Com o recente single e clipe “VERMELHO FAROL”, DAY LIMNS apresenta o começo de sua nova era com ainda mais referências e simbologias. Em entrevista ao Tracklist, a cantora detalha a produção da canção, a importância da música para essa sua nova fase, fala sobre o vídeo e mais!
Entrevista: DAY LIMNS e o novo single “VERMELHO FAROL”
Tracklist: Primeiro, parabéns pelo novo single e clipe! O que você pode contar mais a música e sobre essa ligação da nova era com trabalhos antigos? Tem conexão?
DAY LIMNS: “VERMELHO FAROL” é uma música que eu escolhi para introduzir essa nova era que eu considero mais madura, de certa forma. Não que eu vá parar de falar de romance e tal, porque eu sou uma romântica incurável, isso não tem como! Eu acho que, inclusive, nessa nova era, vou assinar o atestado de romântica incurável mesmo.
Mas, para esse novo momento, eu quis trazer uma versão um pouco mais safada que eu acho que eu estava sentindo um pouco essa necessidade, porque né, emos também sentem tesão. Queria trazer essa parada mais quente.
E, desde que a gente escreveu “VERMELHO FAROL” eu, a Carolzinha e a Carol Biazin lá no começo do ano passado, eu pirei muito nessa música. A gente não tinha produzido e eu estava perto de gravar o clipe de “7 Vidas” na época, que eu já estava com o conceito todo tipo, pensando nos conceitos que eu queria trazer para a minha nova era. Já no passado eu estava pensando.
Então, eu queria de certa forma já começar a introduzir o que eu ia introduzir agora no ano passado. Aí eu falei: “Cara, essa música é muito boa, eu vou lançar ela um dia com certeza!”. E aí, no clipe de “7 Vidas”, eu coloquei a “Ilha do Vermelho Farol”, porque eu queria ter um farol, e tinha que se chamar assim. Então, sim, se conecta!
Eu meio que trouxe, nos lançamentos do ano passado, algumas simbologias e conceitos que eu torno a falar agora. Então, meio que quem é fã e está ligadão, vai ser bem maneiro se sacar todas as teorias, viajando até mais do que eu.
Mas, basicamente, “VERMELHO FAROL” é essa música que eu acreditei há muito tempo que, depois que a produzimos, achei que fez ainda mais sentido. Ela tinha que ser lançada porque eu acho que é uma boa transição do que eu fiz pelo passado e para agora, e ao mesmo tempo ela une tudo o que eu já fiz: a Day de 2018 até agora. Acho que é uma evolução natural. Fez bastante sentido, e é só o começo dessa história que eu estou contando.
Aí eu trouxe referências [no clipe] (eu tenho um livro que tem muitas referências mitológicas, bíblicas e tudo o mais), quis trazer para o visual um pouco mais disso. Então, tem referências bíblicas, dois símbolos com cruz que são os símbolos que eu criei para essa nova era. Tem devotos, deusas, imagens românticas, católicas e representações com coisas do tipo, duas mulheres… e é isso.
Vendo agora a repercussão dos seus fãs, você comentou sobre o público procurar por essas referências e criar suas teorias. Já esperava que isso fosse acontecer?
Meio que sim, porque é uma coisa que a gente faz desde o comecinho da nossa relação. Eu sou muito fã de Taylor [Swift], né? Desde pequenininha!
Ah sim, os easter eggs!
É! Desde quando eu me tornei artista eu sempre gostei de trabalhar com esse tipo de coisa. E eu sempre fui fã de muita gente! Então, assim, para eu ficar procurando e ficar teorizando, alimentando essas teorias que o artista me traz eu acho muito daora. Eu penso nisso na hora que eu vou fazer, sabe?
A minha ideia é as pessoas buscarem referência por referência. [Tipo]: “Essa parte do clipe faz referência àquela parte da música!”. E ver se as pessoas acertam, ou se só viajam. Mas, às vezes, quando elas viajam, eu fico assim: “Nossa, essa pessoa viajou mas foi daora, eu deveria ter pensado nisso!” (risos).
Então esse clipe já foi pensado desde quando estavam compondo? Ou foi de agora?
Não. O clipe de “VERMELHO FAROL”, esteticamente nessa nova era, eu tenho pensado tem bem mais de seis meses – não só nessa música, mas na era de um modo geral, do conceito, em tudo o que eu quero mostrar e falar. Então, já tem muito tempo que eu venho tentando criar esse tipo de storytelling.
Aí, as coisas da vida vão acontecendo, e as coisas vão mudando, então a gente vai ter que adaptar com o rolê. E como eu gosto de falar, introduzir essa nova era com essa fase, que é baseada em sentimentos reais, os meus sentimentos que contam essas histórias. Eu gosto de ser lúdica, né. Então são histórias que os meus sentimentos criam e aí a artista vai lá e faz uma coisa mais esquisita.
E esse seu conhecimento mais mitológico e cheio de simbologias vem de antes ou foi estudado para agora? É um gosto pessoal?
Eu sempre gostei de filmes de ficção, não religiosamente de ficar vendo e estudando, sabe? Eu gosto muito de astrologia também, então tem muita referência disso. Eu tenho um EP que se chama “A CULPA É DO MEU SIGNO” (2020). Não que eu entenda e domine sobre astrologia. Eu sou geminiana, então se eu falo uma frase eu já acho que domino sobre o assunto. Eu li duas linhas sobre mitologia e falei: “Pronto, saquei!”.
Tem referências mitológicas, bíblicas, astrológicas, astronômicas… mas eu meio que estou pegando essas referências, tentando e criando meu próprio universo. É meio que uma adaptação disso tudo. É o meu próprio universo, o universo da Day que eu comecei a introduzir em “VERMELHO FAROL”. Por isso que eu acho que ela vai muito além da música e da letra, as pessoas realmente precisam prestar atenção nos detalhes do que eu tenho mostrado.
Depois de “VERMELHO FAROL”, o que podemos esperar do que vem por aí?
“VERMELHO FAROL” obviamente introduz essa nova era, e é só o começo de algo. [Para saber] o que é as pessoas vão ter que continuar acompanhando para descobrir. Mas eu prometo que vai ser daora. Eu estou muito no meu timing, sendo muito paciente, então as pessoas vão ter que ser um pouquinho!
Mas, “VERMELHO FAROL” é o começo disso tudo. Ela é energética, mas não é necessariamente feliz, sabe? Ela é sensual, mas consegue ter um toque de romantismo. Ela é muito pesada, mas não te agride. Acho que tem muito disso nas minhas próximas músicas.
Para você, o que é o mais desafiador de pular de uma fase para outra?
A parte de executar o que a gente imaginou. Mas, de qualquer parte ou qualquer era, em qualquer momento, eu acho. Porém, você conseguir fazer aquilo se conectar e fazer sentido é meio complicado, exige um estudo de si mesmo como artista. As coisas precisam fazer muito sentido para mim. Para mim, ao mesmo tempo que é um processo natural, é meio [complicado]. Quero que as pessoas falem da música, do clipe, falem o que tem que ser falado. Estou ansiosa para isso.
Então tem que ser linear, para as coisas fazerem sentido?
Linear nunca é, porque se não fica meio boring. Teve um comentário uma vez, falando: “Day, essa música não tem muito a ver com você, a gente gosta de te ver falando de depressão, melancolia e tal…”. Gente? Emos também sentem tesão! (risos).
Aí eu também já quero acalmar o coração dessas pessoas depressivas, que vão ter músicas com letras mais profundas, para vocês refletirem. Mas essa eu realmente quis suavizar um pouco e fazer até um pouco do contrário do que as pessoas estavam esperando (uma música muito deprê e bad agora). E eu não tive essa vontade.
É um outro momento, né?
Mas fiquem calmos, emos! Vai ter! (risos).