Na última semana, tive o prazer de entrevistar Joanna Levesque. Conhecida mundialmente como JoJo, a artista explodiu com o hit “Too Little Too Late” há 10 anos. Ela ficou na geladeira por longos anos, enquanto movia um processo contra a gravadora Blackground Music.
Hoje, a cantora está de volta ao cenário musical com o álbum “Mad Love”, após assinar com a Atlantic Records. Em entrevista ao Tracklist, ela descreveu a experiência de retornar ao estúdio para gravação; falou sobre o novo álbum, projetos futuros, perspectiva de vir ao Brasil em turnê, colaborações dos sonhos e outros assuntos.
Confira a entrevista:
O que passou pela sua cabeça quando retornou ao estúdio para gravar o seu novo álbum, “Mad Love”. Você pode descrever a experiência?
Meu retorno ao estúdio… Oh, bem, eu tenho gravado diferentes versões do meu terceiro álbum nos últimos sete anos. Então, quando eu soube que as pessoas finalmente poderiam escutar a música oficialmente, eu me senti aliviada, grata, animada. Mas, eu estava ansiosa, sabe? Fazia muito tempo desde o último (“The High Road”, de 2006). E eu queria que fosse um dos meus melhores trabalhos.
Em que o seu novo álbum é baseado?
Meu novo álbum é sobre o “amor”. É sobre as coisas boas e más, as coisas feias… É sobre amor próprio, amizade, uh, amor romântico… Eu tentei ter um posicionamento. Quero dizer, isso (o relacionamento afetivo) começa com as pessoas, ao mesmo tempo. Então, é tipo um estilo clássico de vida? E também é baseado em grande parte dos meus anos vivendo em L.A.
Eu queria saber a respeito da parceria com a Alessia Cara e o que você pensa sobre ela…
Eu a amo. Eu a considero especial e ela se tornou uma amiga minha. Eu vou aos shows dela porque é sempre bom encontra-la depois. E eu acredito nela, no que ela representa para muitas pessoas: a forma que ela vai longe, fazendo suas próprias coisas. Então, eu toquei pra ela meu álbum, a versão alternativa, e ela levou a um nível mais alto. Alessia escolheu “I Can Only” (para parceria) e trouxe autenticidade pra música.
Você pode falar sobre seus próximos videoclipes?
Meus próximos videoclipes?
Sim.
Então, estou falando com alguns dos meus diretores e temos algumas ideias que podemos usar com algumas músicas do álbum…
Você pode falar sobre seus projetos para o futuro?
Meus planos imediatos envolvem sair em turnê. Eu vou continuar excursionando com Fifth Harmony na América do Norte. Eu tenho algumas coisas boas para preparar para a turnê. Então, eu tenho feito algumas atualizações no cronograma… como uma turnê de 50 dias em 2017, com a qual estou muito animada.
Eu acho que, a qualquer momento, pode sair também um álbum, uma mixtape ou uma música com colaboração de Fifth Harmony em 2017.
Com quem você sonha colaborar?
Eu adoraria colaborar com Bruno Mars, eu amo ele. Frank Ocean, também… Eu ouvi o novo álbum dele (“Blonde”) e é incrível.
Você conversou com eles sobre isso?
Não.
Por que todos os títulos de música tem um ponto final (.)?
Eu tenho uma tatuagem na minha mão direita com a palavra “truth.” (“verdade”) e eu fiz quando tinha 18 anos. A ideia é relacionada à honestidade e no estado definitivo de ter um ponto final após a palavra “truth”. E eu gosto da aparência disso.
Você se imagina atuando de novo?
Sim. Eu amo atuar e faço isso desde quando era uma garotinha… desde os seis anos. É definitivamente algo que quero fazer. Mas, por ter lutado por tanto tempo para poder lançar música oficialmente, eu não quero dar um tempo agora para me voltar para um projeto de atuação, a não ser que seja algo que eu esteja realmente apaixonada. Eu vou esperar até encontrar o projeto certo, mas eu amo atuar.
Do que se trata a música Fake As Biches? Acredito que é mais difícil lidar e separar os amigos falsos dos verdadeiros quando você é famosa, não é?
Sim, exatamente! “Fake As Bitches” é bem marcante e direta. E é realmente frustrante quando eu paro pra pensar nisso e vejo o que se forma ao meu redor. Eu odeio isso, odeio (risos).
Quando você escreve uma música que pode se relacionar a uma mulher, todo mundo quer saber de quem se trata. O que você pensa sobre isso? Nós vimos isso com Beyoncé e “I Ain’t Sorry”…
Então, Fake As Bitches não é sobre mulheres apenas. Agora, por exemplo, eu tenho algumas pessoas em mente que inspiraram a música. Mas, eu não tenho uma vontade secreta de dizer os nomes ou… Eu acho que eles meio que sabem quem são, de qualquer forma.
Nesse momento, a mediadora da conversa disse que eu tinha direito a apenas uma pergunta, porque nosso tempo estava acabando. Então, eu escolhi essa:
Você planeja vir ao Brasil em turnê?
Eu realmente quero, muito! Meu tempo no Brasil foi bem curto, e eu estou ansiosa pra voltar, aprender mais e ver a mistura de culturas, conhecer mais pessoas e lugares, fazer mais shows. Eu quero muito e espero que se a turnê passar pela Argentina, possamos retornar.
Tentei argumentar para fazer mais uma questão, mas a JoJo tinha uma agenda apertada no dia. No entanto, sublinharam que o restante poderia ser feito por email e as respostas seriam enviadas posteriormente.Desliguei o telefone, tremendo de animação por aquela entrevista que eu só poderia sonhar há 10 anos (quando ainda era adolescente).
Confira a segunda parte da entrevista com Jojo, feita por email.