por Fernando Marques e Gabriel Haguiô
Idles, The Hu, Vinne, entre outros. A análise de hoje é a da décima quinta linha da lineup do Lollapalooza Brasil. Se você caiu aqui de paraquedas, nós do Tracklist estamos fazendo um especial de dezenove semanas, no qual vamos analisar a lineup linha por linha de um dos maiores festivais do Brasil.
THE HU
O The HU é um dos mais claros exemplos da pluralidade musical do Lollapalooza. A banda traz da Mongólia uma sonoridade completamente autêntica, mesclando o hard rock com ritmos tradicionais de sua terra natal. O resultado tem conquistado fãs por todo o mundo, popularizando canções como “Yuve Yuve Yu” e “Wolf Totem” e se tornando o primeiro nome mongol a figurar nas paradas da Billboard.
O grupo se dirige para a América Latina pela primeira vez depois de um 2019 de grandes feitos. Além do lançamento de seu disco de estreia, “The Gereg”, o quarteto lotou turnês pela América do Norte e Europa e foi reconhecido pelo governo de seu próprio país, reunindo-se com o presidente Khaltmaagiin Battulga e, mais tarde, sendo condecorados a Ordem de Gengis Khan, o maior prêmio concedido pelo Estado mongol em virtude da promoção de sua cultura pelo globo.
Como uma das grandes surpresas da line-up, o The HU promete conquistar o público brasileiro com seu carisma e talento sobre os palcos, em um encontro que pouquíssimos festivais como o Lollapalooza são capazes de proporcionar.
VINNE
22 anos, mais de 100 milhões de streams somadas as plataformas. Esse é VINNE, o brasileiro que conquistou seu espaço em 2017, emplacou um hit em 2018 com o remix de O Sol, do Vitor Kley e agora chega ao palco Perry do Lollapalooza Brasil.
Com um som que chamamos de brazilian bass, VINNE começou cedo na carreira de produtor musical, experimentando sons e evoluindo sua sonoridade, o artista veio ganhando notoriedade cada vez maior, ano após ano, atingindo nomes internacionais da cena eletrônica.
ASHIBAH
Ashibah, dinamarquesa e naturalizada egípcia, tem consolidado seu nome pelas pistas ao redor do mundo nos últimos anos com um show único. Misturando seu estilo autêntico de deep house com seus próprios vocais ao vivo, a DJ e cantora chamou a atenção de artistas renomados da música eletrônica, como Vintage Culture, Kolombo e Sharam Jay, e se firmou como uma das mais populares representantes femininas do gênero.
A produtora também não é desconhecida pelo público brasileiro. Com diversas passagens por festivais como o brasiliense Federal Music e o catarinense Winter Music Festival, Ashibah retorna ao país para uma das maiores apresentações de sua carreira, diante do animado público do Lollapalooza. Considerada a originalidade e a energia de seus sets, não há motivos para duvidar que esta possa ser uma das grandes apresentações do Palco Perry em abril.
MIKA
Mika é muito querido pelo público brasileiro. Contruiu sua carreira com um pop sarcástico e que flerta com os sentimentos. Tanto dele, quanto do público. Flutuando entre o alt-pop sombrio e alegre, Mika trará todos esses sentimentos ao Brasil.
Para entendermos um pouco melhor o que é esse alt-pop de Mika, aos 8 anos ele já fazia aulas de piano e ópera. Grammy, Brit Award, 4 discos platinados e mais de 50 milhões de cópias vendidas. Se isso não for o suficiente a lhe convencer a assistir este show, não sei o que será.
FRACTALL X ROCKSTED
Se conhecem desde 2005, formaram uma dupla em 2008 e anos depois seguiram carreira solo. Lucian e Leandro, ou Fractall e Rocksted, voltaram a se unir em 2019 para nos agraciar com novas produções e um novo show.
Juntos, somam mais de 10 milhões de streams no Spotify. Ano passado fizeram um megashow no Ame Club, no interior de São Paulo. Juntos, formam também a KLANDESTINE, que se tornou uma gravadora e uma festa que virou o ponto de encontro de diversos artistas.
IDLES
Em atividade desde 2009, o IDLES apenas conquistou notoriedade global ao longo dos últimos anos — um reconhecimento tardio em comparação aos feitos da banda. Com apenas dois discos na bagagem, o grupo revitalizou a força comercial do punk rock pelo globo e timidamente se tornou um dos maiores representantes do gênero na atualidade, incorporando a sensibilidade e promovendo a comunhão social em meio a um estilo denso e barulhento sobre os palcos.
Os ingleses trazem o peso de suas canções pela primeira vez ao Lollapalooza brasileiro, que também compõe sua primeira passagem pela América do Sul. “Joy As An Act Of Resistance”, título de seu mais recente álbum de estúdio, também pode ser o resumo das apresentações do quinteto: enérgicas, alegres e grandiosas — três elementos que prometem conquistar o público no Autódromo de Interlagos.