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Jão se despede da Superturnê com casa cheia em São Paulo

A última data da turnê reuniu mais de 50 mil fãs no Allianz Parque no último sábado (18)

Imagem: reprodução Instagram

“Tudo que começa acaba”, Jão canta na música “Supernova”, na introdução da última data da Superturnê no último sábado (18), em São Paulo. O cantor subiu ao palco pela terceira vez em um Allianz Parque com ingressos esgotados, quase um ano após a estreia da turnê no mesmo local, em janeiro de 2024. 

Ao longo do ano passado, a Superturnê passou por cerca de 15 cidades pelo Brasil e esteve em festivais como Rock in Rio, em um show marcante por levar fãs para assistir de cima do palco. 

O nome, além de apoiar o último álbum lançado por Jão, intitulado “Super”, também retrata a grandeza dessa turnê. Com uma passarela quadrada que se estende por toda a pista, telões gigantes, cenografia, pulseiras de LED e efeitos especiais inusitados, o artista criou com a Superturnê uma experiência inédita no pop brasileiro. 

O show foi dividido em quatro partes, representando os elementos naturais: terra, ar, água e fogo. Ao longo desses quatro atos, Jão revisita todos os álbuns de sua carreira e conta uma história muito bem amarrada por canções do início da carreira, como “Monstros”, até as músicas mais recentes que o trouxeram a estádios lotados, como “Escorpião”, que abre o espetáculo. 

A despedida da Superturnê

Mantendo-se fiel ao que havia sido apresentado um ano antes na estreia da turnê, a última data trouxe poucas mudanças. Entre conversas com o seu público apaixonado e reflexões sobre o último ano, Jão entregou um show completo, que transborda carinho e cuidado com seus fãs. 

“Essa turnê é a coisa mais grandiosa que eu já fiz na minha vida inteira. E eu tenho muito orgulho disso, do que a gente construiu juntos. Muito obrigado. Vocês mudaram a minha vida inteira, o significado das coisas. Agora, quando eu vejo estrelas, quando vejo um mar de chapéus vermelhos, eu vejo vocês”, disse emocionado ao agradecer os fãs pela presença. 

A SuperCam transmitia os rostos animados dos fãs nos minutos que antecederam o show, pouco antes de serem reveladas as opções para a música surpresa da noite: “Aqui” e “Fim do Mundo”, que foi a campeã. 

O cantor surpreendeu ao aparecer em um tipo de “palco B”, onde cantou a música “Religião” enquanto o palco subia como uma plataforma ao mesmo tempo que soltava fogo ao seu redor, criando um efeito visual inédito na turnê.

Ao longo das datas que percorreram o Brasil, Jão criou a tradição de escolher um fã para receber uma carta escrita à mão especialmente para aquela data. Ao introduzir a emocional “Maria”, ele disse que não seguiria a tradição no último show. Entretanto, ao final da canção, centenas de cartas lançadas ao ar tomaram conta do Allianz Parque, desde a pista até as cadeiras. 

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Leia também: Jão no “Fantástico”: confira os destaques da entrevista

O futuro para Jão 

Ao final do show, o cantor deixou claro que já está trabalhando em seu quinto álbum, para o alívio dos fãs. Mesmo assim, ele não descarta a necessidade de um merecido descanso, e anunciou durante entrevista no Fantástico que irá tirar uma pausa na carreira. Jão explicou que não tem uma data para voltar e nem pressa para isso. “Eu preciso desse tempo, só que eu não queria. Até que todo mundo em volta falou: ‘Não, é uma coisa que você realmente precisa”, contou. 

É certo que, hoje com seus 30 anos, Jão segue escrevendo e cantando sobre uma juventude que não é só dele, mas também abraça todas as diferentes 50 mil pessoas que lotaram o Allianz Parque no sábado. 

Crianças, adolescentes, pais e mães com seus filhos, casais LGBTQIA+, grupos de amigos, adultos, senhores e jovens, o show do popstar é um espaço seguro para qualquer pessoa que escolhe estar ali. Afinal, podemos sentir as coisas sozinhos, mas seja alegria ou tristeza, elas se tornam mais fáceis quando compartilhadas. Jão deixa isso claro quando compartilha dos seus sentimentos com um público fiel, que vai seguir sentindo com ele independente do passo que ele der a seguir, seja em um auditório intimista ou em um estádio esgotado.


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