Alesso é um dos maiores produtores da cena eletrônica nos últimos anos, são diversas parcerias e hits que consolidam o sueco no cenário. Liam Payne, Anitta, Calvin Harris e OneRepublic estão entre os nomes que colaboraram com Alesso.
Seu último lançamento é o single ‘THE END’, uma parceria com Charlotte Lawrence. Foi a primeira produção do artista feita com sintetizadores analógicos. Você pode conferir a entrevista completa abaixo:
Eu gostaria de começar falando um pouco sobre seu novo single ‘THE END’ com a Charlotte Lawrence, é incrível, parabéns! Você pode nos contar um pouco sobre o processo de produção, como surgiu a música e sua parceria com a Charlotte?
Charlotte é alguém que eu já queria ter trabalhado há um tempo, conheço o trabalho dela há uns 2 anos, é um vocal muito único, sensual, tocante de certo modo. Ela tinha uma ideia para uma música chamada THE END, era uma versão mais acústica, que provavelmente lançaremos pois é muito boa.
Então eu e o meu amigo Andrew Watts começamos a produzir, dar mais corpo para a música. Passamos bastante tempo mudando o estilo da música, deixando com uma pegada mais disco/funk, pois eu sempre fui um grande fã daquela era e meu amigo tinha vários daqueles sintetizadores analógicos.
Eu nunca tinha feito nada com esses sintetizadores, foi a primeira vez, foi uma grande experiência. Por não ter shows nesse ano, eu tive tempo de explorar maneiras de produção, especialmente essa pegada analógica.
Tem alguns elementos na música que foram gravados com o celular e dão um toque diferenciado na canção, é bem bacana poder trabalhar dessa forma.
Em 2015 você lançou seu primeiro disco, ‘Forever’, podemos esperar um novo álbum considerando ‘THE END’ como primeiro single?
Eu recebo muito essa pergunta, é um vai e vem, as vezes eu sinto que estou pronto para lançar um novo disco, as vezes estou feliz somente com singles. Se eu for lançar um disco precisa ser uma grande ideia por trás, não apenas músicas. Eu acho que o farei em algum momento, teremos de aguardar.
Durante esse período de isolamento não só suas músicas fizeram parte de nossa vida, mas também o Instagram do Turbo! Depois de todo esse tempo isolado com ele, como foi ter que viajar por tanto tempo para um show?
Ter um cachorro durante uma pandemia fez tudo um pouco mais fácil. Quando eu peguei ele eu tinha pessoas que cuidavam dele. Quando a pandemia começou nós criamos um laço muito forte, eu acredito que os cachorros são os seres mais incríveis que existem. Eles são muito emotivos de certa forma, que eu não imaginava, é como se fosse um filho.
Eu cuido muito dele, e ter que cuidar de alguém além de você mesmo é um processo de conhecimento muito grande. Ele por exemplo tem um estômago sensível então eu tenho que cozinhar para ele. Eu não cozinho nem para mim, mas pra ele eu tenho sempre que cozinhar um salmão fresco. (risos)
E você acha que será diferente quando tudo voltar ao normal? Você teve um show imenso há alguns dias em Taiwan, como foi essa experiência de voltar aos palcos?
Foi incrível, é o que eu faço, né! Por um momento eu senti que as coisas tinham voltado ao normal. Não ter que usar uma máscara, cantar, pular, dançar. Por um momento eu senti que a vida havia voltado novamente. Eu tive que ficar de quarentena por 14 dias, mas quando eu saí e toda a situação foi controlada, foi como eu senti que deveria ser em todos os lugares.
É horrível o que os outros lugares estão passando, acredito que vamos aprender com isso e crescer de uma certa forma, é uma grande lição. Acredito que não voltaremos 100% para como era antes, mas vamos aprender e voltaremos a celebrar a vida, que é algo que eu quero poder fazer para o resto da minha vida.
Você trabalhou com a Anitta em 2017, tocou uma música do VINNE no seu set de Taiwan, e você tem uma conexão incrível com seus fãs brasileiros. São Paulo é a terceira cidade que mais escuta seu trabalho no mundo no Spotify. Você tem planos de trabalhar com mais artistas brasileiros?
Sim, eu não posso falar muito, mas eu com certeza tenho planos. Talvez com a Anitta novamente, quem sabe, não posso dizer muito. Eu adoro a música country de vocês, e eu tenho muitos planos de fazer shows no Brasil ainda, com certeza está nos planos.
E você trabalhou com artistas gigantes do mundo da música como Liam Payne, Ryan Tedder, Maroon 5. Durante seu processo de produção você já pensa em quem gostaria de ter na música?
As vezes sim, eu tenho uma ideia. Às vezes você tem uma esperança de que tal pessoa aceite entrar na música. Acontece também de você ter uma ideia de quem poderia cantar e quando a pessoa canta de fato não soar como imaginou. Mas sempre depende do artista estar disposto e ficar bacana.
Muito obrigado pelo seu tempo, esperamos te ver muito em breve no Brasil!