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Entrevista: Bastille fala sobre Brasil, fãs e show no Rock in Rio

Banda vai tocar no Palco Mundo no dia 10 de setembro

Foto: Divulgação

Com data marcada para se apresentar no Brasil, o Bastille chega para ser uma das atrações do Palco Mundo no Rock in Rio deste ano, no dia 10 de setembro, no mesmo dia que Camila Cabello e Coldplay. Será o grande retorno da banda, que não faz show por aqui desde o Lollapalooza de 2015.

Em entrevista ao Tracklist, Dan Smith, vocalista do Bastille, falou das expectativas para voltar ao país, além de relembrar sua primeira passagem por aqui. Atualmente, o grupo está com a turnê do álbum mais recente, “Give Me The Future” (2022), que vai ganhar músicas novas com o lançamento de “Dreams of The Past” nesta sexta-feira (26).

Entrevista: Dan Smith, do Bastille

A gente quer saber sobre o show de vocês aqui no Brasil! O que os fãs podem esperar?

Nós estaremos levando o mundo de “Give Me The Future + Dreams of The Past” para o Rock in Rio. É um grande mix de músicas novas, músicas antigas, músicas de nossos mixtapes e meio que o arco da história do álbum, visualmente representada também.

Espero que seja uma boa seleção de todas as músicas do Bastille, e que seja muito divertido e eufórico também.

Sabe, é um festival, as pessoas estarão tendo um momento bom, e faz muito tempo desde que a gente tocou no Brasil. Então estamos bem, bem animados de estar voltando e, de fato, estar vendo as pessoas na vida real.

Certo! Quais músicas das setlist você está mais animado para tocar aqui? Talvez algumas novas?

Eu amo tocar “Stay Awake?”, “Future Holds” eu amo bastante, “Revolution” é bem divertida de tocar… O que mais? “No Bad Days” é meio quieta e triste com a forma que apresentamos, mas eu adoro tocar essa música.

É bem difícil de escolher, porque o álbum todo tem um ritmo acelerado e todas elas têm sido bem divertidas de tocar. Eu amo tocar “Plug In…” também. É, é complicado! Boa pergunta, má resposta (risos).

Sem problemas! Devo dizer que “Stay Awake?” é a minha favorita do “Give Me The Future”.

Ah, obrigado! Nós começamos a setlist com “Stay Awake?” e eu amo tocar essa.

E como é estar em um festival tão grande como o Rock in Rio, dividindo o palco com tantos grandes artistas?

Eu sei! Nem acredito que vamos tocar lá, que loucura!

Eu realmente espero que as pessoas venham nos assistir (risos). É bem animador. Como um fã de música, estou bastante ansioso para assistir a esses shows, assistir Camila Cabello, Coldplay, sabe? E todos os outros artistas incríveis que estarão se apresentando.

É a coisa mais animadora para mim, porque fico muito nervoso antes dos shows. Então, geralmente eu gosto mais dos arredores do que do show. Mas, é um grande privilégio de ser convidado a tocar no Brasil e ser convidado a tocar nesse festival, que todos dizem o quão incrível é.

Nós estivemos falando sobre isso o ano inteiro, o quão animados nós estamos, e espero que a gente dê ao público um ótimo momento.

Com certeza! Qual é sua melhor memória da primeira vez que esteve aqui?

Acho que o público, que foi incrível, tão barulhenta e animada!

Nós temos recebido tantas mensagens online dos nossos fãs do Brasil dizendo: “Come to Brazil! Come to Brazil!”, então é muito satisfatório responder que: “Nós estamos indo!” (risos).

Mas eu amei andar pelo Rio [de Janeiro], é uma cidade tão bonita. A paisagem, o mar, as praias, a cidade no meio… Há poucas cidades no mundo que tem isso, em que você pode ficar na praia, olhando para o mar e seu horizonte, e olhar para toda sua floresta, árvores… É realmente muito bonito. E há tanta coisa acontecendo, tão vibrante.

Não sei qual seria a minha memória específica, mas eu amei apenas ficar passeando, indo a alguns bares. A vista em frente ao Cristo Redentor é incrível, uma vista tão bonita.

Realmente, é uma cidade muito bonita! E vocês tem mais músicas para serem lançadas nesta sexta-feira, certo?

Sim!

O que mais pode nos contar sobre elas?

É a versão completa do álbum. Nós lançamos “Give Me The Future” no começo deste ano, e agora é “Give Me The Future + Dreams of The Past” e “Other People’s Heartache”. É um álbum completamente novo!

Tem um monte de músicas que amamos. Nós nos sentimos meio estranhos segurando essas músicas antes, com a primeira versão do disco. Mas estamos animados para as pessoas escutarem “Family Ties”, “Hope For The Future” e “Revolution”, que saiu agora, mas há um monte de músicas diferentes.

Meio que representa tudo o que fizemos nos últimos dois anos, e foi uma boa forma de explorar mais temas do “Give Me The Future”. E o modo como alguns de nós gosta de pensar no futuro, e outras pessoas gostam de pensar no passado e na nostalgia… E ambos podem ser bons, ambos podem ser ruins.

Eu estou muito orgulhoso desse álbum, feliz de poder lançá-lo.

Quanto a sonoridade, é um pouco mais diverso que o “Give Me The Future”, em que há momentos mais calmos. “No More Bad Days” é uma interpretação diferente de “No Bad Days” – é muito mais íntima, música de piano.

“Hope For The Future” é a nossa primeira música acústica de todas e é uma carta de amor para o ambiente de canções melodramáticas que nós amamos. Então, é, é uma música que eu amo.

Mas, igualmente, na seção de “Other People’s Heartache”, que é o nosso mixtape, foi muito divertido de explorar mais desse [conceito de] corações partidos na pista de dança, um gênero que eu realmente gosto.

Eu amo “Dancing on My Own”, de Robyn – essa música é incrível! E também “Green Light”, de Lorde. Eu penso sobre essas mulheres fazendo essas músicas, sabe?

Trabalhando com Alok e com Tyde nisso foi, tipo, essas músicas tristes que te fazem querer dançar. Acho que é uma maneira realmente muito divertida de se perder na música e essa tensão entre euforia e desespero. Tentando achar esse lugar no meio da música.

É algo que eu realmente, realmente gosto. Acho que é tudo isso. É muita música! “Family Ties”, para mim, é sobre a minha tia, que morava na África do Sul antes de ela morrer, e sobre visitá-la na casa dela quando eu era criança.

É um sentimento de estar tão longe de Londres, tão diferente da minha vida, mas estar tão envolvido com o amor dela, porém confuso com essa grande diferença de ambiente. É uma carta de amor a ela, dessa estranheza da família, e o que isso pode ser.

Para mim, que tem pais do outro lado do mundo de onde você cresceu… Minha mãe e meu pai são da África do Sul e eles viveram lá, mas eles se mudaram para o Reino Unido depois. Então, eu e minha irmã somos britânicos, sempre vivemos em Londres.

Mas, temos essa conexão com a África do Sul e com todos os parentes que moram lá. Então, tentar navegar nisso em uma música… Foi também uma carta de amor ao Paul Simon, em seu álbum “Graceland” [1986], que é um disco que eu associo a quando eu era criança, porque meus pais costumavam ouvi-lo o tempo todo.

Por fim, “Give Me The Future + Dreams of The Past” nos permite explorar tanto em termos de futurismo e nostalgia.

Muito legal. Estou bem ansiosa para esse lançamento!

Obrigado!

Quer mandar uma mensagem para os fãs que estão aguardando pelo show de vocês aqui no Rock in Rio?

Oi! Estou tão animado para o Bastille voltar ao Brasil. Nós estivemos esperando para voltar ao Brasil por tantos anos…

Um grande ‘obrigado’ aos nossos fãs brasileiros por terem tanta consideração, serem tão barulhentos e sonoros! Nós te ouvimos, nós vemos vocês. Estou incrivelmente ansioso para tocar ao vivo no Brasil de novo.

Espero que vocês gostem de “Give Me The Future + Dreams of The Past”. Nos vemos em breve!

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