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Bastille e Foster The People animam noite no Rio; o que podemos esperar dos shows no Lollapalooza?

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Nessa sexta-feira (27), o Rio de Janeiro recebeu duas das bandas mais famosas no cenário indie pop/rock (a vertente está crescendo): Bastille e Foster The People, em apresentações que aconteceram no Citibank Hall.

Ambos os grupos vão se apresentar no Lollapalooza Brasil, que acontece hoje (28) e amanhã (29); no caso, Bastille marcará presença no primeiro dia, e Foster, no segundo. A “dobradinha” só aconteceu em Belo Horizonte, no dia 25 – onde o Tracklist também esteve -, e no Rio. Antes que você se anime: não teve performance em conjunto. Apesar de ser uma ideia extremamente convidativa, não houve a necessidade, já que as bandas por si só já colocam o mesmo público, em sua grande maioria jovem, para dançar, sob ótimos efeitos de iluminação e boa acústica.

Você já leu nossa resenha do show de BH, então esta matéria terá um foco diferente: ao invés de apenas contar o que aconteceu nos shows do Rio, pensaremos também no que é provável de acontecer em um dos maiores festivais de música da atualidade.

Bastille

Foto: Luciana Lino
Foto: Luciana Lino

Os ingleses entraram às 22h10 em meio a bastante euforia, com “Bad Blood”, e seguiram com “Weight of Living, Pt. II” e “Laura Palmer”. O setlist foi igual dos pés à cabeça em relação ao da capital mineira, com exceção da singela troca de ordem entre as músicas “The Draw” – que, durante sua apresentação, trouxe toda a banda para a frente do palco simulando triângulos com as mãos, a marca da banda, em conjunto com os fãs – e “Icarus”. O coro se manteve em voz alta durante todo o show, especialmente em “Of The Night” e no hit “Pompeii”.

A animação da banda também foi a mesma: o vocalista Dan Smith conversou (em inglês; no início do show, pediu desculpas pelo português fraco) bastante com o público e não ficava muito tempo parado no mesmo lugar. Prova disso foram as vezes em que subiu nas caixas de som e brincou com as baquetas da caixa. Aliás, a percussão, traço característico do Bastille, marcou grande presença durante o show.

E em relação ao Lollapalooza?
O massivo contato entre banda e público é, com certeza, a maior expectativa que se tem em relação ao show do Bastille no Lollapalooza. No show do Rio, por exemplo, repetiram-se as mesmas circunstâncias que no de BH.

Dan Smith foi ao meio da galera presente no Citibank Hall e atravessou toda a faixa, da ponta esquerda para a ponta direita. Acredita-se que essa será uma tarefa bem complicada a ser feita no Lolla, mas não é difícil de Dan ir (ou ao menos tentar ir) ao encontro aos fãs. As mãos levantadas dos integrantes do grupo e dos fãs em formato de triângulo também são figurinhas fáceis de aparecerem, assim como as outras constantes interações entre público e banda; é provável que, durante “Of The Night”, Dan peça à platéia do Lollapalooza que se abaixe um pouco antes do refrão, para se levantar durante a hora de maior coro.

Percebe-se a ótima troca de energia entre ambos em que um complementa o outro. Isso foi definitivamente nítido nos shows de Belo Horizonte e do Rio; só foi o Bastille entrar em cena que se via a influência que eles exercem em seu público.


Foster The People

Foto: Luciana Lino
Foto: Luciana Lino

O Foster The People entrou por volta das 23h50 sob fortes gritos, abrindo com “Pseudologia Fantastica”, do mais recente álbum da banda, “Supermodel”. O show, aliás, mesclou músicas deste e do disco de 2011, “Torches”.

Se a percussão faz a diferença no som do Bastille, o que define o Foster The People são os seus sintetizadores, que entram em harmonia com a voz e guitarra de Mark Foster, com o baixo de Cubbie Fink e com a bateria de Mark Pontius. No show, os sintetizadores cumpriram sua tarefa e não deixaram os fãs parados durante a apresentação. Vale destacar o tom grave de voz de Foster em “Cassius Clay’s Pearly Whites” e o grande coro nos hits “Call It What You Want” e “Pumped Up Kicks”, este último com uma iluminação colorida espetacular.

E em relação ao Lollapalooza?
Mark Foster é um cara extremamente performático. Seus passinhos de dança já são traços marcados e com certeza serão presença constante. Foster dança este mesmo movimento conforme sua música, o que mostra que ele está ali mesclando trabalho e diversão. Na hora em que você, fã, cansar de pular e gritar, tente reparar na paixão que o vocalista demonstra que tem pelo o que faz em suas atitudes mais simples. Aliás, não é só Foster que merece atenção: Pontius, Fink (atualização – 28/03, 15:49: segundo o “Foster the Brazil“, Cubbie Fink não compareceu devido a uma intoxicação intestinal no México. O baixista que o substituiu chama-se Gabriel)  e a banda de apoio se mostram empolgados em todas as músicas. Com certeza é um ponto a se destacar e que faz diferença na hora de compor o show. Não é para menos: o que mais se via eram jovens extremamente empolgados em dançar e cantar junto à banda.

O que não é possível prever é o setlist, que sofreu pequenas, mas significativas mudanças em relação aos shows de BH e do Rio; na capital mineira, “Best Friend” encerrou a noite, enquanto na capital fluminense foi “I Miss You” que se despediu do povo. Além disso, no Rio, depois de “The Truth”, a banda agradeceu e saiu. Muitos se preparavam para ir embora, até que Mark Foster volta com uma cadeira, um violão, e faz uma performance acústica de “Fire Escape”, canção presente em “Supermodel”; segundo ele, em homenagem a uma menina que disse pouco tempo antes do show que ama essa música. Ou seja: eventuais surpresas podem aparecer no setlist da banda.


O que se pode concluir a respeito?
Bastille e Foster The People são duas bandas carismáticas, com estilos parecidos e muito, mas muito envolvidas no que fazem. O carinho que o público lhe dava em grande intensidade foi devolvido da mesma forma. Sem a menor sombra de dúvida este será um fator primordial em seus shows do Lollapalooza. Em datas diferentes, o público das bandas, predominantemente igual, terá dois dias inesquecíveis para guardar na memória.

Foster The People em show das Lolla Parties em São Paulo
Se você é de São Paulo, mas não vai ao Lollapalooza e quer ver o Foster The People, a banda se apresentará em show solo (e sem a presença do Bastille), neste sábado (28). O show faz parte das chamadas “Lolla Parties”, eventos paralelos ao festival. Segue abaixo o serviço:
Local: Audio SP (Av. Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca)
Abertura da casa: 22h
Horário previsto para o show: 0h30
Capacidade: 3.000 pessoas
Ingressos: Pista R$ 180 (90 meia-entrada); Mezanino R$ 250 (R$ 125 meia-entrada). À venda aqui.
Bilheteria Oficial (sem taxa de conveniência): Citibank Hall – Av. das Nações Unidas, 17.955 – Santo Amaro – São Paulo (SP). Diariamente, das 12h às 20h.
Duração: Aproximadamente 1h
Classificação etária: Não é permitida a entrada de menores de 18 anos.

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