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#TRACKBACK: 10 anos de “The Best Damn Thing”, terceiro álbum de Avril Lavigne

No próximo dia 17 de abril, o álbum “The Best Damn Thing”, de Avril Lavigne, comemora 10 anos de seu lançamento. Então, resolvi que hoje seria um bom momento para falar sobre o disco que introduziu rumores de que a cantora teria morrido e foi substituída (que ainda ronda por aí).

Bom, não vou mentir… Sinto saudades de quando a artista era gótica trevosa, só vestia preto e cantava músicas para apreciação do público emo/punk – da época do Under My Skin (2004) e Let Go (2002). Tipo esse hino:

E esse (bem depressivo, aliás):

Com The Best Damn Thing, veio a Era pop punk da cantora: o look preto deu lugar a um visual descolado e despojado. A música passou a ter uma vibe mais positiva com relação à vida: de repente aquela Avril que cantava sobre estar sozinha e triste passou a soar mais pretensiosa. Observamos isso logo em “Girlfriend”, que abre o material. Na canção, a artista canta sobre querer ser a nova namorada de alguém, que já tem uma namorada (uma canção bem pop com uma pegada bem possessiva, diga-se de passagem).

“I Can Do Better” é a música que aparece na sequência e trata da superação de um término (ou tentativa, porque a letra é bem raivosa). Em “Runaway” temos um vislumbre da antiga Avril, mas é algo passageiro: ela canta sobre ter acordado com o pé esquerdo, mas quer esquecer isso e fugir. “The Best Damn Thing” segue a vibe de Girlfriend. “When You’re Gone” é um retorno breve aos primeiros discos da cantora, com bastante sofrência.

“Everything Back But You”  traz uma pegada pop punk bem legal da nova era.

Passeamos por “Hot” e chegamos em “Innocence”, uma nova mostra da velha Avril – que ainda respira com ajuda de aparelhos. “One of Those Girls” e “Contagious” voltam na vibe anterior. “Keep Holding On” encerra a parte de estúdio do disco: belíssima e inspiradora.

“The Best Damn Thing” tem seus altos e baixos: é um disco que mostra uma nova faceta da cantora (mais otimista e pretensiosa) mas, ao mesmo tempo, não se atenta à conexão com as outras canções – uma falha grande que deve ser evidenciada. Avril Lavigne quebrou sua antiga imagem de forma bem abrupta, o que repercutiu – e repercute – na recepção de seus trabalhos.

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