elogiado pelo público e crítica, SG Lewis passou o período da pandemia produzindo o sucessor daquele trabalho. O disco “times” é uma ode a dance music oitentista, repleto de parcerias de peso e produções que te levam para a pista de dança. Já em “AudioLust & HigherLove” a experiência é diferente por se tratar de um disco introspectivo, como conta Sam Lewis em entrevista ao Tracklist.
Confira a entrevista com SG Lewis na íntegra:
TRACKLIST: Parabéns pelo lançamento do novo disco! Como foi a jornada de criação do sucessor de “times”?
SG Lewis: Este é foi um disco bem diferente, um desafio e tanto. Eu considero que “times” foi um disco para todo mundo, por ter muitas parcerias. Já em AudioLust & HigherLove foi uma observação mais introspectiva. mais egoísta, forçado pelo isolamento da pandemia. Para se encontrar pra gravar era mais difícil por conta do isolamento, então tudo era feito em grupos menores na hora das gravações.
TRACKLIST: Por ser mais introspectivo, você sentiu uma pressão maior na produção desse disco?
SG Lewis: Eu acredito que sim, é muito mais fácil e confortável escrever e trabalhar com outras pessoas. É desconfortável por si só você ter que olhar pra dentro de si e se expor dessa maneira. Mas ainda assim foi uma experiência gratificante e divertida.
TRACKLIST: Minha favorita do disco é Fever Dreamer, a união SG Lewis e Channel Tres funciona muito bem, inclusive ao vivo, como foi o processo de produção desse single?
SG Lewis: Que bacana! Eu já queria trabalhar com a Charlote Day Wilson havia um bom tempo, conseguimos nos unir no estúdio e “Fever Dreamer” foi a primeira coisa em que trabalhamos. Tudo foi construído bem rapidamente. Só que estávamos com o tempo curto no dia e conseguimos finalizar apenas o primeiro verso da música. E calhou de Channel Tres estar gravando em um estúdio ao lado, então depois de um tempo ele veio até meu estúdio e viu que eu tinha um quadro branco com os nomes das músicas do disco e falei para ele “esse é o disco!”. Ele ficou assustado, perguntou: “eu não estou no disco?” e eu disse: “você quer estar?” e ele completou: “CLARO!”.
Foi aí que mostrei “Fever Dreamer” para ele pois estava sem o segundo verso e ele adorou. Foi uma ótima experiência, é sempre um prazer trabalhar com Channel Tres.
TRACKLIST: Isso é incrível! Funcionou muito bem! Quando você começa a produzir uma música, você o faz com uma pessoa em mente para participar ou o processo é mais colaborativo?
SG Lewis: Eu sempre tento ir para o estúdio com a pessoa, para fazer um trabalho mais colaborativo, algo mais fluído. Existem casos em que eu faço uma música e aí após a produção penso em um nome que poderia ser legal para se ter na canção. Mas, ainda assim, nos juntamos no estúdio para completar a produção e fazermos todo o processo de maneira bem colaborativa.
TRACKLIST: E você tocará no Coachella novamente esse ano e tem uma turnê pela frente. O que os fãs podem esperar desse novo show?
SG Lewis: Tudo acontecerá ao vivo, o show sempre vai evoluindo nesse quesito. Teremos uma banda completa de 6 pessoas para reproduzirmos no momento as produções da maneira mais fidedigna possível. Eu cantarei as que eu estou no vocal e teremos convidados para cantarem as que são parcerias, o que é sempre um desafio, mas gosto do resultado. Além disso, as canções antigas terão uma roupagem nova, com remixes e novas versões, então são versões que as pessoas nunca ouviram antes.
TRACKLIST: E falando em turnê, você tocou no Brasil em 2017 no Rock In Rio, seu primeiro disco não havia sido lançado, agora estamos indo para o segundo, você tem planos de voltar e fazer alguns shows por aqui?
SG Lewis: Com certeza, mesmo naquela época foi uma experiência incrível, uma vibe maravilhosa, eu gostei muito. E, até hoje, o Rio de Janeiro segue sendo uma das minhas cidades favoritas no mundo inteiro, foi tudo muito incrível, estou desesperado para voltar, não vejo a hora.
O novo disco de SG Lewis já está disponível em todas as plataformas digitais: