Na última sexta (26), foi lançado o terceiro álbum do Of Monsters and Men – o “FEVER DREAM”. Eles voltam quatro anos após lançarem o segundo álbum, “Beneath The Skin” (2015).
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Pode-se dizer que cada álbum da banda islandesa possui uma sonoridade diferente. No primeiro, “My Head is An Animal”, a sonoridade é clara: um indie folk, com muita calma e energia ao mesmo tempo. Que talvez se traduza justamente no maior hit da banda, “Little Talks“.
Já no “Beneath The Skin”, a sonoridade se torna um pouco sombria, abordando temas de fato mais profundos. Apesar das diferenças, o folk ainda está ali bem claro.
Mas, vamos ao que interessa: o FEVER DREAM. Nele, o Of Monsters muda por total sua musicalidade. Talvez por já terem um ápice em sua carreira, resolvem experimentar mais – e, dá certo.
Já no primeiro e lead single do álbum, “Alligator”, podemos escutar as diferenças. Sem a calma característica da banda, eles apostam em guitarras, sintetizadores e pitadas de características da atual música indie mainstream.
Acho que o lead single foi bem escolhido, pois, de certa forma resume bem a sonoridade do álbum. Com exceção de algumas músicas.
Ahay
“Ahay” ainda segue com resquícios de eletrônica em sua melodia, chegando a lembrar a sonoridade do The XX no “I See You”. Apesar das mudanças de ritmos, as letras continuam falando de relações, suas profundezas, e, ainda às vezes através de metáforas.
Musicas q ainda tem um resquiciozinho de Of Monsters: rororo
Vulture, Vulture
“Vulture, Vulture” sai com um resultado interessante. É como se o Of Monsters And Men tivesse rapidamente ido pro mainstream, com batidas bem pop, mas ainda com letras bem características deles. Por mais que “Alligator” seja bem boa de se ouvir, na minha opinião, “Vulture, Vulture” talvez funcionasse melhor. Quem sabe ainda não vire single.
Wild Roses
“Wild Roses” também lembra o característico do Of Monsters. Uma música calma porém ainda assim com energia. Consigo facilmente ver ela e “Vulture, Vulture” tocando em festinhas indie.
Stuck in Gravity
“Stuck in Gravity” é provavelmente a música mais bonita do álbum falando de letras. Fala através de metáforas sobre como o que tudo que estava faltando era o amor. Como se o amor de fato fosse algo necessário para enfrentar a vida e fazer ela valer a pena.
Por fim, a nova fórmula que a banda islandesa aposta dá certo. Tendem um pouco para a musicalidade mainstream, com algumas músicas como “Ró Ró Ró” lembrando o início de sua carreira, mas, sem essa intencionalidade. Acredito que foi tudo na experimentação, que deixou o álbum interessante e gostoso de se ouvir. Mas bem diferente de tudo que estamos acostumados com o Of Monsters And Men.