O mundo da música viveu grandes emoções em 2017. Foram muitas conquistas, principalmente para os nossos artistas nacionais, mas também tivemos que lidar com muitas perdas. Foi muita coisa pra um ano só e por isso listamos a retrospectiva de 2017 com 10 acontecimentos mais marcantes para o mundo da música.
Confira:
Pra quem acompanhou a nossa cobertura do Rock in Rio em setembro, sabe que a diversidade foi palco do festival em 2017. Teve rock, teve pop, teve funk e teve drag queen reinando sim. De surpresa, a drag queen mais famosa do momento, Pabllo Vittar, fez uma aparição no primeiro dia do evento, que rolou no Parque Olímpico do Rio de Janeiro. A cantora fez um show de hits no palco do Itáu na Nova Cidade do Rock, atraindo uma enorme multidão.
E se não bastasse isso, Pabllo ainda fez uma participação especial no show da Fergie, cantando uma versão em português “Glamurous” e o hit “Sua Cara” ao lado da vocalista do Black Eyed Peas. A galera foi a loucura com esse momento emocionante pras duas cantoras. Foi lindo de ver!
Se apresentar no intervalo do Superbowl pode ser um dos momentos mais especiais da carreira de um artista. Em 2017 foi a vez de Lady Gaga comandar a festa e o momento foi tão especial que foi retratado em um documentário, o Gaga: Five Foot Two, lançado na netflix em setembro.
Em um show de 13 minutos que contou com drones, um voo e muita coreografia, Lady Gaga percorreu os maiores hits da sua carreira demonstrando toda sua potência vocal e um grande fôlego. A apresentação foi a segunda mais vista de todos os tempos do evento, com com 117,5 milhões de espectadores, segundo a FOX.
Em 2017, a brasileira Anitta também voou alto! A cantora, que é nossa artista homenageada do ano, já tinha lançado algumas parcerias internacionais, mas a sua participação na música “Switch”, da rapper Iggy Azelea, foi o que trouxe Anitta cantando em outro idioma pela primeira vez.
Apesar de ter o clipe cancelado após vazar na internet, Anitta chegou a cantar a canção com Iggy no programa Jimmy Fallon nos Estados Unidos. Depois disso, ela não parou, como vocês acompanharam: veio “Paradinha” em espanhol, “Sua Cara” (parceria com o Major Lazer e Pabllo Vittar) em português, “Is That For Me” (com Alesso) em inglês e “Downtown” (Com J Balvin) também em espanhol.
Em dezembro de 2016, em meio a polêmicas, a cantora Camila Cabello saiu do girl group Fifth harmony para poder se dedicar à sua carreira solo depois de já ter lançado algumas parcerias por fora. Com o lançamento do single “Crying in the club”, Camila anunciou em 2017 o seu primeiro álbum solo “The Hurting, The Healing, The Loving”. Lançou também as músicas “OMG” e “Havana”. Esta última foi o seu maior sucesso até então, alcançando o primeiro lugar nos charts do Reino Unido e o segundo lugar na Billboard Hot 100, dos Estados Unidos. O disco foi adiado para janeiro e mudou de nome: será homônimo e já teve outras músicas lançadas, “Never Be The Same” e “Real Friends”.
Além de tudo isso, Camila foi atração de abertura da turnê 24k Magic World Tour, do Bruno Mars.
O Fifth Harmony por sua vez continuou como um quarteto, lançando um álbum autointitulado que estreou em 4º na Billboard 200 e que conta com os hits “Down”, “Angel” e “He Like That”. A girl band seguiu fazendo shows e realizou uma turnê bem-sucedida, que passou pelo Brasil em outubro, incluindo uma apresentação no festival Villa Mix para mais de 70 mil pessoas.
Outro fato que é relatado no documentário da Lady Gaga – citado anteriormente – é o de que ela sobre com dores musculares generalizadas por conta de uma doença chamada fibromialgia. As dores fizeram Gaga cancelar a única apresentação que faria no Brasil pelo Rock in Rio como atração principal do primeiro dia do festival.
O cancelamento foi anunciado um pouco mais de 24h antes do show e chocou os fãs da cantora. O Maroon 5, que já se apresentaria na noite seguinte, foi responsável por substituir a diva. A internet não perdoou e os memes tomaram conta de tudo. Confira aqui.
Assim como ocorreu com o samba e o rap, o funk também sofreu uma tentativa de criminalização. A cultura da periferia incomodou mais uma vez e motivou uma proposta enviada pelo webdesigner Marcelo Alonso. Com mais de 20 mil assinaturas, a proposta conseguiu virar projeto de lei, mas felizmente foi rejeitada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Claro que o ocorrido ganhou grande repercussão e diversas manifestações contrárias, principalmente na internet. O mais recente clipe da cantora Anitta é o funk “Vai Malandra” e foi gravado no Morro do Vidigal como uma resposta à criminalização da expressão cultural. Em seu Twitter, Anitta declarou:
“Ta tudo ok com o Brasil já? Achei que tivesse coisa mais séria pra se preocupar do que com um ritmo musical que muda a vida de milhares. O funk gera trabalho, gera renda pra tanta gente. Uma visitinha nas áreas menos nobres do nosso país e vocês descobririam isso rápido. Se o conteúdo das letras ou das festas não agradam é porque cresceram vendo e vivendo aquilo que cantam. Dêem acesso a outros assuntos e cantarão sobre eles.”
No ano em que completa 15 anos, a maior girl band brasileira de todos os tempos anunciou o seu retorno com um show no Rio de Janeiro, que aconteceu em outubro. E o melhor: com a formação original, que conta com Karin, Aline Wirley, Lissah Martins, Luciana Andrade e Fantine Thó. Um show extra foi realizado no Rio no mesmo mês e outro em São Paulo no mês seguinte.
Para firmar de uma vez por todas a sua volta, o Rouge assinou com a gravadora Sony Music e já prepara o lançamento de um novo single, intitulado “Bailando”, para o início do ano que vem. Além disso, outros shows foram anunciados. Até o momento, Fortaleza, Florianópolis, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Brasília receberão o grupo em 2018.
O nosso TOP3 infelizmente é formado por acontecimentos tristes, mas que sem dúvidas marcaram o ano de 2017. Antes de tudo, deixamos aqui o nosso apoio e solidariedade aos familiares e fãs de todas as pessoas que nos deixaram em 2017. Tenhamos em mente que a música é feita para unir e dar conforto em todos os momentos.
Em 2017 o mundo chorou a perda do norte-americano Chris Cornell, que era vocalista do Soundgarden e do Audioslave. Importante voz do grounge, o músico foi encontrado morto em quarto de hotel em Detroit, após se apresentar com o Soundargen na cidade.
Ele tirou sua própria vida ao se enforcar no banheiro do hotel. Em seu funeral, Chester Bennington fez uma bela homenagem com uma apresentação da música “Hallelujah”, de Leonard Cohen.
Ninguém esperava que Bennington também cometeria suicídio meses depois. Em 20 de julho, mesmo dia do aniversário do amigo Chris Cornell, o vocalista do Linkin Park foi encontrado morto após se enforcar.
O músico, que era casado e tinha seis filhos, estava em turnê com o Linkin Park divulgando o mais recente álbum da banda, “One More Light”. Os integrantes do grupo organizaram um evento de homenagem ao cantor. Membros do Blink-182 Avenged Sevenfold e System of a Down forma alguns dos convidados.
Em maio, um ataque terrorista assumido pelo Estado Islâmico ocorreu durante o show da cantora Ariana Grande, em Manchester, na Inglaterra. Uma explosão deixou 22 mortos e 116 feridos. Grande parte da plateia era formada por crianças e adolescentes. Entre os mortos, sete eram menores de 18 anos.
O atentado chocou o mundo e provocou uma série de homenagens. 13 dias após o ataque, um evento chamado One Love Manchester, foi realizado por Ariana no estádio de Old Trafford, para homenagear as vítima. Mais de 50 mil ingressos foram vendidos e revestidos em um fundo de apoio às vítimas. Justin Bieber, Miley Cyrus, Katy Perry, Coldplay, entre outros muitos cantores participaram do show.